OS 60 ANOS DE MAGIA VERBAL EM CARLOS NEJAR
Por Diego Mendes Sousa Em: 17/07/2020, às 11H00
Há exatos 60 anos, um jovem de 21 anos de idade, Luís Carlos Versoni Nejar, inaugurava o seu lastro poético com um belo livro, indagativo e inventivo, intitulado "Sélesis" (1960), de uma comovente herança lírica e com os primeiros incêndios épicos. Nele, Carlos Nejar (1939-) dava voo e caminho aos pássaros que devoravam o seu ser de explosivo e raro criador.
Em "Sélesis" já estavam todos os matizes da sua alta fatura literária, com o intransferível registro de uma dicção que marcaria uma geração e faria nascer um estilo mui próprio, de agudeza estética, para além dos símbolos e das alegorias, com lucidez e claridade verbal.
O livro foi publicado pela Livraria do Globo de Porto Alegre, com a imagem surreal de um cão e uma flor, sendo sucesso imediato e merecido.
Carlos Nejar encerrou "Sélesis" com esta profunda reflexão: "Qual o destino do homem?".
Titeiros por Diego Mendes Sousa