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[Flávio Bittencourt]

Vestes sacerdotais: artigo antigo

O Papa ainda não era ex-papa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PAPA COM ESPLÊNDIDO CHAPÉU

DE COR VERMELHA:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.salvemaliturgia.com/2012/07/habitos-talares-do-clero-secular.html)

 

 

 

 

 

 

"(...) Batinas Tropicais

Por concessão da Sé Apostólica, é permitido aos clérigos de rito romano que exercem seus ministérios em terras tropicais o uso de batinas que substituam o preto por outra cor clara, geralmente o branco, mantendo entretanto a cor dos debruns e demais ornamentos da batina.

(...)

Bibliografia:

 

 

 

 

 

 

"debrum
de.brum
sm (dobra+um3) 1 Fita ou tira que se cose dobrada sobre a orla de um tecido ou peça de vestuário, para lhe assegurar a trama ou a guarnecer. 2 Tira que, dobrada sobre si mesma, guarnece qualquer coisa pela borda. 3 Heráld A cotica, a vergueta, o filete ou o perfil de diferente esmalte que, no escudo, rodeia algumas das suas peças. sm pl Vet Pregas anulares, separadas por sulcos mais ou menos profundos, que aparecem na muralha do casco do cavalo."

(http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=debrum)

 

 

 

 

 

 

"NOS ARTIGOS JORNALÍSTICOS, ESTUDOS RECENTES E ANTIGOS [todavia posteriores, digamos, ao descobrimento (ou invasão) da América pelos europeus] E TRATADOS SOBRE VESTES TALARES A SEREM USADAS POR AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS, NÃO CONSTA A BATINA DE EX-PAPA; TENHO UMA SUGESTÃO: VESTE DE CARDEAL EM SOLENIDADES OFICIAIS PARA O EX-PAPA NÃO COMPETIR COM O PAPA PROPRIAMENTE DITO E ROUPA ESPORTIVA COMUM (USANDO CALÇA COMPRIDA, SOCIAL, COM SAPATO DE COURO PRETO) PARA AMBIENTES INFORMAIS, COMO CAMINHADAS PELO PARQUE [PORQUE O TÊNIS DE MARCA QUE IRÍAMOS SUGERIR, EU ACHO QUE NÃO PASSARIA PELO CRIVO SEVERO DOS CARDEAIS, UMA VEZ QUE ELES SÃO, EM SUA MAIORIA, CONSERVADORES"

(C R...)

 

 

 

 

14.2.2013 - O Papa ainda não era ex-papa - Vestes sacerdotais (artigo jornalístico de março de 2009).  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

"Notícias » Notícias

Clergyman e batina: alfaiatarias eclesiásticas confirmam a volta do "estilo clássico"

 

Bento XVI inaugura o ano sacerdotal no signo da tradição, também no vestuário. O imperativo é: os párocos devem ser rapidamente reconhecíveis e vestir o seu "uniforme". A forma se torna substância, começando pelo correto desenvolvimento da liturgia.

A reportagem é de Marco Politi, publicada no jornal La Repubblica, 17-03-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O hábito faz o monge, e como! Do dia 19 de junho próximo durante os 12 meses seguintes, Bento XVI proclamou o "ano sacerdotal" para instigar as várias instituições da Igreja a cuidar da "perfeição espiritual" dos párocos e padres.

São três os objetivos indicados pelo pontífice: a formação com base nos ensinamentos do Concílio no âmbito da tradição secular da Igreja e um claro reconhecimento na moral e no aspecto. Enfim, à parte as qualidades intelectuais e espirituais, o sacerdote deverá também cuidar da própria visibilidade de modo que, no fluir caótico da vida cotidiana, saiba-se identificar rapidamente o representante de Deus. Nas gerações jovens, destaca o Papa, é urgente recuperar aquela "consciência que impulsiona os sacerdotes a serem presentes, identificáveis e reconhecíveis tanto pelo juízo de fé, quanto pelas virtudes pessoais, como também pelo hábito".

Em outras palavras, nada de relaxamento no vestir, nada de mimetismo com o vestuário casual de qualquer outro cidadão, nada de abandono daqueles que são os uniformes do padre: a batina e o clergyman.

"Com o novo Papa – explicam na alfaiataria eclesiástica Bardiconi no centro histórico de Roma – já se havia notado um certo retorno ao clássico e uma queda do vestuário casual". Certamente, as novas indicações papais farão com que as autoridades eclesiásticas controlem mais o exército dos sacerdotes.

Especialmente no que se refere às jovens levas de padres, "muito depende dos reitores dos seminários". Quanto a isso, o titular da empresa Mastranzo [alfaiataria eclesiástica], de Nápoles, não tem dúvida: é importante inculcar rapidamente o cuidado com o vestir. "Cerca de 30% se vestem como cafonas – relata – e não presta atenção nem ao menos nas cores das roupas". Cerca de 40% dos sacerdotes, pelo contrário, usam corretamente o clergyman, e cerca de um terço veste a batina. Há sinais de novidade? "A tendência em favor da túnica está em crescimento", respondem na Mastranzo.

É difícil avaliar as finanças das alfaiatarias eclesiásticas. Clergyman e batina não são compras sujeitas à moda. Mas geralmente – dizem na Bardiconi, em Roma – há mais vendas de túnicas na Páscoa e no Natal, por causa das grandes festividades. Em compensação, a batina é uma das compras – como o hábito importante – que depois duram ao longo dos anos. "Até mesmo 20 anos", asseguram os vendedores.

Nas universidades pontifícias, existem preferências de acordo com as ordens ou as instituições que as dirigem. O clergyman é muito usado entre os jesuítas da Gregoriana ou entre os professores da Lateranense, o ateneu papal, enquanto que a Opus Dei e os Legionários de Cristo preferem muito mais a túnica clássica.

Em todo o caso, na visão do papa Ratzinger, a forma "é" substância. Por isso, ele insiste no correto desenvolvimento da liturgia, por isso restaurou a comunhão de joelhos nas missas papais e agora exige de todo padre uma vestimenta imediatamente reconhecível.

Porém, se o Ano Sacerdotal, que se concluirá em 2010, deverá gerar frutos, o Vaticano deverá, porém, enfrentar o problema crucial da escassez de padres. Os pequenos aumentos de vocações não compensam o crescimento das populações de fiéis e o aumento dramático de idade média do clero. Há comunidades católicas no Terceiro Mundo que celebram a missa com o sacerdote só uma vez a cada mês, ou até uma vez a cada três meses. E no Norte da Europa, crescem as paróquias confiadas a lideranças pastorais leigas. Isto é, a simples leigos ou a irmãs que fazem as vezes de "coordenadoras pastorais".

O hábito impecável pode fazer o monge, mas não assegura o "turn-over". Antes ou depois, será necessário voltar a falar de clero casado ou de sacerdócio feminino."

(http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-arquivadas/20662-clergyman-e-batina-alfaiatarias-eclesiasticas-confirmam-a-volta-do-%60estilo-classico%60)

 

 

 

domingo, 15 de julho de 2012

Hábitos Talares do clero secular

Embora as vestes "de rua" dos clérigos não sejam vestes litúrgicas, publicamos esta postagem para tornar mais conhecida a expressão visual da hierarquia eclesiástica e dos ministérios da Igreja no hábito dos clérigos diocesanos.

Padres e Diáconos

O hábito talar dos clérigos seculares de rito romano é a batina. Ela que possui uma gola conhecida como colarinho romano ou clerical que consta de uma pequena abertura no tecido negro que deixa aparecer um pequeno quadrilátero branco ao centro. Segundo piedoso costume, a batina possui 5 botões em cada punho, lembrando as chagas de Cristo, com os 23 botões da frente, os botões da batina somam 33, idade em que Nosso Senhor teria sofrido Sua Gloriosa Paixão. Os botões da parte superior da manga foram abolidos.

Embora não seja obrigatório, a batina dos padres pode ter ainda uma peregrineta negra junto da batina.
Completa a batina, ainda, a faixa. Antigamente, a batina dos clérigos possuia flocos na ponta, como se vê na figura abaixo.

Na atualidade, as faixas perderam os flocos, as pontas da faixa possuem agora franjas.

 
 
Os padres usam também meias e sapatos pretos. Se se usa solidéu, deve ser preto.

Monsenhores Capelães
Os Capelães de Sua Santidade, mais comum dos títulos de Monsenhor concedido pela Santa Sé, dá ao titular o direito do uso da batina negra com debruns, botões, abotoaduras e forro violeta. Também podem usar faixa violeta.

Usam meias violetas ou pretas e sapatos pretos. Se se usa solidéu, este deve ser inteiramente preto.

Monsenhores Prelados de Honra e Protonotários
A esses graus superiores de monsenhorato se permite o uso de batina com debruns, botões, abotoaduras e forro vermelho. Porém a faixa permanece voleta, com frajas da mesma cor.


 
Assim como a outra classe de monsenhor, usam meias violetas e sapatos pretos. Porém não admite o uso de solidéu inteiramente violeta. Se se faz uso o solidéu pode ser preto com frisos na cor violeta.
Monsenhores desses graus são expressamente proibidos de usar peregrineta, provavelmente para evitar confusão com as batinas dos Bispos.

Arcebispos e Bispos
Aos arcebispos, bispos, prelados e demais prelados da ordem episcopal, o traje quotidiano compõe-se de batina com debruns, botões, abotoaduras e forro vermelhos. Diferenemtente do que alguns possam supor, não são apenas os cardeais que usam tais detalhes em vermelho. A batina possui peregineta negra com debruns vermelhos. Também faz parte das vestimentas dos bispos o solidéu, este sim, violeta e faixa violeta com frajas da mesma cor.


Os bispos usam ainda, sempre o anel episcopal no dedo anelar da mão direita e a cruz peitoral, que pode ser presa no terceiro botão da batina, sempre com a imagem do crucificado. Meias e sapatos como os monsenhores.

Cardeais
Ao colégio de eleitores do Santo Padre, é concedido o privilégio do uso do vermelho. Assim, o traje diário dos cardeais consta da batina preta com debruns, botões, caseados e forro vermelho. Distintamente dos demais Bispos, também faixa vermelha com franjas da mesma cor. Os cardeais calçam meias vermelhas ou pretas e sapatos pretos. Também usam o anel cardinalício na mão direita e cruz peitoral. Solidéu vermelho.

Papa

O Santo Padre usa habitualmente a veste talar inteiramente branca; como parte integrante vai a peregrineta da mesma cor. Faixa branca, com o brasão bordado nas duas pontas. É importante ressaltar que somente ao papa é dado usar o brasão junto da franja da batina, outros bispos são podem fazer tal uso. Como todas as batinas pós-conciliares, a faixa do papa não possui flocos, mas franjas simples. E, apesar de todas terem perdido também o dourado nas pontas, na batina do Sumo Pontífice mantem-se as franjas douradas. Solidéu branco.

 
 

 
O papa calça meias brancas e sapatos vermelhos: os famosos múleos. Na atualidade, os múleos são sapatos de couro avermelhado simples sem marcar no couro ou fivelas.

 
 

 
O papa porta, ainda, sempre o anel de pescador do dedo anelar da mão direita e a cruz peitoral, presa no terceiro botão da batina.

 


Outras vestes
Alguns outros acessórios podem fazer parte da veste dos clérigos fora da liturgia. Entre eles temos a greca, que é uma espécie de capa com duas fileiras de botões à frente. É branca para o Sumo Pontífice.

Negra para todos os demais.




 
Outra peça que pode ser sobreposta à veste talar pontifícia é o tabarro ou mantel. Trata-se de uma capa, , que se põe diretamente sobre a batina ou ainda, combinada com a greca. O mantel pode possuir uma peregrineta. Na atualidade, é vermelho para o Santo Padre e preto para todos os demais. O mantel não pode possuir detalhes dourados, à excessão do pontifício.







Quando o tabarro possuia cores diferentes para os clérigos, era comum usá-lo sobre as vestes corais, mormente nas procissões, com ele sempre negro, isso caiu em desuso.


Uma última veste clerical a ser usada fora das celebrações litúrgicas sobre a batina é o ferraiuolo. Diferentemente das demais, esta veste tem caráter de solenidade. É usada em ocasiões, como formaturas, seção solene em casas legislativas e cerimônicas de Estado. Outrora era obrigatória aos clérigos nas audiências com o Santo Padre. O ferraiuolo não possui peregrineta.
Não faz parte das vestes do Santo Padre, é vermlho para os cardiais, violeta para Arcebispos, Bispos, Monsenhores Protonotários. Preto para os Monsenhores Prelados de Honra, Capelães e demais presbíteros e diáconos.

 
 






 
 
 
 
 
 


Chapéus

Pode ser usado ainda junto das vestes ordinárias o barrete, exceto os cardeais que são proibidos de fazer uso do barrete cardinalício sem as vestes corais ou paramentos. Também se pode usar o capelo, que consta de um chapéu eclesiástico preto para todos os clérigos e vermelho para o Sumo Pontífice. O capelo pode ter, ainda, borlas relativas à posição hieraquica do clérigo: preto para padres, violeta para monsenhores, verde para Bispos e vermelho para os Cardeais.

 

 






Batinas Tropicais
Por concessão da Sé Apostólica, é permitido aos clérigos de rito romano que exercem seus ministérios em terras tropicais o uso de batinas que substituam o preto por outra cor clara, geralmente o branco, mantendo entretanto a cor dos debruns e demais ornamentos da batina.


 



Bibliografia: