Um poema de Mary E. Coleridge ( 1861-1907)

 

 

                  Street lanterns

 

 

Country roads are yellow and brown.

We mend the roads in London town.

 

Never a hansom dare come nigh,

In between the turning wheels.

 

Quickly ends the autumn day,

And the workman goes his way.

 

Leaving, midst  the traffic rude,

One small isle of solitude.

 

Lit, throughout the lengthy night,

By the little lanterns  light.

 

Jewels of the dark  have  we,

Brighter than the rustic’s  be.

 

Over the dull earth are thrown

Topaz, and the ruby stone.

 

        

         Lanternas de rua

 

Amarelas e brônzeas são as estradas do campo.

Na cidade de Londres as ruas  reformamos.

 

Um cabriolé nunca aproximar-se ousa,

Nem tampouco uma carroça ruidosa.

 

Um silêncio sem igual rápido

Se cala  por entre as rodas em movimento.

 

Num átimo, um dia outonal  se finda.

Segue um trabalhador  o seu caminho.

 

Deixando atrás, em meio ao áspero tráfego,

Uma pequena ilha de solidão.

 

Iluminada, por   lanterninhas

Por toda uma noite insone.

 

Da escuridão enxergamos joias

Mais rútilas do que as do campônio.

 

Por sobre a escura terra esparzem-se

Topázios e pedras de rubi.

 

                                               (Trad. de Cunha e Silva Filho)