Viva Barras do Marataoã! Tributo à Cidade Natal 2022!

DA REDAÇÃO

 

Pelo 3º ano consecutivo, um dos principais municípios do Piauí ganha um conjunto de conferências o qual exalta grandeza da história, costumes, espaços e sobretudo sua gente. Já circula o Tributo à Cidade Natal 2022, uma vasta programação em homenagem aos 181 anos de Barras do Marataoã, Terra Natal do editor de Entretextos, o escritor Dilson Lages Monteiro.

O canal de memórias Tributo à Cidade Natal no You Tube oferece uma programação inesquecível aos internautas ao longo de todo o mês de setembro. São 25 palestras online com nomes representativos do pensamento cultural do Piauí. Um passeio telúrico pela histórica cidade, que exerceu grande força no Piauí até meados do século XX.

Mais de uma dezena de palestras já estão hospedadas no canal. Integram a programação as seguintes conferências:

Maria Nazaré de Carvalho Pires (1922-2022) – uma educadora na vida de Parnaíba, por Diego Mendes Sousa

Antônio Carvalho de Almeida – anotações sobre um pioneiro na colonização de Barras do Marataoã, por Gilberto Sodré Carvalho;

Gervásio Raulino Costa em Barras do Marataoã – caminhos, comércio e poder, por Nelson Nery Costa (APL);

Barras do Marataoã no Recenseamento de 1872 , por Felipe Mendes de Oliveira(APL);

O menino de Barras do Marataoã e suas memórias em O morro da casa-grande, de Dílson Lages, por Silvana Pantoja;

Wilson Carvalho Gonçalves – vida e obra, por Ramon Vieira de Carvalho;

A natureza de Barras do Marataoã na poesia de João Pinheiro, por Dílson Lages Monteiro (APL);

José Carvalho de Almeida: comandante superior da Vila de Barras do Marataoã, por Reginaldo Miranda (APL);

Colonizadores do Norte do Piauí e da Barra do Parnaíba, por Edgardo Pires Ferreira;

Barras do Marataoã e os Bispos, por Fonseca Neto (APL);

Hermínio Castello Branco – vida e obra, por Elmar Carvalho (APL);

As amplificadoras de Barras do Marataoã e as vozes de um tempo, por Edmilson Cunha;

José Rebello do Rêgo na vida de Miguel Alves, por Frederico Rebello Torres;

Barras do Marataoã nas memórias de Leônidas de Castro Mello, por Dílson Lages Monteiro (APL);

Francy Monte Canta Barras do Marataoã;

Bafute – histórias contadas de Antenor Rego Filho, por Dílson Lages Monteiro (APL);

Barras na vida de Miguel Alves: famílias e fazendas, por Torquato Torres;

Rádio Difusora de Barras – uma marca na vida comunitária, por Manoel Monte de Carvalho Filho;

A cultura da roça em Theodoro Castello Branco, por Carlos Evandro Martins Eulálio (APL);

José Carvalho de Almeida e Silvestre Tito Castello Branco na Câmara de Campo Maior, por Celso Chaves;

Barras do Marataoã na obra de Herculano Moraes, por Dílson Lages Monteiro (APL);

A poesia popular de Hermínio Castello Branco, por Joames Mendes;

A Mística do Parentesco de Edgardo Pires Ferreira: Tour Virtual pela Barras do Marataoã de todos os tempos;

29° Círculo Literário Virtual Entretextos: O Marataoã em Crônica, Memória e Canção;

Lançamento online de Rua Grande de Barras do Marataoã, obra coletiva com organização de Dílson Lages Monteiro.

 Programação completa de Tributo à Cidade Natal 2022

HOMENAGEM ESPECIAL – uma das palestras de abertura do evento é uma homenagem à professora barrense Maria Nazaré de Carvalho Pires, figura icônica da vida educacional de Parnaíba, onde escreveu um livro didático pioneiro na década de 1980, com colaboração de Maria da Penha Fontes, Estudos Sociais do Piauí, publicado à época pelo projeto Petrônio Portella. Coube ao poeta e memorialista Diego Mendes Sousa, nome de relevo da literatura piauiense contemporânea, fazer passeio emocionante pela bonita história de persistência, compromisso e superação da professora Nazaré Pires, filha de Adalgisa de Carvalho e Silva e do coronel Nelson Pires Alves.

LANÇAMENTO ONLINE – Uma das ruas mais queridas de Barras do Marataoã, a antiga Rua Grande, hoje Taumaturgo de Azevedo, que um dia se chamou Getúlio Vargas, também recebe homenagem especial com a edição em livro de conjunto de crônicas, canções e perfil biográfico, organizado pelo  Portal e Editora Entretextos.

Escrevem Chagas Botelho, Carlos Castelo Branco, Diego Mendes Sousa, Dílson Lages Monteiro, Elmar Carvalho, Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa, Francisco Carlos Araújo, Francy Monte, Gisleno Feitosa, Manoel Monte de Carvalho Filho, Ramon Vieira de Carvalho, Rogel Samuel, Zemaria Pinto.

Em 84 páginas, repletas de profundo sentimento telúrico e de diálogos com memórias e representações sobre Barras do Marataoã, os leitores hão de se descobrir como parte de um lugar que é o lugar da memória, fonte inesgotável de agradáveis sensações e recordações sem prazo de validade. A obra pode ser comprada via pix pela chave [email protected] e endereço de postagem encaminhado para o mesmo e-mail.

CÍRCULO LITERÁRIO – Um dos pontos esperados de Tributo à Cidade Natal 2022 é a realização da 29ª. edição do Círculo Literário Entretextos, projeto de letramento literário online bem-sucedido, que abre espaço em sua programação de autores regionais para homenagear Barras com a participação de autores barrenses e não barrenses exaltando em crônicas, memórias e canções as belezas e recordações de um rio que mora na alma e no afeto dos piauienses. A edição do Círculo em homenagem ao Marataoã ocorre dia 22 de setembro, às 20h, com transmissão ao vivo pelo Facebook.

Para acompanhar toda a programação gratuitamente, acesse Tributo à Cidade Natal no You Tube e, se gostar, ajude a espalhar a semente desse projeto de arquivos de memória  para conterrâneos e não conterrâneos, dando a conhecer o significado de uma terra entranhada no coração do Piauí.

SOBRE BARRAS DO MARATAOÃ: Escreve o escritor Dílson Lages em seu livro inédito Memória Didática de Barras do Marataoã:

“ (...) A História de Barras do Marataoã se inicia em meados do século XVIII, com o estabelecimento do bandeirante  Miguel Carvalho de Aguiar, que não deixou descendência legalmente constituída e ofertou terras que compreendem à origem da cidade para a padroeira de Barras. A posse dessa área passaria a Manuel da Cunha Carvalho, consorciado com  Isabel Castello Branco e, posteriormente, a seu sobrinho Manuel José da Cunha, que também não deixou descendência. Este, além do patrimônio à Santa Padroeira, legaria ao sobrinho Francisco Borges Leal Castello Branco a administração dos bens e parte do patrimônio, sucedendo a ele, por herança, a filha Francisca  Castello Branco e o esposo, o lendário José Carvalho de Almeida, construtor da antiga matriz de Barras do Marataoã. A esse tempo, já no século XVIII, havia na região da antiga Barras várias fazendas (Pires de Carvalho, 2007: 97), constituídas de famílias oriundas, sobretudo, do Brejo-MA, de Oeiras, Parnaíba e da região da Ibiapaba. Assim, consorciavam-se vários agrupamentos familiares, tendo como tronco comum as famílias Carvalho de Almeida e Castello Branco (...)”

De lá até cá, Barras do Marataoã acumulou um vasto arquivo de conquistas centradas na abundância de recursos naturais e, principalmente, nos diversos postos de poder alcançados por filhos seus espalhados nos quatro cantos do Brasil. Uma história que a cidade não cansa de festejar como estímulo a novas gerações e à esperança de que construir, no próprio chão de nascimento, um futuro melhor, com trabalho, persistência e fé, é um desafio para as gerações de todos os tempos.