[Flávio Bittencourt]                 

Agosto de 1979: a tragédia da regata Fastnet

No balanço final, constatou-se que houve 15 mortes, com 23 navios perdidos no mar.

 

 

 

 

 

 

  

 

"(...) Desde 1925 a regata de 608 milhas entre o sul da Inglaterra e a rocha que tem o farol homônimo, no sul da Irlanda [A REGATA FASTNET], é sinônimo de marinharia, bravura e aventura. (...)"

 

(http://maracatublog.wordpress.com/2009/08/08/os-homens-sao-de-aco-os-barcos-de-carbono/)

 

 

 

"(...) Death at sea has been a fact of life since man first pushed away from terra firma, hoisted a primitive sail and headed into the unknown. To a certain extent it comes with the territory, the price those most closely connected to the sea, either making a living or pursuing their favourite pastime, sometimes pay. It is a consequence of co-existing with – you never remotely tame – the sea and battling wind and wave. (...)"

(TRECHO DE MATÉRIA DO JORNAL BRITÂNICO THE TELEGRAPH QUANDO, NO ANO PASSADO [2009], 30 ANOS FORAM COMPLETADOS APÓS A TRAGÉDIA DA REGATA FASTNET,  http://www.telegraph.co.uk/sport/othersports/sailing/5972702/Cowes-Week-2009-Fastnet-memorial-for-victims-of-the-cruellest-sea.html)

 

 

 

 

"A Origem das Estrelas – Adhemar Ferreira da Silva

16,22 em Helsinque - Origem da Primeira Estrela Tricolor

A Origem das Estrelas...

Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro bi campeão olímpico do Brasil.

Foi ouro no salto triplo em dois jogos olímpicos seguidos,  Helsinque (1952) e Melbourne (1956). (...)"

(http://opiodopovo.wordpress.com/2008/09/29/adhemar-ferreira-da-silva/)

 

 

 

Adhemar Ferreira da Silva

 

 

 

 

 

 

 

 

"Nome: Adhemar Ferreira da Silva

Data de Nascimento: 29/09/1927

Local de Nascimento: São Paulo (SP)

Data de Morte: 12/01/2001

Esporte: Atletismo

Participações: 4 (Londres-1948, Helsinque-1952, Melbourne-1956 e Roma-1960)

Medalhas: 2 (ambas de ouro)"

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2008/olimpiada/herois-adhemar_ferreira_da_silva.shtml)

 

 

 

 

 

 

“Vencer foi a realização de um sonho que parecia uma utopia
até poucos anos atrás”, diz Lars

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LARS GRAEL: DAQUI A MIL ANOS SEU EXEMPLO DE SUPERAÇÃO DE PROBLEMAS

CONTINUARÁ SENDO CONTADO E RECONTADO, DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

(SEM A LEGENDA ACIMA ELABORADA, só a foto, com a legenda original,

acima também reproduzida, está, na web, em:

http://www.terra.com.br/istoegente/288/reportagens/lars_grael.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TORBEN GRAEL

(http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/19,6,2722735,Torben-Grael-e-Marcelo-Ferreira-reatam-parceria-na-vela.html)

 

 

 

 

"O QUE SIGNIFICA EXATAMENTE TORBEN GRAEL PARTICIPANDO DA TRAGICAMENTE CÉLEBRE REGATA FASTNET? É ALGO INIMAGINÁVEL, JÁ QUE SE TRATA DE PERSONALIDADE MÍTICA OPERANDO EM COMPETIÇÃO LENDÁRIA: uma "coisa" potencializa a outra, produzindo como resultado a NOSSA INCAPACIDADE DE IMAGINAR QUE ISSO POSSA ACONTECER, DURANTE A NOSSA VIDA (eventos excessivamente lendários lembram fatos antiquíssimos, alguns dos quais não chegaram sequer a se desenrolar, tendo sido ficcionalmente criados pelo povo simples das cidades e dos campos, neste mundão fabuloso de Deus... e dos deuses do Olimpo)"

COLUNA "Recontando estórias do domínio público"

 

 

 

 

"Neste domingo, dia 9 de agosto [DE 2009], acontece a 43ª edição da tradicionalíssima Fastnet. Desde 1925 a regata de 608 milhas entre o sul da Inglaterra e a rocha que tem o farol homônimo, no sul da Irlanda, é sinônimo de marinharia, bravura e aventura.
Como parte do circuito Rolex de vela, a prova tem, no máximo 300 inscritos e uma fila de espera que chega a mais de 50 barcos, sem contar os 10 Open 60’ que correm por fora. Em 2009 se lembram os 30 anos da fatídica regata de 1979, quando 19 velejadores (15 participantes e 4 espectadores de um multicasco) perderam suas vidas quando uma megatempestade se abateu sobre a flotilha naquela que foi, seguramente, a maior tragédia da história da vela esportiva.
Durante a Semana de Cowes será celebrada uma missa na ilha de Wight em memória das vítimas e em agradecimento a maior operação de resgate realizada na Europa no pós guerra, quando apenas 85 barcos, dos 303 que largaram, conseguiram completar a prova. Assim mesmo porque os mais velozes, como o vencedor à época, o Tenacious, do fundador da CNN, Ted Turner, acabaram voltando ao abrigo do canal da mancha antes do pior do mau tempo. Sinistro!
Neste clima de nostalgia e respeito, nosso comandante-em-chefe Torben Grael, vai estar a bordo do STP65 Luna Rossa, para tentar colocar mais esta estrelinha no currículo já absolutamente estelar".

(http://maracatublog.wordpress.com/2009/08/08/os-homens-sao-de-aco-os-barcos-de-carbono/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TORBEN GRAEL

(http://www.iatebsb.com.br/html/noticias/revistas/revista_17/revista_17_especial_torben_grael.htm)

 

 

 

 

NO SITE DO IATE CLUBE (BRASÍLIA) PODE-SE LER:

A vida do velejador Torben Grael nunca mais será a mesma depois das Olimpíadas de Atenas. Também pudera... Aos 44 anos, este paulista, nascido no dia 22 de julho de 1960, entrou definitivamente, e com enorme destaque, para a história do esporte brasileiro em 26 de agosto de 2004. Neste dia, uma quinta-feira ensolarada na Grécia, ele e o companheiro Marcelo Ferreira conquistaram a medalha de ouro da classe Star e emocionaram o país.
O feito fez com que Torben Grael se tornasse o maior brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. Com duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze (veja quadro), ele é o atleta do país mais vitorioso em Olimpíadas. E a participação impecável de Torben em Atenas encheu de orgulho todos os sócios do Iate Clube de Brasília, já que alguns Iatistas brasilienses puderam participar, por um bom tempo, da rotina de treinos de Torben na capital.
Muita gente não sabe, mas Torben Grael e seu irmão, o também velejador e medalhista olímpico Lars Grael, moraram por vários anos em Brasília. E foi aqui, na raia do Iate Clube, que os dois aperfeiçoaram suas habilidades na vela e apaixonaram-se de vez pelo esporte que tantas alegrias daria a Torben Grael, que há seis anos ganhou o título de sócio honorário do Iate Clube de Brasília. (...)"

(http://www.iatebsb.com.br/html/noticias/revistas/revista_17/revista_17_especial_torben_grael.htm)

 

 

 

(http://brookfieldreads.blogspot.com/2007_08_01_archive.html)

 

 

 

 A Royal Navy helicopter rescues the crew of the yacht Camargue
Air sea rescue: a Royal Navy helicopter comes to the aid of the crew of the yacht Camargue during the 1979 Fastnet race 
Photo: GETTY IMAGES

(http://www.telegraph.co.uk/sport/othersports/sailing/5972702/Cowes-Week-2009-Fastnet-memorial-for-victims-of-the-cruellest-sea.html)

 

 

2.12.2010 - Torben Grael participou da regata Fastnet - Em termos de vitórias de medalhas em Olimpíadas ele foi o atleta brasileiro que mais as ganhou. Seu irmão Lars Grael é exemplo mundial de avanços extraordinários na superação de problemas decorrentes de acidente extremamente violento [L Grael perdeu uma perna em acidente náutico, como se sabe]. Se no olimpo do esporte mundial há um topo, lá estão eles, juntamente com atletas brasileiros como Pelé, Eder Jofre, Maria Ester Bueno, Adhemar Ferreira da Silva, João do Pulo e vários outros. (Só a ideia de participar da regata Fastnet é impactante - e Torben Grael dela participou).  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

 

"Fastnet

Há 30 anos, uma tragédia mudou a face da vela oceânica

14.08.2009 - 17:34 Luís Francisco

Veleiros que são verdadeiras montras da mais moderna engenharia, sistemas de segurança, navegação e comunicações que permitem acompanhar os navios em tempo real, tripulantes preparados e qualificados para enfrentarem os desafios do mar. Navegar pelos oceanos do mundo continua a ser uma aventura, mas a vela oceânica é hoje um desporto altamente profissionalizado e que obedece a regras muito rigorosas. Não era assim há 30 anos.

A tragédia que balizou a evolução deste desporto aconteceu há exactamente três décadas, entre os dias 13 e 14 de Agosto de 1979. Mais de 300 iates participavam na Fastnet, a regata que liga a Inglaterra à Irlanda e que, na altura, era a prova decisiva das cinco que compunham a Admiral’s Cup, o campeonato do mundo da especialidade. Estavam previstos ventos à volta dos 50 km/h, apesar de os meteorologistas avisarem que as rajadas poderiam ser um pouco mais intensas. E isso aconteceu. Mas numa escala tal que o balanço final foi pesadíssimo: 15 mortos, 23 navios perdidos no mar.

Quando as autoridades começaram, finalmente, a ter uma noção dos efeitos da tempestade, já muito estava perdido. Ondas gigantescas e ventos na fronteira do que poderia ser considerado um furacão (perto dos 120 km/h) tinham semeado o caos na frota. Sem aviso prévio, muitos competidores persistiram na rota em vez de procurarem um porto seguro. Foi um dos muitos erros cometidos nessa jornada trágica.

Nem mesmo o gigantismo da operação de socorro lançada para socorrer as tripulações – a maior no Reino Unido em tempo de paz – conseguiu disfarçar o facto de que se estava perante a maior tragédia na história da vela oceânica. Mais de duas dezenas de iates foram ao fundo, noutros houve tripulantes atirados ao mar pela fúria das vagas e pela má concepção dos arneses de segurança. O próprio primeiro-ministro britânico na altura, Edward Heath, esteve desaparecido durante algumas horas, até que apareceu numa praia, sem ferimentos.

Vasos de guerra britânicos, irlandeses e holandeses. Traineiras francesas. Navios de socorros a náufragos e rebocadores da costa Leste do Reino Unido. Petroleiros e cargueiros de bandeiras diversas que se encontravam na área. Aviões e helicópteros da RAF. Parecia a reedição do desembarque na Normandia, mas o objectivo agora era outro: os meios mobilizados para o salvamento resgataram um total de 125 marinheiros das águas violentas do Atlântico Norte.

No meio do caos, alguns iates concluíram mesmo as 600 milhas náuticas do percurso e o vencedor foi o “Tenacious”, cujo dono esteve ao leme durante a tortuosa jornada. Chamava-se Ted Turner e no ano seguinte fundou a CNN, iniciando o percurso que lhe permitiria vir a tornar-se um dos mais importantes magnatas do mundo no campo dos “media”.

A regata manteve-se – por estes dias disputa-se mais uma edição da Fastnet – mas, no rescaldo da catástrofe, um sem-número de medidas de segurança e soluções de engenharia tornaram-se obrigatórias nas competições. Novos arneses para os tripulantes, mais lastro nos navios, obrigatoriedade de ter comunicações rádio a bordo, exigência de qualificações a todos os tripulantes. Começava a era moderna da vela oceânica".

(http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1396201)

 

 

 

 

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"Sailing

Cowes Week 2009: Fastnet memorial for victims of the cruellest sea

Gathering at Holy Trinity Church in West Cowes, which overlooks the Royal Yacht Squadron, the sailing community will pay tribute to 15 of its number who perished in the 1979 Fastnet Race and another six yachtsmen, four of them spectators shadowing the event, who died in the same vicious and unexpected storm.

A Royal Navy helicopter rescues the crew of the yacht Camargue
Air sea rescue: a Royal Navy helicopter comes to the aid of the crew of the yacht Camargue during the 1979 Fastnet race Photo: GETTY IMAGES
 
 

It was the worst disaster in competitive sailing history and an event that has stayed with all those who survived or waited for news on shore.

It will be a mournful and reflective moment for many, and not just those directly involved 30 years ago.

Death at sea has been a fact of life since man first pushed away from terra firma, hoisted a primitive sail and headed into the unknown. To a certain extent it comes with the territory, the price those most closely connected to the sea, either making a living or pursuing their favourite pastime, sometimes pay. It is a consequence of co-existing with – you never remotely tame – the sea and battling wind and wave.

After lively conditions during Cowes Week in 1979 the 303-strong fleet, including a small armada of top-rated Admiral's Cup contenders, set sail from Cowes on Sat, Aug 11 on the famous 605-mile race which rounds the Fastnet lighthouse off the Irish coast before heading for the finish line at Plymouth.

No unduly rough weather was forecast, although conditions were sporting enough. It was the speed at which everything unfolded that led to calamity.

A depression which had developed off the coast of Newfoundland on the Saturday had been tracked by the Met Office, but it suddenly developed into a deadly storm on the afternoon of Aug 13 and made a 90-degree change of direction, which led it howling into the heart of the race during the middle of that night. By Tuesday morning there was carnage.

Twenty-four yachts were lost or abandoned, 21 of the world's most experienced yachtsmen died. The heroic rescue services plucked 136 others from near-certain death. RNAS helicopters and RAF Nimrods flew more than 367 hours of sorties in three days as the rescue attempts continued and they were ably assisted by the Irish and French rescue services.

Just how bad were conditions? By chance, freelance journalist and photographer Andrew Besley had started working at RAF Culdrose just a few weeks earlier, tasked with recording emergency incidents and publicising the unheralded work of the helicopter pilots and winchmen. From the first emergency call-out at 6.30am on the Tuesday he accompanied numerous sorties over three days and was granted a unique and gruesome grandstand view of events.

"I saw things that I can still hardly believe and I still have nightmares," Besley said. "The waves were so high and steep that it wasn't a case of the yachts being flattened in the normally accepted fashion – they were simply pole-pitched, end over end down the face of the waves. I saw that three times and it is a memory you can't erase. Alas I also saw life rafts being hurled down the faces of waves and occupants being thrown out, almost certainly to their death.

"On a couple of occasions we would go down so low to a boat to effect a rescue that we would be in the trough of two waves and I would look up from the small window on the side of the helicopter and see a wave, often beginning to break, 30 or 40 feet above us. At the time I just numbly accepted it. Looking back it was horrendous.

"The professionalism and heroism of the helicopter pilots and crew during those days and nights can never be overstated. They were working on the very edge and conditions were so unstable that a lot of the time it was impossible to take pictures.

"The pilots were remarkably cool under pressure. At one stage, on top of everything else, we seemed to be icing up and the pilot casually mentioned that we would probably have to ditch any moment now and 'take a swim'. Miraculously, or so it seemed to me, we then flew through a heavy rain squall which dislodged the ice."

One of the initial problems was that although they were receiving a flood of mayday calls, the radio technology of the day did not enable the rescue services to pinpoint the locations. Poor communications also meant that the same stricken or abandoned yachts were often visited more than once, and empty life rafts revisited unnecessarily.

The mantra of all the rescue services today is "to take the search out of search and rescue" and on modern yachts, that is a given. All resources can be concentrated on the rescue element of the operation.

The storm was so localised that some of the fleet, including Sir Edward Heath on Morning Cloud, were not unduly affected. The race itself was won by American media magnate-to-be Ted Turner, who shared helming duties with his son, Teddy, on his 60-footer Tenacious. It was both his finest and, some would argue, most embarrassing moment.

Crew member Gary Jobson recalls: "Ted was really tough that night. I was watching him and he was so strong that I never got frightened. I thought 'If he's all right then everything's OK'. The harder the storm became, the better he was. It was his finest hour."

Unfortunately on arrival in Plymouth and being quizzed about the weather in the Irish Sea, he made reference to a well-documented tempest that once saved Britain from invasion. "Don't knock it altogether. If it hadn't been for storms like that, you'd be speaking Spanish," Turner said.

It was an unfortunate and ill-considered quip, albeit made before the full scale of the disaster was known. There was, however, the kernel of an enduring truth within it. Such storms have caused devastation throughout the years. You can prepare in every conceivable way, but when elemental forces are unleashed, nature will take its course".

 

 

(http://www.telegraph.co.uk/sport/othersports/sailing/5972702/Cowes-Week-2009-Fastnet-memorial-for-victims-of-the-cruellest-sea.html)