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 A TRAGÉDIA DAS GAROTAS MÁGICAS

Miguel Carqueija

 

                        (Resenha do volume 2 do mangá “Madoka Mágica”)

 

                        Com certeza, “Puella Magi Madoka Magica” não é o que se costuma esperar de um mangá do gênero “meninas mágicas”. O traço infantil, mas gracioso, e a delicadeza dos sentimentos (Bem “shoujo”) disfarça o caráter fatídico e sombrio da trama. Após a morte de Mami no volume 1, neste volume do meio a tragédia envolve Sayaka, que busca acertar no improviso, sacrificando-se cada vez mais para desempenhar a missão assumida de garota mágica e caçadora de bruxas.

                        “Não foi apenas para lutar contra bruxas, mas para proteger as pessoas a quem amo que eu aceitei este poder”, diz Sayaka, assim expressando com maturidade o seu idealismo de 14 anos. Infelizmente o roteiro do grupo Magica Quartet é cruel até com as heroínas. É desconcertante que a principal protagonista, Madoka,  de quem Kyubey afirma possuir latente o maior dos poderes — permanece passiva e espectadora em dois terços da mini-série.

                        Fica claro que terriveis revelações virão no volume final, principalmente em relação às verdadeiras intenções de Homura e ao paradoxo temporal que domina a trama.

                        “Madoka Magica” é edição brasileira da New Pop e original da Houbunsha (Japão).