Diariamente leio abalizados colunistas e, vez por outra, escrevem que não há democracia perfeita, tem as suas falhas, mas é o melhor dos regimes.

 

Lembro que na saudosa Faculdade de Letras da UFRJ, ali na antiga Avenida Chile, no centro do Rio, onde hoje estão construindo dois imponentes prédios, a professora de Grego nos esclarecia que, nascida na Grécia, a democracia admitia a existência de escravos.

 

Dito e feito, até hoje, temos, em qualquer parte do mundo, um país escravizando o outro econômica ou politicamente. Os governos escravizando os seus súditos, digo eleitores das mais diversas formas, ou seja, formas contemporâneas de escravidão.

 

Em pleno Terceiro Milênio estamos então lançando a Caminhocracia, cujo lema são os belos versos do poeta espanhol Antonio Machado (1875-1939) “Caminhante, não há caminho, o Caminho se faz ao caminhar”.

 

Penso que vai ser bem mais salutar, sa-lutar. Lutaremos todos, pacificamente, saudavelmente, para construirmos o Caminho necessário para se evitar as tais falhas que a democracia tem até hoje.

 

E a mudança, começamos logo, pela sala de visitas, criativamente criando o neologismo Caminhocracia, até porque, o caminhão da transportadora, digo transmutadora já está lá na porta esperando.

 

Contudo, se algum(a) humorista quiser aprimorar a Carinhocracia, também está criado o neologismo.