0

 

[Flávio Bittencourt]

Um: Rui Barbosa e o ladrão; dois: cajados bíblicos e cabos de bengala artisticamente trabalhados

(1) é uma anedota muito conhecida e (2) refere-se a diversas fotografias e gravuras, como as representações dos sábios Noé e Moisés.

 

 

 

 

 

 

 

 

 
RUI BARBOSA:
 

 

 

 

 

 

 

(http://molckriso.blogspot.com.br/2011/07/o-vernaculo-de-rui-barbosa.html)

 

 

 
 
 

(http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/11/30/do-seculo-18-aos-nossos-dias-semana-das-bengalas-477036.asp)

 

 

 

 

 

(http://dicasdatiamaira.blogspot.com.br/2012/05/arca-de-noe.html)

 

 

 

 

 

 

(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-243085970-bengala-com-espada-faca-defesa-cabo-cachorro-co-bronze-_JM)

 

 

 

 

 

 

(http://diasquevoam.blogspot.com.br/2007_10_14_diasquevoam_archive.html)

 

 

 

 

9.1.2013 -

 

 

(1) Anedota:

Diz a lenda que Rui Barbosa ao chegar em casa, ouviu um barulho vindo do quintal. Lá, encontrou um homem tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se e lhe disse:

"Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação para levar meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se isso fazes por necessidade, transijo; mas, se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à enésima parte do que o vulgo denomina nada".


E o ladrão, perplexo:
"Tá bom, dotô, mas então me exprica: eu levo os pato ou deixo os pato?".

 

 

 

(2) Cajados bíblicos e cabos de bengala artisticamente trabalhados:

 

"O CAJADO DE MOISÉS


A travessia do Mar Vermelho

Vários anos haviam se passado desde o dia em que Bátia, a filha do Faraó, salvara do rio Nilo o pequeno Moisés. A criança tornara-se um belo rapaz, culto, um príncipe do Egito amado pelo próprio Faraó. Apesar do luxo e conforto no qual vivia, o jovem nunca esqueceu seu povo.


Edição 28 - Abril de 2000
 
Um certo dia, Moisés passeava pelas propriedades do Faraó e, de repente,
ouviu um grito. Ao erguer a cabeça, viu um soldado egípcio agredindo com violência alguns escravos judeus. Moisés não pode suportar tal injustiça; jogou-se em cima do soldado para protegê-lo e, na fúria do momento, matou-o. O que fazer naquela situação?

Não podia voltar ao palácio. Seria condenado à morte. Com certeza, não havia refúgio para ele em todo o Egito.

Moisés resolveu, então, fugir. Ultrapassou vales, escondeu-se nas profundezas das montanhas até encontrar abrigo em Midian, na casa do sacerdote Jethro, que havia sido um dos conselheiros pes-soais do Faraó.

Jethro era um grande sábio: interpretava os astros, havia aprendido segredos da natureza e conseguia penetrar nas mentes chegando aos mais secretos pensamentos. Dizia-se que até o que não era revelado aos mortais vinha a ele com clareza.

O Faraó, sabendo de seus dons, havia pedido que se tornasse, mesmo que por pouco tempo, seu conselheiro pessoal. Foi assim que Moisés o conheceu.
Jethro deixou a corte por não concordar com o decreto do Faraó de escravizar os judeus. Porém como o servira durante bastante tempo, este deu-lhe o direito de escolher a sua recompensa antes de voltar ao seu país.

- "Tenho um longo caminho pela frente", disse Jethro. Dê-me, então, aquele velho cajado, aquele que se encontra perdido e jogado dentro do palácio. Ele me permitirá caminhar com mais facilidade".

O pedido deixou o Faraó sem palavras, pois havia pensado que Jethro escolheria algo mais valioso: inimagináveis quantidades de ouro ou pedras preciosas, terras, palá-cios... Mas só pedira um cajado... Que então partisse com o seu pedido realizado. O Faraó resolveu atendê-lo imediatamente.

Porém, o cajado ao qual se referia Jethro, não era um simples pedaço de madeira. Jethro sabia muito bem disso e sabia mais: o tal cajado provinha de um lugar muito especial: o Jardim de Éden; mais precisamente, da Árvore do Conhecimento. D'us o criara no crepúsculo do primeiro Shabat do mundo.

Era feito em safira e tinha gravado nele o Nome Divino e as 10 letras hebraicas, as iniciais das dez pragas que no futuro iriam infestar o Egito.

Adão o havia recebido do Criador no Jardim do Éden. Quando morreu deu-o para Enoch. O cajado possuía uma virtude mágica: amenizava o cansaço e fazia o trabalho mais árduo parecer brincadeira de criança. Pertenceu a Noé, que o utilizou para medir a Arca na qual sobreviveu durante o dilúvio. Em seguida foi a vez do patriarca Abraão, que o herdou. Serviu também a seu filho Isaac e logo a seu descendente, Jacob. Este, ao ir para o Egito, levou o cajado consigo deixando-o como herança a seu amado filho José. Quando este último morreu, todas suas propriedades passaram a pertencer ao Faraó. O Faraó ordenou que lhe fosse trazido o cajado. Desconfiava que não fosse um simples pedaço de madeira. Mas, por mais que o Faraó tentasse dar-lhe ordens, nada acontecia. Decepcionado, mandou que o deixassem dentre os tesouros do palácio; lá ficou encostado por vários anos, até que Jethro o pediu como recompensa."

 

(http://www.morasha.com.br/conteudo/ed28/cajado.htm)

 

 

 

===

 

 

 "Lego Celebridades: Noé

 

lego celebs 15 Lego Celebridades: Noé

 

 
 
 

 

(http://www.putsgrilo.com/montagens/lego-celebridades-noe/

 

 

 

===

 

 

 

 

Desabafe

Neste espaço, jogue fora tudo que o incomoda. Sem pesar a mão, por favor.

Fale com o blog
Enviado por Ricardo Noblat -
30.11.2012
|
12h00m
Obra-Prima do Dia - Objetos de Arte

Do século 18 aos nossos dias (Semana das Bengalas)

Os dois bastões que pertenceram ao príncipe Boris Yusupov, neto de Nikolai e Tatiana Yusupov, casal do qual falamos ontem:

 

 

O menino
O bastão tem o corpo em jacarandá, com uma abertura para a alça que ajuda a carregá-lo. O cabo, em marfim esculpido, mostra o busto de um menino com capa e chapéu. Feito em 1840, em Antuérpia, Bélgica. Mede 98cm.

Goethe
De junco espanhol, com abertura para a alça. O cabo em marfim é uma miniatura do grande poeta alemão Johann Wolfgang Goethe. Um monumento ao poeta, do qual o cabo dessa bengala é uma miniatura, foi inaugurado em sua Frankfurt-sobre-o-Meno em 22 de outubro de 1844, na presença do príncipe Boris Yusupov. A viagem, a inauguração e a cópia exata do monumento constam dos documentos que o príncipe trouxe ao voltar para a Corte. Feito na Alemanha, em Mannheim, mede 97 cm.

 

Antes da bengala transformar-se em um item “fashion”, por volta de meados do séc. 18, o bastão era levado junto com a espada, sendo tão importante quanto esta.

Como já mencionei, a bengala aos poucos começou a ser usada como símbolo de cavalheirismo e elegância.

Não demorou muito e as mulheres passaram a também se valer desse objeto que além de dar graça ao andar, ajudava na travessia das ruas e a caminhar por calçadas não muito limpas, ainda mais quando chovia.

Um aspecto interessante, entretanto, é que a bengala podia (e pode!) ser arma muito útil na defesa. Talvez por esse motivo no início do século 18 os londrinos tinham que ter uma licença da polícia para levar consigo uma bengala e, se não cumprissem as regras da municipalidade, perdiam o privilégio.

Da mesma forma que a bengala substituiu a espada, o guarda-chuva, aos poucos, no século 20, tomou o lugar da bengala. Hoje, na grande maioria das vezes, ela só é usada por quem dela necessita. E como é útil!

Nunca fui ao Hermitage e creio que hoje em dia só se pudesse visitá-lo a bordo de uma lambretta ou de um scooter. Seu tamanho é ligeiramente assustador...

Mas fiquei feliz ao ler que os atuais bilionários russos ‘herdaram’ uma belíssima tradição dos milionários americanos a quem o mundo deve coleções como as do Metropolitan, do MoMa, da Frick Collection, do Guggenheim e tantos e tantos outros.

Mas volto ao tema.

Tornou-se tradição na Rússia presentear o Hermitage com peças interessantes no fim do ano. Em 30 de dezembro de 2010 o colecionador e patrono das artes Maxim Artsinovich ofereceu ao museu peças de artistas dedicados ao trabalho em pedras preciosas e semi-preciosas.

A arte de esculpir em pedras, que ficara famosa com o atelier de Carl Fabergé, estava morta há mais de cem anos e foi graças aos novos ricos do início do século 21 que ela renasceu.

É uma escola nova, com características próprias, criatividade e tendências inovadoras. Logo, um grupo de artistas, como é natural, sobressaiu. E o Hermitage exibe algumas dessas peças. A mim só me interessavam, hoje, as bengalas e imagino que vão encantar vocês como a mim me encantaram. Ei-las:

 

 

O Cogumelo
Bengala em ágata musgo, prata, metal banhado em ouro e madeira, criada por Evgeny Morozov, em 1994

 

 

O Palhaço
Um cômico sentado numa flor esculpida em quartzo acinzentado, ornamentada com diamantes, granadas, prata, metal banhado em ouro, esmalte vitrificado, madeira e bronze. Criação de Sergey Shimansky, 1995

 

 

 

(http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/11/30/do-seculo-18-aos-nossos-dias-semana-das-bengalas-477036.asp)

 

 

 

===

 

 

 

"09/08/2007

Relógios de bengala

 

Essa eu não conhecia e não podia deixar de postar! Estes são relógios super legaus que podiam ser acoplados nas bengalas ou que já vinham incorporados em alguns modelos. Esta primeira é uma bengala suíça, feita para o mercado da Índia, fabricada em 1900. A madeira é brasileira, usa ouro 18 quilates e o relógio fica escondido. Sendo possível ver as horas abaixando uma espécie de anel ao redor do cabo.Esta "ponteira" é da mesma época. Também suíça, em ouro, ornamentada com rubis e diamantes, possui uma espécie de obturador de câmera fotográfica que se abre para mostrar as horas. Foi vendida por cerca de U$ 30.000.Esta aqui impressiona, pois é de 1860, de provável fabricação alemã e possui um globo que se abre revelando um relógio de sol.Esta última, feita aproximadamente em 1815, possui formato de cabeça de cobra e o cabo em ouro que se abre. Lá dentro, além do relógio, um compartimento para guardar tabaco. "Apoiadamente legaus"!Link

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é absolutamente legal! adoro coisas antigas...estou desenvolvendo um trabalho universitario sobre bengalas....se alguem tiver uma idé[email protected]

João Calçada Correia disse...

Sou colecionador de bengalas em Portugal.Gostei bastante da qualidade destes exemplares de bengalas de sistema que apresentaram.

 (http://www.bemlegaus.com/2007/08/relgios-de-bengala.html)