VIVER DE INTERNET

Para alguns, toda a vida escrita está na Internet e dela depende. E a ela pertence. Viver de Internet. É nela que se expressam, por ela vivem. Compreendem. Compreendo-me nisso. No blog, no Entre-textos e em Blocos me localizo, vivo. Se acabassem com a web eu teria de, para não morrer, voltar a escrever no mimeógrafo. Plínio Marcos vendia seus livros de mesa em mesa, no bar. Morrer como escritor é morrer para o público. Qualquer número. Temos nós escritores temos de ter público. Qualquer número. O escritor hoje não dispõe dos jornais, e poucos têm as grandes editoras. Mas a web é o maior dos palcos entrelaçados de difusão cultural. Dos textos. A web é a grande casa da Pós-modernidade da literatura. Faz o escritor ser, agir, viver, produzir. Viver para o escritor é produzir. Ser escritor é não poder passar sem o texto. O dia que eu parar de escrever já estou morto.