The shadow on the Stone


      I went by the Druid stone
That broods in the garden white and lone,

      And I stopped and looked at  the shifting shadows
 

       That at some moments fall thereon
   From  the tree hard by with a rhythmic swing,
And they shaped in my imagining
  To the shade that a well-known head and shoulders
   Threw there when she was gardening.

        I   thought her behind my back,
   Yea, her I long had learned to lack,
    And I said: “I am sure you are standing behind me,
    Though how do you get into this old track”
     And there was no sound but the fall of a leaf
     As a sad response; and to keep down my grief
I would not turn my head to discover
     That there was nothing in my belief.

     Yet I wanted to look and see
  That nobody stood at the back of me;
But I thought once more: Nay, I’ll not unvision
    A shape which, somehow, there may be.”
    So I went on softly from the glade,
    And left her behind me throwing her shade,

 As she were indeed an apparition –
    My head unturned lest my dream should fade.

Obs. O tercerio verso ( 1ª estrofe)  e o penúltimo verso ( última estrofe) do poema  acima, por motivo técnico de postagem, ficou afastado, não respeitando  o rigor da disposição espácio-grafica não-linear do autor.           

           A sombra   na pedra 
         

          Fui até à pedra druida
    Que, branca e solitária, no jardim resiste,
Para as sombras mutáveis parei e olhei
    Que, por alguns instantes, ali surgem
     Da árvore vizinha num balanço rítmico,
     Alguma forma toma no meu devaneio
Igual à sombra que uma cabeça e ombros
Do jardim cuidando se projetam ali.

                  Atrás de mim, senti-a,

                Sim,  dela aprendi, com o tempo, a grande  ausência suportar

Assim, lhe falei: certeza tenho que atrás de mim estás,
Como, apesar de tudo, até aqui chegar consegues?”
Silêncio absoluto quebrado apenas por uma folha caindo
Como se fora uma triste resposta; e, para meu pesar amenizar,

Vontade não senti de me voltar pra atrás a fim de descobrir
Que não havia nada do que pensava.

        Entretanto, olhar queria e ver
    Que, por trás de mim ninguém estava;
Contudo, uma vez mais pensei: “Não, ver não quero
     Uma forma que, de algum modo, possa ali estar.”
     Assim, do atalho suavemente me afasto
      Deixando sua forma atrás de mim projetando-se,
Como se verdadeiramente um aparição fora –
      A cabeça firmei para que do sonho não despertasse.

Obs.:  O primeiro  verso da segunda estrofe, "Atrás de mim, senti-a", da mesma forma, ficou afastado, na postagem, do segundo verso da  mesma  estrofe: "Sim , dela  aprendi,  com o tempo, a grande ausência suportar".
 

                                                       ( Tradução de Cunha e Silva Filho)