Muitas vezes, para chegar às conclusões certas basta raciocinar um pouquinho.
(Miguel Carqueija)


    Texto redigido em 12 de setembro de 2010:
    Na última quinta-feira, 9 de setembro de 2010, o programa “Escola da Fé”, do Professor Felipe Aquino, na TV Canção Nova (canal 20), esteve de primeira: o convidado foi o sábio e consciencioso Padre Paulo Ricardo. O programa vai ao ar às 20.30 h. mas, por causa do horário eleitoral, está entrando com uma hora de atraso.
    Discorreram os dois sobre as deturpações da fé católica que estão ocorrendo com frequência mesmo em ambientes católicos. Até mesmo teólogos que se dizem católicos — como os tais da “teologia da libertação” — buscam “desmitificar” a nossa religião, relativizando a doutrina. Assim, todo o milagre, todo o elemento sobrenatural, é “racionalizado” de maneira manhosa e pérfida. Jesus Cristo, por exemplo, não teria ressuscitado: isto apenas simbolizaria a sua presença moral entre nós. A consagração do pão e do vinho não traria a presença real do Redentor; seria apenas um modo de expressar a união dos cristãos etc.
    Contra tais disparates, Felipe Aquino e Paulo Ricardo apresentam o “Catecismo da Igreja Católica”, âncora dos fiéis. E serena mas objetivamente repõem tido nos seus devidos lugares.
    O que causa espécie é saber que, por via de regra, ninguém questiona o princípio de identidade em praticamente todas as coisas. Todos entendem, por exemplo, que uma geladeira é uma geladeira e não uma capivara. Só quem se achasse no último grau de demência tentaria provar que uma geladeira é na verdade uma capivara. Assim lápis é lápis, teoria da relatividade é teoria da relatividade, tubarão é tubarão, capim é capim. Uma religião tem na sua doutrina a sua identidade. Imagino que ninguém, nem mesmo um teólogo modernizante, chegará para um hipopótamo, apontar-lhe-á o dedo em riste e ordenará em tom irado: “A partir de hoje o senhor está proibido de ser ou se julgar um hipopótamo”!
    Ninguém faz isso, é claro. É o caso então de perguntar: por que o direito a ter sua própria identidade, reconhecido até no hipopótamo, é negado apenas e tão-somente à Igreja Católica?
    Por tudo isso, eu peço a Deus que esses dois heróis do século XXI, Professor Felipe Aquino e Padre Paulo Ricardo, possam por muito tempo prosseguir em sua nobre luta pela honra e pela integridade da Igreja Católica.