[Flávio Bittencourt]

William M. Ramsay (1851-1939), arqueólogo escocês especialista no Novo Testamento

Ele foi o primeiro professor de arqueologia clássica na Universidade Oxford e o pioneiro do estudo de arqueologia do atual oeste da Turquia.

 

 

 

 

  

 

 

 Ficheiro:Scotland Glasgow Garden Festival.jpg

(http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Cultura_da_Esc%C3%B3cia)

 

 

 

 

"Encontro de liturgia na Comunidade Atos dos Apóstolos

 
     
   
     
 

[ILUSTRAÇÃO E NOTA INFORMATIVA SOB

RESPONSABILIDADE DA PARÓQUIA SÃO GERALDO]

Data: 18/01/2011

No dia 15 de janeiro de 2011 aconteceu o encontro de liturgia na Comunidade Atos dos Apóstolos onde membros da nova coordenação de liturgia traçaram metas da pastoral tendo como objetivo animar e coordenar a vida litúrgica da comunidade. Além dos novos coordenadores e membros das demais pastorais contamos com a presença de Priscila Nepomuceno que nos apresentou documentos da 5ª conferencia de Aparecida e Sebastião (Tião) que nos ajudou na plenária e há traçar metas para o melhor desempenho da comunidade!

Tânia - Pascom"

(http://www.paroquiasaogeraldo.com.br/conteudo/noticia_ler.asp?XCod_recebe=582)

 

 

 

 

(http://redejovemibcj.blogspot.com/2011/02/atos-dos-apostolos-o-inicio-da-igreja.html)

 

 

 

 

"SÃO LUCAS

Data liturgia: 
Seg, 18/10/2010
Dias Santos: 

 

SÃO LUCAS, EVANGELISTA


São Lucas Evangelista

2ª Leitura: 

 

2ª Timóteo 4:5-13

Evangelho: 

 

Lucas 4:14-21

Recursos Litúrgicos: 

 


  1. Hinos e Cânticos:
     
  2. Coleta do Dia LOC página 144
     
  3. Prefácio de Todos os Santos LOC página 102".

(http://www.trindade.org/drupal/node/396)

 

 

 

 

 

Filme Atos dos Apóstolos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

(http://mundogospelsss.blogspot.com/2008_07_17_archive.html)

 

 

 

"(...) Baseado na filosofia de Hegel (tese, antítese e síntese), [Ferdinand Christian Baur, teólogo da Universidade de Tübingen no século 18] desenvolveu toda uma estrutura dos primórdios do cristianismo. Para Baur, Pedro representava a ala judaica do cristianismo (tese), Paulo, a gentílica (antítese), Atos, a igreja unida (síntese), algo que só foi possível no II século. Toda essa estrutura do seu pensamento estava fundamentada na Redaktiongeschichte (a história da redação), um movimento de pensamento alemão que afirmava que o livro de Atos e também os evangelhos foram escritos mais de uma perspectiva teológica do que histórica. (...)".

(http://arqueologiabiblica.blogspot.com/2007/04/sir-william-ramsay-o-ctico-ideal.html,

sendo que o grifo é nosso [COLUNA "RECONTANDO..."])

 

  

 

"(...) A obra de Lucas [SÃO LUCAS] é extremamente precisa quando se refere aos costumes, lugares e personagens do I século d.C. Ramsay, ao longo de seus trabalhos, considerou o livro de Atos [DA BÍBLIA SAGRADA] como autoridade em assuntos como topografia, antiguidades e sociedade da Ásia Menor e como sendo um aliado útil em escavações obscuras e difíceis. (...)".

(http://arqueologiabiblica.blogspot.com/2007/04/sir-william-ramsay-o-ctico-ideal.html,

 

 

 

Pentecostes e a comunidade primitiva

Com o relato do acontecimento de Pentecostes, o autor dos Atos dos Apóstolos mostra que o Espírito dinamiza a missão da comunidade e esta traduz para a história aquilo que “viu” e “ouviu”. É a consciência missionária da fé. Aquilo que todos “vêem” e “ouvem” é a realização da promessa do Espírito Santo, doado por Cristo Ressuscitado (At 2, 33). (...)"

(http://blog.cancaonova.com/sentinela/2009/05/)

 

 

 

 

 

 

                         PENHORADAMENTE AGRADECE-SE AO PROF. LUIZ GUSTAVO ASSIS,

                         QUE TROUXE CLAREZA, EM PESQUISA DE ELEVADA COMPLEXIDADE,

                         A UM ASSUNTO QUE FOI MUITAS VEZES EVITADO TANTO POR

                         (1) PRECONCEITOS IDEOLÓGICOS, QUANTO POR - essa é que é a verdade -

                         (2) DIFICULDADES DE ENTENDIMENTO DOS MEANDROS DOS

                         PROBLEMAS QUE SURGEM QUANDO SE DISCUTE UMA ÁREA

                         DO CONHECIMENTO MODERNO COMO ARQUEOLOGIA DO

                         NOVO TESTAMENTO: faz bem ao nosso sistema psíquico quando

                         confessamos algo como 'é difícil enfrentar uma seara científica

                         de grau elevado de complexidade prático-teórica', lá onde

                         erudição (conhecimentos históricos, geográficos, antropossociológicos 

                         e literários) e conhecimentos específicos

                         (no caso, também teológicos) são severamente requisitados

 

 

 

 

14.4.2001 - O texto a seguir apresentado foi elaborado pelo Prof. Luiz Gustavo Assis, que, quando o redigiu, era aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho - A importância de W. M. Ramsay na história do pensamento arqueológico é enorme, não apenas em razão dos dados e conclusões que apresentou, mas, também, por razões científico-metodológicas. (Ele tratou de assuntos até então tratados apenas sob o viés da Teologia, sendo que Ramsay, ex-ateu, tornou-se um ser religioso POR TER ESTUDADO A FUNDO ELEMENTOS QUE SÃO CONSIDERADOS "concretos", O QUE FAZ DE SUA TRAJETÓRIA DE PESQUISADOR UM ENIGMA DA EPISTEMOLOGIA OCIDENTAL [final do século XIX e quatro primeiras décadas do século passado.]  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

"Sexta-feira, Abril 20, 2007 

Sir William Ramsay: o ex-cético

 
Lucas existiu e escreveu o livro de Atos com precisão histórica e geográfica. A primeira sentença pode ser verdadeira, mas a segunda está longe de ser realidade. Isso se deve ao fato de que esse livro foi escrito no II século d.C., ou seja, bem distante dos eventos do cristianismo do século anterior que ele pretendia narrar.

O principal nome desta visão foi Ferdinand Christian Baur, teólogo da Universidade de Tübingen no século 18. Baseado na filosofia de Hegel (tese, antítese e síntese), ele desenvolveu toda uma estrutura dos primórdios do cristianismo. Para Baur, Pedro representava a ala judaica do cristianismo (tese), Paulo, a gentílica (antítese), Atos, a igreja unida (síntese), algo que só foi possível no II século. Toda essa estrutura do seu pensamento estava fundamentada na Redaktiongeschichte (a história da redação), um movimento de pensamento alemão que afirmava que o livro de Atos e também os evangelhos foram escritos mais de uma perspectiva teológica do que histórica.

Foi nesse contexto que surgiu a figura de Sir William Ramsay, um adepto de tais idéias que viajou para a Ásia Menor, as terras das viagens missionárias de Paulo, com a intenção de provar os pressupostos de Baur e da Redaktiongeschichte. Porém, todas as suas pesquisas arqueológicas mostraram o contrário. A obra de Lucas é extremamente precisa quando se refere aos costumes, lugares e personagens do I século d.C. Ramsay, ao longo de seus trabalhos, considerou o livro de Atos como autoridade em assuntos como topografia, antiguidades e sociedade da Ásia Menor e como sendo um aliado útil em escavações obscuras e difíceis.[1]

Uma de suas contribuições para a historicidade do livro foram seus estudos sobre a grande fome nos dias do imperador Cláudio (At 11:27-30). O pano de fundo do texto bíblico segundo alguns não é histórico, é improvável e nem corroborado por outras evidências.[2] Ramsay encontrou diversas fontes sugestivas em conformidade com a passagem de Atos. Diversos historiadores mencionam algo sobre a escassez de alimentos nesse período de Roma. Suetônio, historiador romano do II século, menciona uma assiduae sterelitates (fome intensa) durante o império de Cláudio (41-54 d.C.). Tácito menciona duas fomes na capital do Império e Eusébio de Cesárea fala de uma fome na Grécia e provavelmente na Ásia Menor.[3] Todas essas informações nos levam a crer que o reinado de Cláudio foi marcado por más colheitas que ocasionaram ausência de alimento em diversas partes do Império. Curiosamente, Atos 12, o capítulo seguinte, contém fatos que acontecerem em 44 d.C. (a perseguição e morte de Herodes Agripa I), ou seja, durante o período referido acima.

Hoje temos um fato bastante irônico. Eruditos do Novo Testamento negam a historicidade de Atos 4 e historiadores da antiguidade consideram as narrativas desse livro como historicamente exatas. B. H. Warmington, professor de História Antiga na Universidade de Bristol, afirmou que “quando se refere a aspectos da lei e o governo romano, os historiadores têm considerado como fontes confiáveis”. Para A. N. Sherwin-White, um dos maiores eruditos em historia romana, “a confirmação da historicidade de Atos é abundante e qualquer tentativa de nega-la é absurda”.[5]

O escritor com maior número de livros no Novo Testamento é sem dúvida alguma Paulo. Lucas, ao contrario, escreveu apenas dois livros, o evangelho que leva o seu nome e os Acta Apostolorum (Atos dos Apóstolos), mas somente estes dois ocupam mais de 30% do segundo cânon. Na realidade, algumas evidências nos levam a crer que o Evangelho e Atos são na realidade uma única obra, dividida em dois volumes.

O que motivou Lucas a escrever sua obra? Logo no prólogo do seu evangelho, ele a justifica (1:1-4). Ele diz que sua “acurada investigação” (v. 3) era destinada para Teófilo. O autor o chama de “excelentíssimo” (kratiste em grego) e ele devia ser alguém muito importante, já que esse termo é usado outras duas vezes, para Félix (23:26) e Festo, e ambos possuíam cargos extremamente importantes na política da época. Não só isso, mas o texto da obra se assemelha muito a dossiês jurídicos do I século. Provavelmente Teófilo tenha sido um advogado que estaria defendendo o apóstolo Paulo perante o júri romano.

Em favor dessa opinião, temos três detalhes importantes: 1) Em Lucas 1:3 ele usa a palavra grega akribos, minucioso em detalhes, tinha de ser algo preciso; 2) a partir de Atos 13 o foco é quase totalmente voltado para Paulo; e 3) o segundo volume da obra termina com Paulo na prisão.

Se Lucas tinha interesse em ser preciso em todos os detalhes históricos e geográficos de sua obra, por que ele não seria também com os assuntos religiosos? Se sua mensagem histórica é digna de crédito, é de se esperar o mesmo sobre as boas-novas da salvação em Cristo Jesus. Quando os "Williams Ramsays" dos tempos modernos, os céticos descrentes da Bíblia, olharem para Ela sem pressupostos negativos, quem sabe chegarão à mesma conclusão que aquele chegou.

Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho.

Referências:

1. Ramsay, William M. St. Paul: the Traveller and the Roman Citizen. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1962. p. 8.
2. Ramsay, p. 48. Ele está citando um autor chamado Schürer, que não acreditava no relato bíblico.
3. Thompson, J. A. The Bible and Archaeology. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1972. p. 382
4. Bornkamm, Günter. Paulo: Vida e Obra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992. p. 16.
5. Yamauchi, Edwin. Las Excavaciones y las Escrituras. Casa Bautista de Publicaciones. 1977. p. 104, 105".
 
(http://arqueologiabiblica.blogspot.com/2007/04/sir-william-ramsay-o-ctico-ideal.html