A EXCEÇÃO

     Quase todo mundo diz que quer a paz; poucos realmente a procuram. Muitos seres humanos estão sempre perturbando seu semelhante. Alguns só se sentem bem se estiverem maltratando ou matando alguém.

     A indústria de armas de fogo é a inimiga número 1 da paz, não a quer de jeito nenhum. O Hamas (que devíamos escrever Ramás em nosso bom vernáculo) e o governo de Israel não a querem. Vêm guerreando há décadas.  Grupos armados no mundo inteiro não a querem também.

     Na Roma Antiga, já se dizia: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra.” Desse modo, fica claro que só temos paz se estivermos armados para nos defendermos de um provável inimigo. Ou seja, o homem tem seu semelhante mais como um inimigo do que como um irmão. Com base nisso, percebe-se que este planeta jamais teve algum período de paz prolongada. Em algum lugar, seres humanos estão sempre se matando mutuamente.

     A guerra na Síria já dura mais de dez anos. Rússia e Ucrânia estão se matando há mais de um ano. Não há notícia de que esses dois conflitos acabem tão cedo.

     O ridículo ditador comunista que governa a Coreia do Norte vive disparando mísseis e ameaçando os EUA, que, por sua vez, ameaça retaliar e varrer essa ditadura do mapa. Outros países, como a Turquia, por exemplo, vivem ameaçando intervir no conflito entre Israel e Hamas, alinhando-se contra os judeus. Enquanto isso, a indústria de armas de fogo, se coçando na vontade de lucrar mais, está torcendo para que mais países entrem em guerra.

     Esta situação de carência de paz internacionalmente é muito lamentável. Porém, apesar de não estarmos em guerra aqui no Brasil, nós não temos paz. É claro que uma guerra é muito pior do que a extrema violência que nos ameaça diariamente neste país. Mas nem por isso podemos dizer que temos paz. Não, não a temos.

     Quando saímos de nossa casa, vamos nos encomendando a Deus e aos santos de nossa devoção. Não desejamos, mas não sabemos se seremos mais uma vítima de algum vândalo motorizado nesse nosso trânsito caótico, ou de uma bala perdida, ou de um sequestro, ou de um assalto a mão armada. Nosso celular e outros meios eletrônicos de comunicação que utilizamos estão sempre acossados por ladrões querendo nos aplicar algum golpe e levar todo nosso suado dinheiro. Além disso, a guerra entre facções criminosas é uma constante no Rio de Janeiro.

     O atual presidente da República andou um tempo aí querendo estabelecer a paz na Ucrânia. Calma, senhor presidente! Dê uma olhada na extrema violência que ameaça os brasileiros todos os dias. Contribua para que a paz deixe de ser uma exceção   neste país.