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[Flávio Bittencourt]

Argentina: o agora Papa era, segundo Néstor Kirchner, o líder da oposição

O então presidente da Argentina Néstor Kirchner classificara o Cardeal D. Bergoglio como um expoente da oposição contra o seu governo, mas este estava preocupado com coisas mais importantes, como o destino espiritual da humanidade.

 

 

 

 

 

O SURPREENDENTE FRANCISCO, QUE GOSTA

DE TANGO E FUTEBOL, ANDA DE ÔNIBUS,

OPÕE-SE HISTORICAMENTE AOS KIRCHNER E

É O PAPA DO POVO

 

 

 

 

SAIA HIPERJUSTA:

Veja a mensagem, que a presidente argentina publicou em seu perfil no Twitter:
carta_cristina

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A PRESIDENTA CRISTINA KIRCHNER NÃO TEME O MEGACONSTRANGIMENTO INTERNACIONAL QUE ESPETACULARMENTE SE CONFIGUROU, PORQUE ELE JÁ É EVENTO ACONTECIDO, QUANDO O SEU PRINCIPAL OPOSITOR FOI ESCOLHIDO PAPA; O PROBLEMA PARA ELA E SEUS SEGUIDORES É QUE ESSE CONTEXTO HISTÓRICO FORTALECE A OPOSIÇÃO A SEU GOVERNO E, CONSEQUENTEMENTE, ENFRAQUECE-A POLITICAMENTE, DE FORMA INAPELÁVEL"

 

(C R...)

 

 

 

 

 

 

15.3.2013 - O Papa era, segundo Néstor Kirchner, o líder da oposição - A presidenta Kirchner não consegue esconder o seu imenso constrangimento diante do inenarrável sucesso mundial de seu principal opositor político. (O PERONISMO AINDA NÃO ACABOU NAQUELE PAÍS VIZINHO E AMIGO.)  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

"Com histórico de atritos, Cristina Kirchner saúda novo papa Chico 1º

do Brasil 247

 

"Em meu nome, em nome do governo argentino e em representação do povo do nosso país, quero saudá-lo e lhe expressar minhas felicitações por ocasião de ter sido eleito como novo pontífice da Igreja Universal", escreveu a presidente Argentina, Cristina Kirchner, em mensagem enviada ao papa Francisco I, eleito nesta quarta; relação de Bergoglio com os governos dos Kirchner, contudo, não é das melhores; o falecido Néstor Kirchner, antecessor e marido de Cristina, chegou a classificá-lo como um expoente da oposição contra seu governo.

“Em meu nome, em nome do governo argentino e em representação do povo do nosso país, quero saudá-lo e lhe expressar minhas felicitações por ocasião de ter sido eleito como novo pontífice da Igreja Universal”, escreveu a presidente Argentina, Cristina Kirchner, em mensagem enviada ao papa Francisco I, eleito nesta quarta; relação de Bergoglio com os governos dos Kirchner, contudo, não é das melhores; o falecido Néstor Kirchner, antecessor e marido de Cristina, chegou a classificá-lo como um expoente da oposição contra seu governo.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deixou de lado o histórico de atritos com o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, eleito novo papa nesta quarta-feira, para felicitar o papa Francisco pela eleição.

 

“Em meu nome, em nome do governo argentino e em representação do povo do nosso país, quero saudá-lo e lhe expressar minhas felicitações por ocasião de ter sido eleito como novo pontífice da Igreja Universal”, escreveu a presidente Argentina em mensagem enviada ao papa.

“É nosso desejo que tenha, ao assumir a condução e a liderança da Igreja, um frutífera tarefa pastoral, desempenhando tão grandes responsabilidades em favor da Justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz da humanidade”, continua a presidente argentina. “Faço chegar a sua Santidade minha consideração e meu respeito”, finaliza Cristina.

Quem lê a mensagem nem imagina o vasto histórico de desentendimentos entre o outrora arcebispo de Buenos Aires e a família Kirchner. Pobreza, casamento entre pessoas do mesmo sexo, disputas no campo e o “clima de crispação” instalado no país, segundo Bergolgio, foram motivo de tensão nos últimos anos entre Igreja e governo na Argentina.

O pior momento dessa relação ocorreu durante o governo de Néstor Kirchner, ex-marido de Cristina e seu antecessor à frente do país. Néstor chegou a classificar Bergoglio como um expoente da oposição contra seu governo na Argentina. “Nosso Deus é de todos, mas cuidado que o diabo também chega a todos, aos que usamos calças e a os que usam batinas”, dizia, no momentos de maior desentendimento.

Histórico

Os desentendimentos com os Kirchner chegaram perto de uma trégua no segundo ano de governo de Cristina, em 2008, quando, após trabalhar junto com o governo para mediar um conflito no campo, Bergoglio convidou a presidente para comparecer a uma missa e ela aceitou. Mas já em 2009 o então cardeal voltou a desferir palavras duras contra o governo, dizendo que “o pior risco é homogeneizar o pensamento”, em referência à polarização incentivada pelo governo. A tensão foi aplacada por um encontro com a presidente na Casa Rosada, antes de uma viagem que ela faria ao Vaticano.

No ano seguinte, contudo, o projeto que acabaria por autorizar o casamento homossexual na Argentina começou a avançar no parlamento local, acirrando mais uma vez os ânimos entre governo e Igreja. Bergoglio liderou uma marcha contra o casamento gay e enviou uma carta a todos os sacerdotes incentivando-os a falar contra a questão e em defesa da família. Cristina reagiu: 'Me preocupa o tom que o discurso adquiriu; se propõe como uma questão de moral religiosa e atentadora da ordem natural, quando na realidade o que está se fazendo é mirar uma realidade que está aí'."


(http://www.esmaelmorais.com.br/2013/03/com-historico-de-atritos-cristina-kirchner-sauda-novo-papa-chico-1o/. O GRIFO É NOSSO)

 

 

 

 

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ENQUANTO ISSO, NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA:

 

 

"14/03/2013 13h05 - Atualizado em 14/03/2013 16h08

 

Brasil tem a menor média de anos de estudos da América do Sul, diz Pnud

 

 

Adulto estuda em média 7,2 anos; MEC contesta e diz que média é 7,4.
ONU divulgou dados do Índice de Desenvolvimento Humano nesta quinta.

 

Do G1, em São Paulo

 
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Sala de aula (Foto: Reprodução/RPC TV Londrina)Sala de aula (Foto: Reprodução/RPC TV Londrina)

A média de escolaridade no Brasil, um dos critérios educacionais que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) leva em conta na elaboração doÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH), é de 7,2 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo órgão. Ela permaneceu estagnada no Brasil entre 2011 e 2013. O número é o menor, ao lado do Suriname, entre os países da América do Sul (veja tabela abaixo).

O Ministério da Educação contesta os dados do órgão da ONU. Em nota, diz que os dados da pesquisa são defasados e que o IBGE de 2011 revelou que a média de escolaridade no país é de 7,4 anos. Se fosse considerado este índice, o Brasil ficaria à frente de Colômbia e Suriname na América do Sul. A maior média de escolaridade do mundo é dos Estados Unidos: 13,3 anos. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o governo brasileiro vai pedir à ONU a revisão dos dados.

O estudo destacou o aumento de investimento em educação e destaca ainda o programa de bolsa de estudos do Brasil e campanhas de alfabetização.O estudo do Pnud mostrou também um aumentou o índice de anos de escolaridade esperados para o Brasil: em 2011, ela era de 13,8 e, agora, subiu para 14,2. A média de adultos alfabetizados no Brasil é de 90,3%, segundo o estudo, e quase a metade da população acima de 25 anos (49,5%) tem pelo menos o ensino médio. A evasão escolar no ensino fundamental no país, de acordo com o estudo, é de 24,3%.

VEJA OS NÚMEROS DA EDUCAÇÃO NOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL SEGUNDO O IDH
País Média
de anos de
escolaridade
Expectativa
de anos de
escolaridade
Adultos
alfabetizados
(acima de
15 anos)
População c/ ensino médio ou mais (*) Satisfação com a
qualidade do ensino
Evasão escolar
no ensino fundamental
Chile 9,7 14,7 98,6% 74,0% 44,0% 2,6%
Argentina 9,3 16,1 97,8% 56,0% 62,6% 6,2%
Bolívia 9,2 13,5 91,2% 44,5% 57,9% 5,9%
Peru 8,7 13,2 89,6% 52,9% 49,1% ---
Guiana 8,5 10,3 --- 55,6% --- 16,5%
Uruguai 8,5 15,5 98,1% 49,8% 55,8% 4,8%
Paraguai 7,7 12,1 93,9% 36,9% 66,9% 21,9%
Equador 7,6 13,7 91,9% 36,6% 74,5% 19,4%
Venezuela 7,6 14,4 95,5% 52,4% 81,2% 7,9%
Colômbia 7,3 13,6 93,4% 43,1% 71,7% 1,5%
Suriname 7,2 12,4 94,7% 43,7% --- 9,7%
BRASIL 7,2 14,2 90,3% 49,5% 53,7% 24,3%
(*) % entre as pessoas com 25 anos ou mais.
Obs.: estudo não traz dados da Guiana Francesa.
Fonte: Pnud/ONU

Daniela Costa Pinto, analista de desenvolvimento do Pnud, diz que o Brasil "tem um passivo histórico na educação, antes da década de 90 tínhamos um sistema educacional incipiente, que não atendia. O IDH tende a melhorar mais quando a população jovem virar a população adulta". Sobre a divergência de dados, ela afirma: "O objetivo do relatório é a comparação entre países. Os países têm base de dados diferentes, alguns mais atualizados que outros. Fazemos escolhas metodológicas difíceis para comparar países e dar um panorama do que acontece no mundo".

No IDH 2013, o Brasil caiu uma posição e ficou no 85º lugar em uma lista de 185 países. O índice brasileiro, porém, subiu de 0.718 para 0.730 e continua na categoria "desenvolvimento humano alto". O IDH é medido em uma escala de 0 a 1 e leva em conta dados sobre saúde, educação e qualidade de vida, incluindo renda. O país que lidera a lista é a Noruega, com IDH de 0.955.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH 2013)
  PAÍS IDH 2011 IDH 2013
1) Noruega 0.943 0.955
2) Austrália 0.929 0.938
3) EUA 0.910 0.937
4) Países Baixos 0.910 0.921
5) Alemanha 0.905 0.920
38) Barbados* 0.793 0.825
85) Brasil 0.718 0.730
Fonte: Pnud/ONU
*País da América Latina mais bem colocado

MEC diz que dados estão defasados
A tabela do IDH indica que os dados educacionais dos países são referentes a 2010 (para a média de escolaridade) ou às informações mais recentes. Em nota, o Ministério da Educação afirmou que "os dados utilizados no cálculo são defasados para o Brasil e diferenciados entre os países" e "apresentam graves distorções devido aos dados utilizados" nos cálculos do governo.

No caso do Brasil, segundo o MEC, os dados sobre a média de anos de escolaridade são referentes a 2005, mas dados do IBGE 2011 citados pelo ministério mostram "um valor de 7,4 anos para a população de 25 anos ou mais".

Ainda de acordo com o comunicado, os dados usados pelo Pnud a respeito do anos de escolaridade esperados não levam em conta as crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como das matriculadas nas classes de alfabetização. "Ou seja, são desconsiderados no cálculo cerca de 4,6 milhões de matrículas de crianças brasileiras", diz o MEC.

Pelos cálculos do governo, considerando esses números, "o valor correto de anos de escolaridade esperados para o Brasil seria de 16,7".

Dois importantes indicadores da dimensão educação, Média de Anos de Escolaridade e Anos de Escolaridade Esperados, apresentam graves distorções devido aos dados utilizados em seus cálculos."

(http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/03/brasil-tem-menor-media-de-anos-de-estudos-da-america-do-sul-diz-pnud.html)