UM ILUSTRE PIAUIENSE
Por Rogel Samuel Em: 11/07/2018, às 10H58
UM ILUSTRE PIAUIENSE
(texto copiado da Internet de várias fontes)
"Simplício Coelho de Rezende (Piripiri,Piauí, 1 de abril de 1841 - Manaus,Amazonas, 17 de fevereiro de 1915 )de foi um advogado e político do Brasil durante o Império. Nascido em 1841 no Piauí, era neto de Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, um dos líderes da independência no Piauí. Foi Deputado Geral pelo Piauí de 1885 a 1889. Na assembleia legislativa do império, ao defender o militar Pedro José de Lima, acusado de corrupção, atacou violentamente o Coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, iniciando a mais grave das questões militares do Império. Ao ser proclamada a República, foi vítima de perseguições políticas que o levaram a se transferir para o Amazonas onde foi um dos fundadores da Universidade de Manaus, assim como primeiro diretor da Faculdade de Direito.Era muito ligado à família imperial exilada, sendo seu filho mais velho, Simplício de Melo Rezende, foi Secretário Político de D. Luiz de Orleans e Bragança. Faleceu em Manaus em 1915. É Patrono da Cadeira 26 da Academia Piauiense de Letras. Deixou grande descendência, a destacar o professor emérito da UFRJ Jorge Rezende, grande nome da obstetrícia brasileira, e Álvaro Rubin de Pinho, famoso psiquiatra."
Em 15 de fevereiro de 1915 faleceu o Dr. Simplício Coelho de Rezende, ilustre piauiense, que, entre outros merecimentos, possui o de ter sido o primeiro diretor da centenária Faculdade de Direito do Amazonas. A lápide de seu túmulo (SP 614 – Quadra 05) guarda esta inscrição em latim:
Hic jacet doctor Simplicio Coelho de Rezende jurisconsultus brasiliensis.
1841-1915
“Coube a Simplício Coelho de Rezende propor a oficialização dos primeiros professores titulares da faculdade de ciências jurídicas e sociais da Universidade Livre de Manáos em 1910.
Conquistar a elevada distinção de professor catedrático da Faculdade de Direito do Amazonas foi considerado, durante muitos anos, por seleto grupo de estudiosos, a culminância na carreira jurídica e no magistério amazonense.
A batalha travada entre noites indormidas preparando a tese, o enfrentamento de rigorosa banca examinadora composta por amazonenses e professores convidados oriundos das mais respeitadas universidades brasileiras dentre nomes de projeção no cenário nacional, transformavam a se ão de defesa acadêmica em acontecimento à parte na vida social de Manaus.
Coube a Simplício Coelho de Rezende propor a oficialização dos primeiros professores titulares da faculdade de ciências jurídicas e sociais da Universidade Livre de Manáos em 1910. Pouco depois Heliodoro Balbi se transferiu de Filosofia do Direito para Introdução ao Estudo do Direito, e em 1911 Francisco Pedro d Araújo Filho ocupou a cadeira de Direita Civil.na vaga de César do Rego Monteiro.
Mesmo tendo sido considerada de utilidade pública federal em 1917, a Universidade de Manáos ia e vinha da condição de particular para estadual e de estadual para federalizada, porém, mesmo nessa incerteza institucional realizou concurso para professor substituto em 1918, sob a direção de Gaspar Vieira Guimarães.
A pretensão que todos defendiam era a federalização e a equiparação às demais faculdades de Direito do País o que veio a ocorrer em 1923, e fez com que os professores passassem a gozar das prerrogativas dos catedráticos das outras escolas jurídicas do País. Naquele mesmo ano todos colaram grau como catedráticos sob a presidência de Antônio Gonçalves Pereira de Sá Peixoto, que era catedrático pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. O primeiro a receber a distinção foi o diretor da escola, o pernambucano Gaspar Antônio Vieira Guimarães.
Em 1938 só restavam três catedráticos: Rafael Benayon, Alves Brasil e Aristides Rocha. Por isso foram abertas inscrições para dezoito concursos que não se realizaram. Somente em 1945 foi efetivada a seleção para catedrático de Medicina Legal, com aprovação de Luiz da Cunha Costa, e em seguida, para Direito Penal, com Manuel Barbuda.
Em 1953 foram reiniciados os concursos para vinte vagas de catedráticos, inicialmente para Direito Civil, Direito Comercial e Direito Penal, sendo aprovados Lúcio Rezende, Adriano Queiroz, João Ricardo Lima, Viriato Oliveira e David Mello. No ano seguinte, para outras disciplinas, foram aprovados Ariosto Rocha, Aderson Menezes, Abdul Sá Peixoto, Samuel Benchimol e o livro docente José Lindoso. Em 1955 mais uma vez a faculdade ficou em alvoroço pela apresentação de teses, com a aprovação de Henoch Reis, Oyama Ituassu e José Augusto Borborema.
Os concursos de 1957 teriam sido os mais movimentados da história da faculdade com a aprovação de Xavier de Albuquerque, Aderson Outra e Ernesto Roessing, com uma das bancas mais exigentes de todas.
Tidos e havidos como dos mais duros, foram examinadores das bancas: David Mel1o, Oyama Ituassu, Adriano Oueiroz, Ariosto Rocha, Aderson de Menezes e Samuel Benchimol pelo Amazonas; AldebaroKlautau (PA); Vicente de Azevedo (SP); Hélio Tornaghi e Bilac Pinto, Universidade do Brasil; Afonso Lages e Onofre Junior (MG}; Elpídio Paes (RGS); Alexandre Correa (SP); e Lafayete Pondé, Bahia.
Fechando aquele ciclo, em 1958, foram aprovados Benjamin Bandão, Jauary Marinho e Olavo das Neves.
Não se tratava unicamente da fama de catedrático, mas de demonstrar competência e conhecimento postos à prova sob o olhar de quantos desejassem assistir aos embates e à arguição vigorosa de importantes cientistas do direito.Mas a fama ficou.