A função econômico-escravocrata dos gulags soviéticos

Para grande aborrecimento das assim chamadas Patrulhas Ideológicas, livro de Anne Aplebaum sobre os crimes de Stalin é ainda mais solidamente documentado do que a obra libertadora O arquipélago Gulag, de A. Soljenitsin.

 

 

 

 

"Em 1973 foi aberta ao ocidente uma janela sobre o que acontecia nas regiões remotas na União Soviética quando o russo Alexandre Soljenitsin publicou, em Paris, sua obra Arquipélago Gulag. O livro era um relato completo, documentado, de episódios vividos entre 1918 e 1956, no Gulag: a imensa rede de campos de trabalho forçado soviéticos por onde passaram, segundo o autor 66 milhões de pessoas.

Agora, quase trinta anos depois, Anne Aplebaum, com acesso a documentos recém abertos do antigo regime soviético e relatos de sobreviventes, reconstrói a história do Gulag, dando uma visão mais ampla à obra de Soljenitsin e a magnitude que foi o sistema
.  (...)"

(LUCAS CECIN, no artigo adiante transcrito na íntegra)

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anne Aplebaum, que merecidamente conquistou

o cobiçado Prêmio Pulitzer

(Só a foto, sem a legenda acima lida:

http://www.messiah.edu/departments/history/lecture_photos.html)

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A PRINCESA ISABEL DO BRASIL, A REDENTORA,

QUE, EM 1888 LIBERTOU OS ESCRAVOS EM NOSSO PAÍS,

COM SEUS TRÊS FILHOS: LUÍS, PEDRO E ANTÔNIO

(Reprodução da fotografia, com outra legenda

relativamente àquela que, a propósito,

informa os nomes dos bonitos e inteligentes

filhos da grande Princesa brasileira:

http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1108&sid=18

 

 

 

 

"Nikita Serguêievitch Khrushchov
Ники́та Серге́евич Хрущёв
Nikita Serguêievitch KhrushchovНики́та Серге́евич Хрущёв
Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética
Mandato: 7 de Setembro de 1953
a 14 de Outubro de 1964
Precedido por: Josef Stalin
Sucedido por: Leonid Brejnev
Primeiro-ministro da União Soviética
Mandato: 27 de Março de 1958 a
14 de Outubro de 1964
Precedido por: Nikolai Bulganin
Sucedido por: Alexey Kosygin

Nascimento: 17 de Abril de 1894
Kalinovka
Império Russo
Falecimento: 11 de Setembro de 1971 (77 anos)
Moscou
 União Soviética
Partido: Partido Comunista
Religião: Ateísmo
Profissão: Político, militar"
   
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikita_Khrushchov)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://forejustice.org/wc/gulag_applebaum.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O benemérito autor da obra clássica anti-stalinista O Arquipélago Gulag

Alexander Issaiévich Soljenítsin (Александр Исаевич Солженицын)

(1918 - 2008), Prêmio Nobel de Literatura em 1970,

e o atual presidente da Rússia, o estadista Vladímir Vladímirovitch Putin

(Влади́мир Влади́мирович Пу́тин,

http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2008/08/sobre-seiva-de-certas-rvores.html)

 

 

 

 

 

               Dedicado às memórias da Princesa Isabel, a Redentora (1846 - 1921), e do

               general Nikita Serguêievitch Khrushchov (Ники́та Серге́евич Хрущёв),

               nascido em 1894 e falecido em 1971,

               que denunciou ao mundo, em 1956, os crimes de seu satânico antecessor no cargo de

               premiê da URSS J. Stalin,

               abraçando o atual presidente da Rússia, o estadista Vladímir Putin - que prestigiava

               Soljenitsin quando este ainda vivia -,

              e agradecendo às seguintes personalidades pelas respectivas

              aulas magnas e extensas proferidas contra os genocídios sob responsabilidade do

             camarada-grande-timoneiro Stalin: Alexandre Soljenitsin - IN MEMORIAM - e

             Anne Aplebaum, como também a Lucas Cecin, que nos apresentou, 

             sob a forma de competente resenha, o livro monumental de Aplebaum          

 

         

                                             

  

13.7.2010 - O século XX foi um verdadeiro palco de horrores (também no Brasil, com os abusos das oligaquias, na Velha República, a cruel repressão política durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, o fechamento dos cassinos, por Eurico Dutra, em 1946, e os desmandos da Ditadura de 64, pelos medonhos gorilas que a lideraram), sendo que o livro de Anne Aplebaum trata também dos aspectos econômico-exploradores dos tenebrosos gulags soviéticos - Quanto mais se deseja que não se fale muito dos campos de concentração nazistas, durante a primeira metade do século xx, do presidente Eurico Gaspar Dutra (que, juntamente com Góis Monteiro, abertamente declarava-se nazista) fechando os cassinos, no Brasil, em 1946, ou mesmo dos horrores liderados pelo camarada Joseph Stalin (o grande timoneiro da segunda fase da Revolução), mais depoimentos muito bem documentados deixam claros os horrores praticados por Hitler, Dutra e Stalin [sobre o apavorante fechamento dos cassinos, no Brasil, por Eurico Dutra, leia, se tiver tempo e interesse, nesta mesma Coluna "Recontando...", o conteúdo do seguinte link:

http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/1946-dutra-fecha-os-cassinos-e-53-200-pessoas-ficam-desempregadas,236,3465.html].

 

 

 

 
 
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A História do Gulag – Um capítulo desconhecido da História Russa e da História Mundial


por Lucas R Cecin

"Em 1973 foi aberta ao ocidente uma janela sobre o que acontecia nas regiões remotas na União Soviética quando o russo Alexandre Soljenitsin publicou, em Paris, sua obra Arquipélago Gulag. O livro era um relato completo, documentado, de episódios vividos entre 1918 e 1956, no Gulag: a imensa rede de campos de trabalho forçado soviéticos por onde passaram, segundo o autor 66 milhões de pessoas.

Agora, quase trinta anos depois, Anne Aplebaum, com acesso a documentos recém abertos do antigo regime soviético e relatos de sobreviventes, reconstrói a história do Gulag, dando uma visão mais ampla à obra de Soljenitsin e a magnitude que foi o sistema.

O sistema de campos de prisioneiros tinha precedentes na Rússia Czarista do século XVII. Foi depois da Revolução Russa de 1917 que Gulag não parou de crescer. Em 1921 já havia 84 campos de concentração. A partir de 1929, Stalin resolveu utilizar o contingente de trabalho forçado para acelerar a industrialização. No final da década de 1930, existiam campos nos doze fusos horários da U.R.S.S. Ao contrário da idéia corrente, o Gulag não parou de crescer quando chegou ao final dos anos 1930; ao invés disso, continuou a expandir-se durante toda a Segunda Guerra Mundial e a década de 1940, atingindo seu apogeu em 1950 com mais de 470 campos e dois milhões e meio de presos espalhados pelo país.

A correspondência para com o mundo lá fora era totalmente vigiada. Quem mandava cartas para os campos o fazia exclusivamente através de caixas postais, já que o endereço dos campos era secreto. Os campos também desapareciam do mapa e brotavam em outros lugares. O número de presos girava em torno de 2 milhões de pessoas. Esse número assusta muito. Existe uma velhíssima piada soviética sobre o susto terrível que o marido e a mulher tiveram quando ouviram a batida na porta – e sobre o alívio que sentiram quando souberam que era apenas o vizinho avisando que o prédio estava pegando fogo.

Naquela época era comum detenções durante a noite. Quase tudo era considerado anti-revolucionário, os julgamentos eram feitos na hora e as pessoas eram levadas para o Gulag. A autora descreve na obra os processos de desumanização sofrido pelos presos e suas técnicas de sobrevivência. Ao relatar a história do Gulag, Anne também conta a história da União Soviética, pois os assuntos são inseparáveis. Quem administrava o Gulag era o segundo homem mais poderoso da União Soviética, pois controlava o motor da economia.

O gulag produzia tantos produtos quanto existiam na economia soviética. Fora os esforços dos prisioneiros que industrializaram a União Soviética na década de 30 e possibilitaram a União Soviética vencer a Segunda Guerra Mundial dando suporte bélico ao exército vermelho. Até mesmo o programa espacial russo foi fruto de trabalhos de presos.

O Gulag funcionava conforme as prioridades de Moscou. Fica claro porém, que o sistema nunca cumpriu o papel de reabilitar os presos que ali eram confinados. Os presos eram considerados peças de uma máquina; o motivo primordial do Gulag era econômico. Como a autora mostra, os campos eram por natureza improdutivos e propensos ao desperdício; pior ainda, não davam lucro.

O Gulag foi ao colapso na década de 80, porém sua existência está viva nos arquivos soviéticos e na memória dos sobreviventes. Produziu cultura e até uma linguagem própria. Demorou, mas a União Soviética percebeu que o trabalhador livre sempre será mais eficiente que um trabalhador escravo".
 
 
(http://pt.shvoong.com/books/1778804-gulag/)