[Flávio Bittencourt]

Ypiranga Monteiro: a sociedade amazônica não precisava do europeu para viver e sobreviver

De acordo com um sábio do Amazonas, o homem europeu teria esvaziado o mundo amazônico de sua cultura própria.

 

 

  

 

 

 

 

 

Model steam train, with people riding on it.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"The society of model engineers were conducting rides on their mini steam train."

(http://www.tolkiensociety.org/t_wend/2005.html)

 

 

 

 

 

 

"Marquês de Pombal
(Poderoso político português na época do Brasil Colônia)
1699, Lisboa
1782, Pombal
"
 

(http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_891.html)

 

 

 

 

 

 

(http://indiosdobrasilsomostodosirmaos.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

"(...) Quando ocorreu o atentado contra a vida do rei [DE PORTUGAL] em 1758, [O MARQUÊS DE POMBAL] conseguiu implicar os jesuítas, expulsos em 1759, e os nobres; alguns destes foram torturados até morrer. (...)".

[NETSABER - BIOGRAFIA, trecho do verbete 'Marquês de Pombal,

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_891.html)

 

 

 

 

 

"(...) Que o civilizador europeu (referência neste caso ao português) aprendeu muito na universidade da selva é fato indiscutível, perfeitamente coonestado pelo historiador alemão que vimos citando acima [O BÁVARO DR. CARLOS FREDERICO FELIPE VON MARTIUS], embora esta afirmação deva revestir-se sempre de uma cautelosa esperança de confirmação, pois não se trata realmente de um fenômeno de completa absorção de cultura, haja vista que um dos primeiros passos dados para interromper o processo dessa absorção foi mandar sustar a comunicação da língua indígena. (..) se não fosse suspensa [PELO MAQUIAVÉLICO E TOTALITÁRIO MARQUÊS DE POMBAL] oficialmente a usança da língua geral indígena na Amazônia pelo alvará de 30 de setembro de 1770 (...) teria a cultura indígena superado neste particular a língua portuguesa? Seríamos nós mais felizes utilizando uma língua estranha invés da portuguesa? (...)"

(M. YPIRANGA MONTEIRO, passagem textual extraída do trecho adiante reproduzido, do alentado livro História da Cultura Amazonense)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROF. DR. MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO, 

da UA - UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (hoje UFAM),

do IGHA - INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO AMAZONAS e

da AAL - ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS

(http://jmartinsrocha.blogspot.com/2010/09/mario-ypiranga-monteiro-grande.html)

 

 

 

 

 

Secretário Robério Braga cancela participação em chat 

01 de novembro de 2007

Portal Amazônia
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

"MANAUS - o secretário estadual de cultura, Robério Braga, que seria o convidado de hoje (01/11) do chat do Portal Amazônia, cancelou a participação.

De acordo com a assessoria, o secretário não poderá comparecer ao bate-papo do Portal Amazônia, marcado para as 14h, porque foi convocado de última hora para uma reunião governamental. NR".
 

(http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?pag=old&idN=60055)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A FABULOSA CIDADE "SANTA ANITA" - POR ONDE PASSAM LOCOMOTIVAS E VAGÕES EM MINIATURA AQUIRIDOS EM VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO -, QUE FOI CONSTRUÍDA, EM MANAUS, POR MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO, AUTOR DE MAIS DE CINQUENTA LIVROS, entre eles o monumental HISTÓRIA DA CULTURA AMAZONENSE, NO QUAL AS CULTURAS INDÍGENAS E CABOCLAS DO EXTREMO NORTE DO BRASIL SÃO DEFENDIDAS PELO SÁBIO AMAZONENSE QUE ERA, ELE PRÓPRIO, UM INDIODESCENDENTE

(SEM A LEGENDA ACIMA ENGENDRADA, A FOTO DA CIDADE-DE-FERREOMODELISMO

ESTÁ, NA WEB, EM:

http://www.manausmais.com.br/content/art_detail.asp?URL_ART_COD=201)

 

 

  

 

Projeto Livro Vivo

Janeiro 12, 2008

"O projeto livro vivo nos dá a oportunidade de conhecer a história  de uma maneira muito interessante e ousada, hoje, dia 12 de janeiro, pude conferir esse passeio de perto e realmente é uma “viagem” a partir da década de 80. 

Para quem ainda não foi  ao Teatro Amazonas, estes são alguns detalhes da visita.

livro-vivo.jpg

Divertida recepção feita pelo professor e historiador Mário Ypiranga Monteiro [ATOR INTERPRETA COM COMPETÊNCIA E AMOR À SUA TERRA NATAL O SÁBIO AMAZONENSE YPIRANGA MONTEIRO, INFELIZMENTE FALECIDO EM MANAUS, EM 2004]

de-teatro-059.jpg

teatro-058-copia.jpg 

A bailarina Margot Fontaine falou sobre sua apresentação em 1975  na sala de exposição do Teatro Amazonas. Um dos acervos principais é a saptilha da própria bailarina doada na época.

teatro-salao-nobre.jpg

 O que mais chamou atenção dos visitantes no Salão Nobre, decorado por Domenico de Angelis, foi a forma geométrica do piso feito com 12 mil peças de madeira encaixadas, sem cola e pregos.

teatro-071.jpg

Grupo de teatro Matamorfose

teatro-074.jpg

Eu e o inteligentíssimo professor Mário que esteve de prontidão do início ao fim do nosso passeio.

Visitas: todas as quintas- feiras das 14h às 15h e das 15h às 16h e aos sábados, das 10h às 11h e das 11h às 12h. Aporveitem!!!!!".

(http://alemdoqseve.wordpress.com/2008/01/12/livro-vivo/)

 

 

 

 

 

Cravos Trilho De Trem Ferrovia # Dormente # Cabeça Cachorro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Cravos Trilho De Trem Ferrovia # Dormente # Cabeça Cachorro"

(http://www.emule.com.br/lista.php?keyword=Cabeca&pag=2&ordem=BARATOS

 

 

 

 

 

 

 

"Nheengatu [IDIOMA]
Nomes alternativos: Tupi Moderno, Língua Geral Amazônica, Lingua Geral, Tupi Vivo
Falado em:

Brasil (estados da Região Norte, oficial em São Gabriel da Cachoeira)

[O MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA SITUA-SE NA REGIÃO DO ESTADO DO AMAZONAS (BRASIL) CONHECIDA COMO CABEÇA DO CACHORRO, NO NOROESTE DA AMAZÔNIA BRASILEIRA E DO AM]

 

Total de falantes nativos:  
Classificação lingüística:

Proto-Tupi
 Tupi
  Tupi-Guarani
    Nheengatu
 

Línguas descendentes: não possui
Estatuto oficial: não tem"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Nheengatu)

 

 

 

 

 

 Cabeça de uma cachorro em preto e branco 1024x768 Papel de Parede Wallpaper

"Cabeça de um cachorro em preto e branco"

(http://downloads.open4group.com/wallpapers/1024x768/cabeca-de-uma-cachorro-em-preto-e-branco-12611.html)

 

 

 

 

 

File:Nheengatu.PNG
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASÃO E MAPA DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, MUNICÍPIO DO ESTADO DO AMAZONAS

(BRASIL) ONDE TAMBÉM É FALADA A LÍNGUA GERAL (oficial, no Município)

 

   
"Date

31 de dezembro de 2009

Source

http://www.instituto.org.br/br/dados/Nheengatu.PNG

Author

Marcos Henrique Achado

Permission

Marcos Henrique Achado/Instituto de Ajuda ao Aluno Carente")

 

 

 

 

"O nheengatu, também conhecido como nhengatu, nhangatu, inhangatu ou língua geral da Amazônia, ou ainda pelo nome latino lingua brasilica, é uma língua do Tronco tupi, da família Tupi-Guarani. É a língua materna de parte da população cabocla do interior amazônico, além de manter o caráter de língua de comunicação entre índios e não-índios, ou entre índios de diferentes línguas.

Constitui, ainda, um instrumento de afirmação étnica dos povos que perderam suas línguas, como os Baré, os Arapaço e outros. Há também reduzidos grupos de falantes nas areas limítrofes da Colômbia e Venezuela. É uma língua artificial que se originou a partir do século XVII no Pará e Maranhão, como lingua franca criada pelos jesuítas portugueses a partir do vocabulário e pronúncia tupinambás, que foram enquadrados em uma gramática modelada na portuguesa. Para conceitos e objetos estranhos à língua emprestaram-se inúmeros vocábulos do português e espanhol. A essa mistura deu-se o nome ie’engatu, que significa "língua boa".

Em seu auge, chegou a ser a língua dominante do vasto território brasileiro em conjunto com sua irmã idiomática, a língua geral paulista, sendo usada não apenas por índios e jesuítas, mas também como língua corrente de muitos colonos de sangue português (...)".

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Nheengatu)

 

 

 

 

 

                   

"Por que cargas d'água o Marquês de Pombal [Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, 1699 - 1782]  -  que foi uma espécie de "príncipe" português com cujo maquiavelismo no trato governamental dos assuntos amazônicos até o próprio Maquiavel possivelmente ficaria ruborizado - terá banido da vida oficial e escolar amazônica a língua geral (tupi-guarani ou nheengatu), que, como assinala Ypiranga Monteiro às págs. 229 e 230 do livro História da Cultura Amazonense (Manaus, Ed. Gov. Est. do Amazonas, 1977), tinha grande capacidade de universalidade e resistência?"

 

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 
Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal

 



 



 
Vista de Lisboa desde o Parque Eduardo VII. Ao fundo, a Praça e a estátua do Marquês de Pombal

 

 

 

 

 

 

 

Vista de Lisboa desde o Parque Eduardo VII
Ao fundo, a Praça e a estátua do Marquês de Pombal

 

 





"Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal ou Conde de Oeiras, (Lisboa, 13 de Maio de 1699 — Leiria, 8 de Maio de 1782) foi um nobre e estadista português.
 
Foi secretário de Estado do Reino (primeiro-ministro) do Rei D. José I  (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa. Representante do Despotismo iluminado em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo, tendo desempenhado um papel fulcral na aproximação de Portugal à realidade económica e social dos países do Norte da Europa, mais dinâmica do que a portuguesa. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou na prática com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor "de jure" até 1821.
 
Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e suas colónias. A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: a primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távora, uma intriga com consequências dramáticas.
 
 
(...)
 
 
Reformas na educação [PORTUGAL]
 
Na esfera da educação, introduziu importantes mudanças no sistema de ensino do reino e da colónia - que até essa época estava sob a responsabilidade da Igreja -, passando-o ao controle do Estado. A Universidade de Évora, por exemplo, pertencente aos jesuítas, foi extinta, e a Universidade de Coimbra sofreu profunda reforma, sendo totalmente modernizada.
 
A "reforma universitária" do Marquês de Pombal incluía também o fim da proibição de alunos ou professores com ascendência judaica nos quadros do estabelecimento de ensino.
 
 
O Marquês de Pombal no Brasil
 
Existe uma grande dissonância entre a percepção popular do Marquês entre os portugueses (que o vêem como herói nacional) e entre os brasileiros (que o vêem como tirano e opressor).
 
Na visão do governo português, a administração da colónia devia ter sempre como meta a geração de riquezas para o reino. Esse princípio não mudou sob a administração do Marquês. O regime de monopólio comercial, por exemplo, não só se manteve, como foi acentuado para se obter maior eficiência na administração colonial.
 
Em 1755 e 1759, foram criadas, respectivamente, a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, empresas monopolistas destinadas a dinamizar as actividades económicas no Norte e Nordeste da colónia. Na região mineira, instituiu a derrama em 1765, com a finalidade de obrigar os mineradores a pagarem os impostos atrasados. A derrama era uma taxa per capita, em quilos de ouro, que a colónia era obrigada a mandar para a metrópole, independente da real produção de ouro.
 
As maiores alterações, porém, ocorreram na esfera político-administrativa e na educação. Em 1759, o regime de capitanias hereditárias foi definitivamente extinto, com a sua incorporação aos domínios da Coroa portuguesa. Quatro anos depois, em 1763, a sede do governo-geral da colónia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, cujo crescimento sinalizava o deslocamento do eixo económico do Nordeste para a região Centro-Sul.
 
Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colónia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias. Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. O ministro regulamentou ainda o funcionamento das missões, afastando os padres de sua administração, e criou, em 1757, o Directório, órgão composto por homens de confiança do governo português, cuja função era gerir os antigos aldeamentos.
 
Complementando esse "pacote" de medidas, o Marquês procurou dar maior uniformidade cultural à colónia, proibindo a utilização do Nheengatu, a língua geral  (uma mistura das línguas nativas com o português, falada pelos bandeirantes) e tornando obrigatório o uso do idioma português. Alguns estudiosos da história afirmam que foi com esta medida que o Brasil deixou o rumo de ser um país bilingue.
 
Ainda hoje se encontra uma estátua de mármore em tamanho natural do Marquês de Pombal na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, localizada no centro histórico de Salvador.
Fonte: Wikipédia.  
 

 

 

 
Praça Marquês Pombal, Lisboa,  no ano de 1930

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Praça Marquês Pombal, Lisboa, no ano de 1930".

 

(http://topazio1950.blogs.sapo.pt/258689.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

                Como homenagem à memória do sábio amazonense - 

                lembrando que o transcurso do centenário de seu nascimento 

                aconteceu no ano passado [2009]  -, o

                advogado, historiador, professor, jornalista e folclórogo

                MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO (1909 - 2004) e

                agradecendo ao atual secretário de Cultura do Estado do Amazonas, o

                advogado, historiador, jornalista e administrador publico de Cultura ROBÉRIO BRAGA,

                por ter providenciado a disponibilização ao público da

                CIDADE EM MINIATURA "Santa Anita", DA ESFERA DO FERREOMODELISMO,

                que foi construída, ao longo de décadas de lúdica atividade de horas vagas,

                pelo excelso Prof. Ypiranga Monteiro: miniurbe de sonhos, fabulosíssima e majestosa,

                hoje visitada, na Praça São Sebastião - que fica em frente ao Teatro Amazonas -,

                em Manaus, por milhares e milhares de turistas que têm a sorte de poder conhecê-la

  

 

 

 

15.11.2010 - O historiador Mário Ypiranga Monteiro era uma potência intelectual e moral - O saudoso Prof. Ypiranga Monteiro, em sua obra monumental intitulada História da Cultura Amazonense, não perdoou os estragos providenciados, na Amazônia, pelo invasor luso, que quase acabou com os índios e sua rica cultura autóctone.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO ESCREVEU:

 

HISTÓRIA DA CULTURA AMAZONENSE (1º VOLUME)

Manaus: Ed. Gov. do Estado do Amazonas, 1977

p. 226

"(...) A ignorância inefável do europeu pela sua própria história social nos adverte de que os falsos escrúpulos surpreendidos nas suas críticas aos povos americanos resultam em ridículo sintoma de carência de conhecimentos primários da história da humanidade. O erudito historiador que estamos tomando nesta oportunidade para confronto, considera correta a opinião de umas quantas testemunhas da aculturação portuguesa, mas se esqueceu de que a crítica possui uma qualidade ancípite [ancípite = INCERTA, DUVIDOSA, VACILANTE], tanto pode olhar o criticado como o criticante. Além de que louvar-se em opiniões às vezes apaixonadas não é um método seguro para o historiador. Não estamos contradizendo o contexto social acima revelado: ele resiste a qualquer crítica em profundidade histórica e em permanência social. Não há negar que aconteceu aquilo mesmo e acontece hoje. Em Roma deve ser-se romano. Ou em terra de sapo, de cócoras com ele. O que estamos querendo considerar é a questão da força de adaptação condicionada. O português ou espanhol ou qualquer outro colono vindo para a América não era rico. Não trazia bens, não possuía capacidade financeira para aquisição de riquezas. O seu capital eram os braços e a necessidade. Largado numa região em tudo diferente da sua ele teria que reger-se pelos hábitos e costumes locais, melhormente pela lei da selva. O que lhe recusavam na terra natal, terra e escravos para arroteá-la, ele teve na Amazônia em quantidade nababesca. Não é muito certo que tivesse enfrentado o suor e a canícula costumeiras dos seus campos de semeadura natais. O Estado paternalista deu-lhe o chão e o escravo. Não importa que fosse obrigado a pegar no remo quando o escravo faltou-lhe, a região era riquíssima deles, aliás sempre foi generosa em tudo. Mas a crítica se perde na irrelevância do comentário nem sempre apropositado, despojado de verismo social, isto é, da compreensão do fenômeno social amazônico.  (...)

=== em edição ===

 

 

 

===

 

 

NO BLOG DO ROCHA

[José Martins Rocha], SOBRE

YPIRANGA MONTEIRO

 

"Quarta-feira, Setembro 15, 2010 

MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO, GRANDE GUERREIRO DA TERRA DE AJURICABA!

 

Com todo o respeito aos escritores amazonenses, mas, não tivemos até agora uma pessoa com a maior produção literária do que o saudoso Mario Ypiranga Monteiro.

Para quem não é da nossa região ou não conhece a nossa historia, o homem deixou para a posteridade mais de duzentas obras, sendo 16 delas inéditas.

O Mário Ypiranga nasceu em Manaus, no dia 23 de janeiro de 1909, em 1927 começou suas atividades literárias como poeta e contista, foi professor de Literatura Portuguesa na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UA. Exerceu o jornalismo por 70 anos, pertenceu a Academia Amazonense de Letras, Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, National Geographic Society (USA), admirador da história e do folclore. Faleceu no dia 8 de julho de 2004, aos 95 anos de idade, foi casado por 65 anos com Ana dos Anjos, com quem teve quatro filhos.

Próximo a sua morte, foi entrevistado pelo historiador Ibrahim Baze, no programa “Literatura em Foco”, do Amazon Sat, canal 44 – contou sobre a sua vida em Manaus e, no final do programa, falou o seguinte: - “Já dei a minha contribuição para Manaus, o meu tempo já passou, estou no final da vida, Adeus!”.

Num belo sábado ensolarado de Manaus, o nosso escritor veio a falecer, não fui ao seu velório, porém, prestei as minhas ultimas homenagens quando passou o cortejo fúnebre – me encontrava, exatamente, em frente à Praça da Saudade, o caixão do Mario Ypiranga estava em cima de um carro dos bombeiros, uma homenagem pós-morte, feita para poucas pessoas.

Lembro muito bem daquele momento, estava absorto em meus pensamentos e, fiz a seguinte homenagem: - Aqui passa um verdadeiro guerreiro da terra de Ajuricaba, fez história na nossa cidade, tiro o chapéu para você, meu mestre! Você foi um grande amazonense que ousou em escrever, estudar a cultura da nossa Amazônia, lecionar e formar grandes cidadãos. Vá em paz, ao encontro do nosso bom Deus, você ficará eternamente na lembrança de todo o povo amazonense, Amém!

Para a minha surpresa, fui convidado para o lançamento de mais três livros do Mário Ypiranga – não é apenas um, mas, três livros! O homem deixou vários livros inéditos, no prelo, - juro que nunca tinha visto alguém com tamanha capacidade de produção literária, mesmo após a sua morte ainda continuam os lançamento de seus livros.

O evento será às 10 horas do próximo dia 18, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Amazonas, o IGHA, na Rua Bernardo Ramos, centro antigo de Manaus. Os livros são os seguintes: Escravidão Indígena, O Pescador e Papagaio de Papel – o primeiro versa sobre a chegada dos homens brancos na Amazônia, submetendo os indígenas a toda ordem de humilhações e trabalhos pesados; o segundo, fala sobre a piscosidade do Rio Amazonas e a utilização do índio pelo colonizador para ser o “índio de flecha”, com a obrigação de abastecer a cozinha do homem branco e, o terceiro, dedicado à infância do autor, no bairro dos Tocos (Aparecida), os lugares onde a molecada de Manaus brincava de papagaio, os verbetes utilizados e os seus colegas ilustres, como ele, contumazes empinadores de papagaio.

Bato palmas para os membros da Editora da Universidade Federal do Amazonas, a EDUA, principalmente, na pessoa do sociólogo Renan Freitas Pinto e do escritor Evaldo Ferreira, pela iniciativa de homenagear ao grande escritor e de publicar os referidos livros.

Mário Ypiranga Monteiro, grande guerreiro da Terra de Ajuricaba! Palmas! É isso ai.

 
 
 
 
SOBRE O RESPONSÁVEL PELO BLOG SUPRARREFERIDO:
 
[JOSE+MARTINS+ROCHA.jpg]  

 

 

 

 

 

 

(http://jmartinsrocha.blogspot.com/2010/09/mario-ypiranga-monteiro-grande.html

JOSÉ MARTINS ROCHA,

que escreveu, também:

"ESTE BLOG FOI CRIADO PARA MOSTRAR FOTOS E COMENTÁRIOS SOBRE A AMAZÔNIA, EM PARTICULAR, DA CIDADE DE MANAUS DA 'BELLE ÉPOQUE" E CONTEMPORÂNEA, BEM COMO, DAS PESSOAS QUE AQUI VIVEM OU VIVERAM, TRABALHANDO EM PROL DO NOSSO DESENVOLVIMENTO CULTURAL, SOCIAL E ECONÔMICO. E-MAIL: [email protected])

 

 

 

http://jmartinsrocha.blogspot.com/2010/09/mario-ypiranga-monteiro-grande.html)