Ulisses Tavares lança novo livro

Resultado de muita leitura e pesquisa e tendo como fio condutor o consumo excessivo de álcool e suas consequências, Ulisses Tavares conta a vida e as bebedeiras de algumas importantes personalidades da história da humanidade.

No próximo dia 8 de abril, quarta-feira, a partir das 19h00, na Livraria da Vila, o escritor Ulisses Tavares lança, pela Editora Panda Books, o livro Hic!stórias: os maiores porres da história da humanidade. Marco Antônio e Cleópatra; Alexandre, o Grande; Billie Holiday; Janis Joplin, Tina e Ike Turner; Noel Rosa; Carlos Gomes; Dona Beja, Mata Hari; Walt Disney; Lima Barreto, Burroughs, Bukowski; Hemingway; Sartre e Simone de Beauvoir; a família real inglesa; alguns astros e estrelas de Hollywood; além de personalidades políticas e religiosas são algumas das personagens das histórias embriagadas e divertidas contadas nesse livro. A Livraria da Vila fica na rua Fradique Coutinho, 915, na Vila Madalena em São Paulo (SP), tel.: (11) 3814-5811

Com um olhar sarcástico e uma linguagem bem-humorada, resultado de muita leitura e pesquisa, Ulisses Tavares conta muitas histórias envolvendo o consumo excessivo de álcool. Conta que Oxalá estava bêbado quando criou os homens; que macacos gostavam também de tomar um porre, que passarinhos chegaram a beber a água que acreditávamos que eles nunca beberiam; que Alexandre, o Grande perdeu a guerra contra a garrafa; que não foi o exército turco quem venceu a Áustria em 1788 e sim a cachaça; que Camile Claudel bebeu para esquecer Auguste Rodin e quase acabou esquecida; que F. Scott Fitzgerald foi um grande escritor, grande frasista, grande bom-vivant, grande atormentado e grande bebedor; que o fundador do AA, Bill Wilson, parou de beber, mas continuou com os cigarros, as amantes e o LSD; que os guarda-costas de JFK confessaram ter passado a noite anterior ao dia 20 de novembro de 1963, na gandaia, até as 5 horas da manhã e descuidado da segurança do presidente, que mesmo ameaçado de morte pediu que retirassem a capota do carro que desfilaria pelas ruas de Dallas para que os “babacas do Texas” vissem a beleza de Jackie, sua mulher; que Walt Disney, além de criar um pato e um rato, bebeu feito um gambá; que o escritor Jack London não gostava de beber, mas seu alter ego John Barleycorn bebia pelos dois; que Lima Barreto escrevia bem rápido, numa caligrafia miúda, e às vezes terminava uma obra no mesmo fôlego, porque depois bebia todas e tinha medo de não conseguir terminar o trabalho; que o FDP Al Neuhart, além de seduzir amigos, enganar inimigos e criar o mais vendido e polêmico jornal dos Estados Unidos, o USA Today, foi um excêntrico bebedor de martínis; que Georges Simenon bebeu muito, escreveu 402 livros, fez 61 filmes para o cinema e 279 para televisão, e ainda teve tempo de levar mais de dez mil mulheres para a cama; que a McLaren contratou um babá especial para controlar as bebedeiras do corredor finlandês Kimi Raikkonen; e que Edgar Allan Poe quando bebia citava livros e autores que nunca existiram, inventava citações em idiomas incompreensíveis e, mais grave, acreditava em suas próprias mentiras.

Além dessas e outras histórias, e para aliviar a culpa do leitor que bebeu demais, Ulisses traz alguns trabalhos científicos que “provam” que a bebida faz bem à saúde. Mas como não dá ponto sem nó, ele também desmistifica toda e qualquer receita ou tentativa de aliviar a ressaca daquele que bebeu além da conta. Mostra ainda que na cidade de São Cristovão, interior de Sergipe, havia um torneio para ver quem bebia mais. Foi provado que oito garrafas de cachaça era o máximo que o competidor conseguiria beber. Infelizmente, nos últimos quinze anos os vencedores não receberam o prêmio porque a maioria entrou em coma alcoólica e morreu. Felizmente esse torneio foi cancelado definitivamente. Por fim, como num estudo acadêmico, Ulisses Tavares relaciona todas as referências bibliográficas que leu, consultou e estudou para escrever sobre esse assunto. Xico Sá, escritor e colunista da Folha de S. Paulo, diz que fez uma leitura em abstinência alcoólica deste livro e que deixou de perceber muita coisa, daí decidiu beber para reler as Hic!stórias e o resultado foi o seguinte: “

Na minha leitura sóbria, muita coisa importante passou batido, confesso. Na leitura embriagada, amigos, foi um bacanal dos sentidos. Era como estivesse viajando pelas tabernas do mundo inteiro. Uma bebedeira ali com o velho Hemingway, um porre no coelho do Simenon, com Edgar Allan Poe foi um delírio, até o gato preto e mal-assombrado saiu de dentro das paredes e entornou uma genebra. Aqui no grande bar universal de Ulisses Tavares, o chegado bebe com os vivos e os mortos.” Para Percival Maricato, empresário, advogado, boêmio, editor da revista Bares e Restaurantes e que fez o prefácio das Hic!stórias, “felizmente nosso amigo Ulisses Tavares resolveu mudar o conteúdo de suas poesias e fazer este livro de histórias sobre bebedeiras. Era exatamente o argumento que faltava para convencer quem tem bicho no pé”.  

Ulisses Tavares tem 106 livros publicados para crianças jovens e adultos, em diversos gêneros e assuntos. Apenas em poesia, já vendeu mais de oito milhões de exemplares. É também jornalista, dramaturgo, compositor, roteirista de televisão, publicitário, professor de pós-graduação e historiador heterodoxo. De bêbado público a alcoólico anônimo, em Hic!stórias: os maiores porres da história da humanidade pesquisa aquilo que duas doses acima do normal podem fazer na história.

Hic!stórias: os maiores porres da história da humanidade

Ulisses Tavares

Ilustrações de Natália Forcat

272 pp. / 14 x 21 cm / ISBN: / R$ 35,90

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