ALGUMAS DIGRESSÕES SOBRE  O BRASIL ATUAL

CUNHA E SILVA FILHO

        É SABIDO que o mundo todo, a  nossa Terra,  mudou  muito  e muito   e,  para  tanto, tomo  por exemplo o nosso  país,    Brasil,   hoje  dominado    pela chamada esquerda   e com  um  gigantesco   número de ministérios. Será  tão  necessário   aumentar  tanto  os ministérios Não se poderia  sintetizá-los em  número   bem  menor? Minhas razões  básicas:  a) esse gigantismo de ministérios  me soa  a cabides  de empregos  e  não necessariamente  a mudar-se  a fisionomia  do  país  a uma  formato   ou arcabouço  novo  e  produtivo. 

      Há,  pois,  ministros demais  e isso  não bom   para  o  país  malgrado  este seja de dimensões  continentais; b) o país  forçosamente  gastará  muito  só  com  os salários  desse excesso   de ministros e, pelo que vejo,  são  salários altos acarretando   mais gastos  com o  Executivo.  O fato    é que, sendo assim,   fica até mais   complexo  para que o  Presidente Lula  possa  fiscalizar  melhor   cada desempenho de  tantas  Pastas Ministeriais. A verdade  é que essa cultura de  gastança  vem de longe, vem desde a   vinda  de Dom João  VI  corrido  de Portugal    com  medo da invasão  napoleônica. 

      Outra censura  que  poderia  fazer:  Lula  viaja  muito,  já viajou  mundo afora nos dois  outros mandatos  presidenciais.  Ora,   é certo que  um  presidente da República   necessita  de  conversar  com  outros   mandatários  no exterior,  mas  para que   temos  o Ministérios das Relações  Exteriores  com  diplomatas   competentes  que bem  poderiam    intermediar   contatos de natureza  geopolítica.   econômica   e tecnológica  com   outros   Chefes de  Estado. No meu juízo, o melhor  para um  Presidente  que  deseje  se manter  em  sintonia  com  o que  há de errado (e ainda há muito  de errado e injusto)  no  país,  como,  por exemplo,  a criminalidade   em altíssima  escalada, sobretudo agora  que  a bandidagem se  instalou  no Rio  Grande  do Norte   competindo,    com  a força  bélica,  com as autoridades   militares  e civis, porquanto  o que  ocorre em  Natal,  capital do Rio Grande do Norte,   é vergonhoso  para  a  integridade    e segurança  nacionais, as quais, através  do uso das forças   militares do  estado  potiguar  e junto cm  as forças  da União,     a fim de  debelar   de imediato    essa  horda de selvageria de criminosos   em verdadeiro   estado  de  terrorismo no qual  meliantes   destroem   o patrimônio  público,   explodem  bancos  e  edifícios  públicos e matam   inocentes, criando,  por assim dizer,  um estado    paralelo dominado  por  quadrilhas  poderosas.

     Não podemos   aceitar que  o nosso  país  vire,    como  na Cidade do Cabo,  na África do Sul,  um  pandemônio de facínoras que dominam   comunidades  pobres(em geral, pequenos    coomerciantes locais e a própria  comunidade) )   vítimas  de extorsão  impostas   por chefes  de organização   criminosas.

    O Rio de Janeiro e São Paulo são dois  outros  exemplos de idades  altamente   perigosas, ou seja são   cidades  metrópoles   divididas  com   espaços  de  marginais    disputando    domínios  nas   inúmeras  favelas. Desarmar   comunidade dominadas  por   traficantes e milícias   armadas até os dentes  é dever   do  Executivo   nacional, junto de governadores    de cada  estado da  Federação. 

     A criminalidade  ali  está  tomando    o espaço das forças militares. Isso é vergonhoso  para a imagem   da estrutura  do Estado Brasileiro. É questão de Segurança  Nacional e   ao mesmo  tempo  ausência   de pulso   do  Executivo.  Se não tomarem   as  urgentíssimas  providências    enérgicas  naquele  estado da Federação,   o Brasil   perde o respeito dos seus cidadãos que  aguardam  para  ontem  a presença    do poder    de segurança,   resguardo de vidas  e.   repito,  do  patrimônio  público,  obrigação  do  Executivo.   

      O envio da Guarda Nacional  é muito  pouco   para desbaratar   a onda  tsunâmica de  criminosos  que    desejam   instalar  um  estado   de   pavor   numa capital   brasileira.  Onde está o governador  daquele  estado, que é o  comandante em chefe da  Polícia  Militar? O combate aguerrido  do  poder   republicano  e da manutenção da lei e da ordem  pública  cabe  ao governador,   assim  como  ao Executivo através da autoridade maior,  o  presidente da República. A incolumidade  material e humana   tem que ser    exercida literalmente.  Do contrário,  pode até haver     continuidade  de beligerância de organizações  criminosas  em  outros estados do  país.

   O Brasil  necessita de  solucionar  ao máximo  o grave  problema  das facções criminosas  estancando    o uso de armas   pesadas  e  artefatos   letais  e mãos  de  delinquentes,   que só poderiam ser  empregados   numa  guerra  entre países  ou  numa   guerra civil.  Sou a favor  de que  o ministro da Defesa  seja  um  competente   Militar  das Forças Armadas. Um ministro   civil  não   tem  a experiência  e o devido expertise  de lidar   com  assuntos mais  complexos que  só  um   militar de alta    patente poderia    ter.