CUNHA E SILVA FILHO

 

 

           Uma advogada, numa audiência na cidade de Caxias, Rio de Janeiro, defendendo os direitos de uma cliente e por não concordar com o comportamento autoritário da juíza, se sentiu lesada em sua condição de advogada.
         A juíza exigiu que a advogada se retirasse da sala, mas esta, usando de suas prerrogativas de causídica, decidiu não se retirar. A magistrada chamou a polícia, que veio algemar a advogada. É possível isso? Como algemar uma profissional do Direito no cumprimento de seus deveres e atribuições?
           Estamos na escravidão ainda? Que eu saiba, a advogada não cometeu nenhum crime hediondo, nem pôs em risco a vida de ninguém, nem está envolvida na Operação Lava Jato. Nem matou, nem roubou, nem prevaricou, nem assaltou o cofre do Estado do Rio de Janeiro.
Detalhe: a advogada é NEGRA.

           Conclusão minha: mais um caso flagrante de autoritarismo e ABUSO DE AUTORIDADE da justiça (?!) brasileira. Cadê os direitos humanos da ONU? E a OAB? E os juristas brasileiros?
        Poder-se-ia ainda tirar a seguinte ilação: mais um caso de racismo camuflado nas atitudes de uma representante da Justiça? Não sei, mas tenho dúvidas.