Um poema de Felicia Hemans ( (1793-1835)
Por Cunha e Silva Filho Em: 19/02/2011, às 20H22
Um poema de Felicia Hemans (1793-1835)*
Where is the sea?
Where is the sea? – I languish here
Where is my own blue sea?
With all its barks in fleet career,
And flags, and breezes free.
I miss that voice of waves which first
Awoke my childhood’s glee;
The measured chime – the thundering burst –
Where is my own blue sea?
I hear the shepherd’s mountain flute –
I hear the whispering tree; -
The echoes of my soul are mute; -
Where is my own blue sea?
Oh! rich your Myrtle’s breath may rise,
Soft, soft your winds may be;
Yet my sick heart within me dies –
Where is my own blue sea?
* Poeta inglesa, muito popular em seu tempo.
O mar, pra onde foi?
O mar, pra onde foi? – me despedindo, aqui estou
Meu mar azul, pra onde foi?
Com todos os seus barcos, velozes, singrando
Com suas livres brisas e bandeiras.
Saudades daquela voz de ondas, a primeira que
Da minha infância alegria despertou;
Do toque do sino a hora certa – do trovejar súbito –
Meu mar azul, pra onde foi?
Na serra do pastor um som de flauta ouço –
Da árvore o murmúrio ouço; -
De minha alma, emudecidos, os ecos –
Meu mar azul, pra onde foi?
Oh! Por mais profunda que seja a tua Murta,
Por mais suave e suave que teus ventos sejam,
Em mim, o coração enfermo de bater cessou –
Meu mar azul, pra onde foi?
(Tradução de Cunha e Silva Filho)