"Segundo as leis de evolução do capitalismo, cada crise é um ponto morto, mas este ponto morto tem que ser considerado como um momento necessário da produção capitalista e a intensificação das crises ...deve ser conhecida do ponto de vista do materialismo histórico", escreveu Lukács na "História e consciência de classe" (Lisboa, Escorpião, p. 254).
A atual crise, sendo não uma ruptura da produção, mas do próprio capital em si, vai configurar uma nova realidade para o capitalismo em sua evolução.
Os operários sofrem a crise como sujeito ou seu objeto?
A crise, diz Lukács, é sempre resultado da relação da distribuição antagônica, pelas contradições do fluxo do capital que continua a correr em conformidade com a força que já possui, e a estreita base do consumo (de capital) - e isto está estudado no "Capital" (apud Lukács).
A atual crise parece residir na tentativa desesperada de produzir capital pelo capital, libertando-se da produção e do consumo.
Ninguém sabe onde vai parar.