A Nau Catarineta navegando pela Internet

A Nau Catarineta tem muito que contar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Nau Catrineta

 

O Romance da Nau Catrineta (ou da Nau Catarineta) é um romance popular - uma composição poética ligada à tradição oral. Provavelmente foi inspirado pela tumultuada viagem do navio Santo António, que transportou Jorge de Albuquerque Coelho (filho de Duarte Coelho Pereira, donatário da capitania hereditária de Pernambuco), desde o porto de Olinda, no Brasil, até o porto de Lisboa, em 1565.

O poema narra as desventuras dos tripulantes durante a longa travessia marítima - os mantimentos que esgotaram, a presença de tentação diabólica e afinal, a intervenção divina, que leva a nau a seu destino. Uma das versões do poema foi recolhida por Almeida Garrett e incluída em seu Romanceiro.[1][2]

Referências

7.8.2010 - A nau catarineta tem muito que contar - E muito que navegar, também na Internet. Um suave fim de semana para você e os seus. F. A. L. Bittencourt ([email protected].,br)

 

 

 

A   Nau   Catrineta
 
 

       "Lenda recolhida  por Almeida Garrett, a qual conta a viagem da nau portuguesa que, em 1565, transportava Jorge de Albuquerque Coelho para Lisboa.

       Há quem diga que esta história foi verídica e era contada pelo próprio Jorge A. Coelho, quando já idoso, se sentava frente ao mar, rodeado de amigos.

 

Lá vem a nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide, agora, senhores,
Uma história de pasmar.


Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.


Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija
Que a não puderam tragar.


Deitaram sorte à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.

Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal.


"Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar".

 Acima, acima gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal

"Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terra de Espanha,
Areias de Portugal.

 

 

Mais enxergo três meninas
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar".

--Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar.

"A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar".

-- Dar-te-ei tanto dinheiro,
Que o não possas contar.

"Não quero o vosso dinheiro,
pois vos custou a ganhar!

-- Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual.

"Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar".

--Dar-te-ei a nau Catrineta
Para nela navegar.
"Não quero a nau Catrineta
Que a não sei governar".

Que queres tu, meu gajeiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?

"Capitão, quero a tua alma
Para comigo a levar".

Renego de ti, demónio,
Que me estavas a atentar!
A minha alma é só de Deus,
O corpo dou eu ao mar.

Tomou-o um anjo nos braços,
Não o deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a nau Catrineta
Estava em terra a varar".

 

(http://web.educom.pt/~pr2003/2000/decc/lendas/nau_catrineta.htm)

 

 

 

 

 


 

 (http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-147204026-selos-grecia-caravelas-navegadores-estatuas-1483-_JM)