[Paulo Ghiraldelli Jr.]

“Amigo urso” não é um amigo que gosta de mel. Acredite.

O cachorro é seu amigo, o gato nem sempre, mas você elogia outros com a palavra “gato” ou “gata”, mas fala mal usando a palavra “cachorro” e “cadela”. Ora, se é assim que usa os nomes de amigos, não faça amizade comigo.

Os argentinos nos chamavam de “macaquitos”, por imitarmos os americanos. Agora, podemos processá-los!

Não raro, chamamos a polícia de “macacos”. Todavia, em alguns estados, eles são, na verdade, gorilas.

Uma mulher cachorrona pode ser uma mulher gostosona, exibida. Uma mulher cadelona, faz tudo que a cachorrona faz, e mais um pouco.

A mulher cadela não é a mulher vaca.

“Cadê o passarinho?” Isso era uma expressão que não queria dizer nada a respeito do Twitter.

Gavião era aquele cara que ficava sobrevoando sua casa para pegar filha, irmã ou até sua mulher. O tempo passou e hoje é um simples corintiano.

Cavalo é um cara grosso. Cavala é uma potranca.

Égua é quase igual a vaca, mas com alguma burrice. Uma loira, às vezes.

Tigrão é um quarentão ou cinqüentão que pode beber mais que a Sukita.

Mulher que inferniza e teima e não muda de idéia quando quer uma coisa é chamada de “mulher do piolho”. Caso você tenha uma dessas em casa, não ache que você é o piolho não, você é uma mosca. Talvez uma mosca morta.

Sapa é uma senhora meio sem pescoço, gorducha, atarracada, chata que dói. Nos anos 50, exercia a função de “dona de pensão”.

Uma mulher venenosa é uma cobra, claro. Um homem venenoso não existe.

Uma galinha é uma mulher que não é sua mãe.

Uma galinhona é uma senhora que olhou para o seu marido. É um caso semântico esquisito, já que antes de você falar que ela é uma galinhona você diz que “aquela vagabunda!”

Um caipira é um tatu.

Loba era uma mulher de 40, até o dia que Cristiane Torloni passou dos cinqüenta.

O homem que se transforma é um lobisomem. E aí, meu filho, se é sexta feira e você não decidiu, tranque-se no banheiro.

Lacraia e escorpião? Picam você com o rabo. Isso não é problema. O problema é que envenenam você. Você fica… envenenado!

Caso você não saiba o que é um abraço de tamanduá, grite “olha uma ratazana!” dentro de um salão de beleza dito “unisex”.

Apesar de quererem desmentir você, pode continuar acreditando que “caraça”, muito usado no Rio, é o mesmo animal que você chamava por um nome parecido, nos anos 70.

Sendo rica, uma ratazana é quem sofre de cleptomania. Sendo pobre ou de classe média, é aquela sua vizinha que, quando sai da sua casa, coincidentemente você se dá conta de que não consegue achar alguma coisa que queria achar.

Rato de esgoto é um brasiliense que não é de Brasília e, na verdade, nem fica muito lá.

Pantera é uma balzaca que ainda quer participar de concurso de beleza.

“Idade do lobo” era apenas um nome não científico para falar do que agora chamamos de andropausa.

Um cara gordo não é um elefante, é uma baleia ou um leitão. Pode ser um hipopótamo. Agora, um elefante branco é uma grande obra pública inacabada, paralisada.

Um elefante branco em cristaleira é aquele seu cunhado, gordo ou não, incapaz de falar algo que não constranja todos ou coisa que não crie confusão.

Raposa é aquele tipo de mulher “véia de guerra” ou, estranhamente, um político experiente!

Macaco velho é, como você sabe, aquele seu amigo experiente, que sempre quebra o seu galho.

Um touro era até pouco tempo um homem forte. Agora, tudo pode acontecer.

“Macaca de auditório” foi um tipo de mulher que nos anos setenta foi promovida a “colega de trabalho”

Papai coruja ou mamãe coruja são pais que cedo ou tarde vão se decepcionar – não é possível!

Mulher fruta não é fruta, é animal.

Tubarão era um empresário de poucos escrúpulos ou coisa parecida. Comiam os peixinhos, que eram empresários menores. Os ecologistas dizem, erradamente, que está se extinguindo.

Lesma é um bicho que, não raro, dá na Bahia.

Viado é viado. Bambi não é viado, é São Paulino