0

As aventuras de Circe Irinéia, 8


Oh! Chave de Ouro de Jano Imortal!
Que vou girar no contrário estelar,
Abre, para mim, o Portal Sem-Igual,
Para qu’eu possa neste meu neo-cantar,
Aventuras viver, numa forma legal,
E, depois, ao meu Mundo Rotundo voltar,
E com certa certeza informal,
Aos Leitores Futuros,
De um Futuro-Sem-Muro
Vou contar e encantar.

E Circe girou a Chave Brilhante
na grande fechadura rangente, instigante,
e ouviu um barulho intrigante
de porta se abrir,
e sem mesmo imaginar o incerto porvir,
a Circe Irinéia da Conceptíssima Idéia
já estava andando imprudente,
mas por certo segura e contente,
por uma tortuosa viela,
sem guia e sem lente!,
praláde escura.

A Circe andava muito enlevada
na estrada escura e espiralada;
ouvia ruídos e sonata estrilada;
caminhava sem ver a beleza buscada,
pois era noite instigante,
de fato brilhante!,
naquela terra sonhada;
mas a Circe sabia que a madrugad’ansiada
estava por vir muitíssimo animada,
e que um’aventura segura
esperava por ela na curva da estrada.