Boa acolhida ao Peregrino!
Por Flávio Bittencourt Em: 21/12/2011, às 08H29
[Flávio Bittencourt]
Boa acolhida ao Peregrino!
Oração da Família, de Dom Marcos Barbosa, OSB
"(...) Batam à porta o pobre e o viajor,
e tu mesmo, Senhor. (...)"
(DOM MARCOS BARBOSA, OSB)
(http://evangelismo.esporteblog.com.br/8/)
(http://www.morrodomoreno.com.br/nov97.htm)
Ponte sobre o rio Jequitinhonha
Foto: Victor Andrade
Reprodução/Foca Lisboa
(http://www.ufmg.br/online/arquivos/004591.shtml)
"(...) Há uns 25 anos tive um diálogo com d. Marcos Barbosa, ilustre beneditino, que era amigo do meu saudoso irmão, Mário Hélio. E ele me dizia, naquela ocasião, que para o homem sentir-se feliz é preciso que tenha momentos de silêncio; é necessário que converse consigo mesmo. (...)"
(DR. MILTON HÊNIO [médico pediatra alagoano (nasc. em Maceió, em 6.5.1937)]; trecho do artigo "Receita de felicidade", Gazeta de Alagoas, 23.11.2003, http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/imprimir.php?c=43854)
"(...) Conserva pura a fonte de cristal,
longe o pecado e o mal. (...)"
(DOM MARCOS BARBOSA, OSB)
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
(traços faciais aproximados, BBC / Londres):
(http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=4445)
EM LEMBRANÇA AFETUOSA DE JOSÉ CHAVES,
QUE FOI CONDUTOR DE CARROS DE BOI, E DE
SEU FILHO, PAULINO RODRIGUES CHAVES,
TAMBÉM CATÓLICO, AGRICULTOR,
QUE VIVIA COM SUA FAMÍLIA EM FORMOSA,
ESTADO DE GOIÁS, BRASIL
21.12.2011 - Oração da Família, de Dom Marcos Barbosa - Boa acolhida ao Peregrino! F. A. L. Bittencourt ([email protected])
ORAÇÃO DA FAMÍLIA
Dom Marcos Barbosa
Bem debaixo, Senhor, da tua asa,
coloca a nossa casa.
Nossa mesa abençoa, e o leito, e o linho,
guarda o nosso caminho.
Brote, em torno, o jardim, frutos e flores,
em nossa boca, louvores.
Conserva pura a fonte de cristal,
longe o pecado e o mal.
Repele o incêndio, a peste, a inundação,
reine a paz e a união.
Bem haja na janela o azul do dia,
na parede, Maria.
Encontre a noite quieta a luz acesa,
quente sopa na mesa.
Batam à porta o pobre e o viajor,
e tu mesmo, Senhor.
Tranquilo seja o sono sob a cruz
que a outro sol conduz.
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O OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA / Armazém literário
(Editor: Alberto Dines), EM DEZ. / 2006 DIVULGOU
O SEGUINTE ARTIGO, QUE PRODUZIMOS NAQUELE
MESMO MÊS DO ANO 2006 DE NOSSO SENHOR:
"RETRATO NA PAREDE
O bancário e o monge
Por Flávio Bittencourt em 30/12/2006 na edição 414
No gabinete de estudo de José de Ribamar Pedreira Carvalho, em sua residência, no bairro da Tijuca (Rio), ainda está uma fotografia de Dom Marcos Barbosa, com dedicatória deste último àquele que era seu verdadeiro amigo: José de Ribamar. É difícil para quem conheceu José de Ribamar e Dom Marcos Barbosa esquecer aquela foto na parede – e aquela expressiva dedicatória, manuscrita no retrato do monge, que exprime a gratidão daquele sacerdote-poeta a seu leal colaborador.
Quando o escritor gaúcho Álvaro Moreyra (1888-1964) faleceu, em 1964, Dom Marcos Barbosa ainda não ingressara na Academia Brasileira de Letras, instituição literária da qual Álvaro era membro de número, e que abrigaria, anos depois, Dom Marcos, esse grande poeta católico cujo nome civil era Lauro de Araújo Barbosa (1915-1997), o monge beneditino responsável por competentes traduções de livros de Paul Claudel, François Mauriac e outros clássicos, além de obras mais populares, muito conhecidas, como Marcelino pão e vinho, O menino do dedo verde e o campeão de vendas O pequeno príncipe.
Álvaro Moreyra, autor da obra clássica As amargas, não (1954) e de vários outros títulos de elevado teor poético-literário (era poética, a prosa de Alvinho, como era ele conhecido pelos amigos), foi devoto de São Francisco de Assis – apesar de ser um homem de esquerda – e seus escritos eram cheios de candura. Não era apenas a expressão de sentimentos puros que aproximava esses dois grandes escritores brasileiros, sendo um gaúcho e outro mineiro (Dom Marcos nasceu na cidade mineira de Cristina): um foi religioso/socialista e o outro, sacerdote católico.
Precursores da multimídia
Qual era, então, o outro elemento biográfico que, pode-se afirmar, aproxima esses dois grandes manitus das letras – e aqui será anotado, também dos meios de comunicação – brasileiras? Pode-se responder que era, ao contrário do que se poderia imaginar à primeira vista (tive o privilégio de conhecê-los pessoalmente), algo de absolutamente moderno.
Aproximava-os a enorme habilidade na expressão por um veículo de comunicação de massa do século 20, o rádio, uma vez que ambos foram radialistas, tendo o programa de Dom Marcos na Rádio Jornal do Brasil, Encontro Marcado, sido mandado ao ar entre 1959 e 1993. Informa o sítio na web da Academia Brasileira de Letras que Dom Marcos, após breve passagem pelas rádios Cruzeiro e Mayrink Veiga, passou a manter o citado programa, diariamente, sempre às 18h, na Rádio Jornal do Brasil, e depois, também, nas rádios Carioca AM e Catedral FM. Às quintas-feiras, colaborava Dom Marcos no Jornal do Brasil, para a alegria de seus muitos milhares de leitores, no meio impresso. Ambos eram, como se vê, jornalistas. E ambos eram tradutores. Além disso, Álvaro Moreyra era também teatrólogo. Multimidiáticos eram esses dois!
Levado por meu pai, o escritor amazonense Ulysses Bittencourt (1916-1993), à residência de Álvaro Moreyra, conheci-o quando eu ainda era pequeno (quando Alvinho faleceu, eu tinha apenas sete anos de idade); e foi por intermédio desse bancário do Banco do Brasil – de quem fui colega de Setor, o de Microfilmagem, no CESEC-Andaraí –, o citado Sr. José de Ribamar Pedreira Carvalho (1932-2006), que conheci pessoalmente Dom Marcos, no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Esses magníficos seres, Alvinho e Dom Marcos, não apenas transmitiam bondade, eles eram bondade!
Mas quem era José de Ribamar e como ajudava ele na rotina midiática de Dom Marcos?
Oração por Ribamar
José de Ribamar, maranhense, era aposentado do Banco do Brasil e oblato do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro: um oblato é um membro secular (civil) da comunidade de um mosteiro. Além de outras colaborações, o Sr. Ribamar gravava o citado programa de rádio, operando o aparelho gravador e levando a fita à emissora (alguns programas eram gravados no mesmo dia), captando a fala com precisão técnica e paciência beneditina, quando a regravação era necessária: Dom Marcos já estava idoso.
O programa de Dom Marcos em nada se diferenciava (no que se refere à qualidade literária e ao conteúdo ético dos pronunciamentos) daqueles programas-poemas do velho Álvaro Moreyra, viúvo da famosa Eugênia Moreyra (a agitadora cultural e política), marido de Syla (Cecília) Moreyra (sua segunda esposa, que era servidora pública e artista plástica), pai do falecido jornalista Sandro Moreyra e avô da jornalista Sandra Moreyra, repórter da TV Globo.
José de Ribamar faleceu em São Paulo (capital), de causas naturais – sofreu ele, infelizmente, um acidente vascular cerebral (AVC) –, no dia 18 de dezembro último, na cidade para onde tinha seguido com um grupo de religiosos (cursara ele Teologia no M.S.B. – RJ e proferia palestras a jovens católicos, não apenas no Rio de Janeiro). Dirigia-se o grupo a uma igreja, na capital paulista. Sentiu-se mal, foi prontamente medicado, todavia aos médicos não foi possível impedir a extinção da vida terrena daquele que foi um leal colaborador de Dom Marcos e um dedicado antigo funcionário do Banco do Brasil. A missa de corpo presente foi rezada no mosteiro carioca, e, no sábado, 23 de dezembro, ali rezaram por sua alma seus amigos e parentes, na missa de sétimo dia pelo seu falecimento.
Como homenagem ao ex-colega e grande amigo que se foi, e especialmente à sua família, transcrevo o conhecido poema Oração da Família, de Dom Marcos Barbosa.
Bem debaixo, Senhor, da tua asa, / coloca a nossa casa.
Nossa mesa abençoa, e o leito, e o linho, / guarda o nosso caminho.
Brote, em torno, o jardim, frutos e flores, / em nossa boca, louvores.
Conserva pura a fonte de cristal, / longe o pecado e o mal.
Repele o incêndio, a peste, a inundação, / reine a paz e a união.
Bem haja na janela o azul do dia, / na parede, Maria.
Encontre a noite quieta a luz acesa, / quente sopa na mesa.
Batam à porta o pobre e o viajor, / e tu mesmo, Senhor.
Tranquilo seja o sono sob a cruz / que a outro sol conduz."
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_bancario_e_o_monge)
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ARTIGO (recente) DO DR. MILTON HÊNIO,
DEZ. / 2011:
"MACEIÓ – 172 ANOS
11 dez [de 2011]
Aproveito o aniversário da minha querida cidade para homenageá-la com um versinho: Maceió – apenas seis letras pequenas/Formando um conjunto precioso/É o mais lindo pedaço do Nordeste/Minha terra, meu encanto, meu tesouro/Ah, como te quero minha terra adorada/Terra boa, de tradição/Foste o celeiro de heróis e de guerreiros/Vibrando em conquistas de coração/Aqui vivi toda a minha infância/De cima do Farol olhava o teu cenário/Vejo-te ainda linda, minha cidade/Tão delicada como um relicário/Maceió, minha terra encantadora/Berço da minha infância descuidada/És do Brasil, a bela terra/Por mim eternamente decantada."
(http://miltonhenio.blogsdagazetaweb.com/)
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VERBETE 'François Mauriac'
[Prêmio Nobel de Literatura (1952)],
Wikipédia:
"François Mauriac
François Charles Mauriac | |
---|---|
Nascimento | |
Prêmios | Nobel de Literatura (1952) |
François Charles Mauriac (Bordéus, 11 de Outubro de 1885 — Paris, 1 de Setembro de 1970) foi um escritor francês.
Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1952.
Educado em sua cidade natal. De formação católica, reflete, em sua obra, a influência de Pascal e Francis Jammes, um conflito trágico entre o amor da religião e as tentações.
Iniciou sua carreira em 1909, com um livro de poemas. Publicou estudos biográficos e críticos. Colaborou também em revistas e jornais franceses.
Entre suas obras de cunho crítico se encontra um famoso ensaio contra a pena de morte, que levou a uma coleta de assinaturas pelo fim da pena de morte na França após a segunda guerra mundial. Albert Camus, entre outros participaram assinando a petição.
Índice |
Obras
Romance
- La Robe prétexte, 1914
- Le Baiser aux lépreux ("O Beijo no Leproso"), 1922
- Genitrix, 1923
- Le Désert de l'amour, 1924 (Grande prêmio de romance da Academia francesa)
- Thérèse Desqueyroux, 1927
- Ce qui était perdu, 1930
- Le Nœud de vipères ("O Ninho de Víboras"), 1932
- Le Mystère Frontenac, 1933
- La Fin de la nuit, 1935
- La Pharisienne, 1941
- Le Sagouin, 1951
- L'Agneau, 1954
- Un adolescent d'autrefois, 1969
- Mémoires intérieurs, 1985
Teatro
Ligações externas
Precedido por Pär Lagerkvist |
Nobel de Literatura 1952 |
Sucedido por Winston Churchill |
- Romancistas da França
- Dramaturgos da França
- Grã-cruzes da Ordem Nacional da Legião de Honra
- Naturais de Bordéus
- Mortos em 1970"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Mauriac)
"(...) Tranquilo seja o sono sob a cruz
que a outro sol conduz."
(DOM MARCOS BARBOSA, OSB)
Igreja de São Gonçalo do Rio das Pedras
Foto: Victor Andrade