[Flávio Bittencourt]

Trecho do livro de Peter Biskind sobre os perversos e violentos anos 70, em Hollywood

Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood.

 

 

 

 

 

  

 

"Era como se o chão estivesse em chamas e, ao mesmo tempo, tulipas estivessem brotando"

(PETER GUBER, "(...) na época estagiário na Columbia e, mais tarde, presidente da Sony Pictures Entertainment (...)", apud PETER BISKIND, Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood)

 

 

 

 

 

(http://petroleofuturo.blogspot.com/2011/09/easy-rider-1969.html)

 

 

 

 

RUBENS EWALD FILHO,

CONSAGRADO CRÍTICO BRASILEIRO

QUE ESCREVEU RESENHA DO LIVRO

HOJE AQUI ABORDADO: 

 

 

 

 

 

 

 

(http://newday.spaceblog.com.br/37/)

 

 

 

 

"HÁ LIVROS GROSSOS QUE SÃO LIDOS

COMO O MAIOR INTERESSE, DO INÍCIO AO FIM;

COMO A GERAÇÃO SEXO-DROGAS-ROCK'N'ROLL

SALVOU HOLLYWOOD - onde segredos da

indústria cinematográfica estadunidense

foram revelados, sem dó, nem piedade -

É UM DELES "

 

(Coluna "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

(http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/2010/01/10/ult5668u132.jhtm)

 

 

 

 

"(...) É curioso ver como Sem Destino, o filme-símbolo da contracultura, produto da mente criativa e completamente alucinada de Dennis Hopper, atropelou musicais antiquados e produções caras de propaganda implícita de um careta "american way of life"; ou como Coppola conseguiu transformar um projeto comercial, baseado num best-seller, numa obra absolutamente autoral (a trilogia de "O Poderoso Chefão"), que ainda por cima foi super lucrativa e arrebanhou uma série de Oscar; ou ainda como "Tubarão" inaugurou a parceria com a televisão na promoção dos filmes e como George Lucas praticamente inventou a onda de marketing na forma de bonecos, jogos e brinquedos, com seu 'Guerra nas Estrelas'. (...)"

(DANIEL BENEVIDES - que escreveu para o portal UOL / Entretenimento -, trecho da resenha adiante - depois do trecho do próprio livro que transcrevemos - reproduzida, na íntegra)
 

 

 

RESENHA DE RUBENS EWALD FILHO SOBRE

A MESMA OBRA DE P. BISKIND:

"Em 1998, fez muito sucesso o livro chamado "Easy Riders, Ranging Bulls" (referência a dois filmes icônicos da era, o Easy Rider/Sem destino de Dennis Hopper e Peter Fonda e Touro Indomável de Martin Scorsese, que são também as balizas da época analisada no livro, entre 1967 a 1980). Finalmente ele sai agora no Brasil, mas com uma coisa boa: chamaram para fazer a tradução alguém que é do ramo, sabe de tudo sobre cinema e não deixa fazerem besteiras: Ana Maria Bahiana. Aliás, o livro foi depois transformado em documentário (em 2003, feito por Kenneth Bowser, com depoimentos das pessoas biografadas aqui).

Antes de criticarem o título nacional, prestem atenção porque ele é justamente o subtítulo tanto do livro quanto do filme: How the Sex, drugs and Rock n´roll Generation Saved Hollywood.

Eu comecei a fazer crítica nesta mesma época, estreei profissionalmente muito novo, ainda em 67 e tive a sorte de testemunhar e crescer justamente com a revolução que ia acontecendo em Hollywood.

É difícil explicar para vocês o que foi começar vendo filmes da Nouvelle Vague e do melhor cinema italiano e depois ver e escrever os primeiros filmes de Scorsese, Spielberg, Robert Altman e Coppola (para não ir mais longe) e sentir que era realmente uma revolução e queríamos estar nela (sem imaginar nunca que essa geração perduraria até hoje como modelos para os cineastas atuais). Além dos que eu citei, esse foi a época em que invadiram os estúdios gente como  Peter Bognadovich, Warren Beatty, Kubrick (ainda que sendo de geração anterior estava no seu apogeu), Mike Nichols, Woody Allen, Bob Fosse, Robert Benton, Arthur Penn, John Cassavetes, Alan Pakula, Paul Mazursky, Bob Rafelson, Hal Ashby, William Friedkin, Richard Lester. E um pouco depois, George Lucas, John Milius, Paul Schrader, Brian De Palma, Terrence Malick. Ou seja, nada comparável com que temos hoje. Depois não querem que a gente seja saudosista.

A história deles é contada neste livro com pitadas de sexo e muita droga (até o jovem Spielberg entra na farra). Na verdade, o pessoal do cinema seja esteve muito sujeito ao uso de drogas, a ponto de um sujeito brilhante como Hal Ashby era um completo Junkie da mesma forma que outros mais velhos como Sam Peckinpah eram alcoólatras). E esse excessos não impediu que fizessem obras-primas. Não vou repetir incidentes, que são bem divertidos e até escandalosos (mas curiosamente os realizadores parecem até meio orgulhosos de seus feitos e façanhas erótico-lisérgicas). É um até então inédito retrato de uma época de ouro  do cinema, narrado de forma leve e fácil de seguir. Vale conhecer."

(http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2010/01/03/especial-livros-lancamentos/)

 

 

  

 

 

                     AGRADECENDO A DANIEL BENEVIDES E A

                     RUBENS EWALD FILHO, que

                     escreveram excelentes resenhas sobre o livro de P. BISKIND

                     Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood (EUA, 1998),

                     ACRESCENTANDO-SE QUE A LEITURA DESSE LIVRO

                     DEIXA QUALQUER MORTAL EM ESTADO DE ESTUPEFAÇÃO

                     DIANTE DE TANTAS INFORMAÇÕES - verídicas! - A RESPEITO DE UMA

                     ÉPOCA INTRIGANTE, INSTIGANTE, VIOLENTA E

                     CRIATIVA E HOMENAGEANDO

                     PETER BISKIND E SEUS AUXILIARES PELA PRODUÇÃO

                     DE UM LIVRO SINGULAR, sendo que mencionamos

                     os SEUS AUXILIARES, uma vez que não é possível

                     escrever - OU, PELO MENOS, COLETAR OS DADOS DA PESQUISA DE -

                     um livro assim, sozinho

 

 

23.12.2011 - O livro não é novo, mas continua causando perplexidade - Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood, de Peter Biskind.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

TRECHO:

"Nove de fevereiro de 1971, 6h01. Um punhado de carros, faróis brilhando vagamente na neblina do amanhecer, já havia começado a trafegar nas freeways, seus motoristas sonolentos bebendo café em copos de plástico, ouvindo o noticiário do rádio. A máxima prevista era de 23 graus. O julgamento de Charles Manson, agora na fase da sentença, ainda intrigava e excitava Los Angeles. De repente, o chão começou a sacudir violentamente, mas não com o movimento ondulante, quase confortável, de terremotos anteriores. Dessa vez era um corcovear terrível, para cima e para baixo, abrupto, intenso, longo, que parecia durar para sempre. Para muitos, o terremoto de 6.5 na escala Richter pareceu ser o Big One. As garotas da Família Manson disseram, depois, que o próprio Charlie tinha provocado o abalo para punir os pecadores que o atormentavam.

Em Burbank, Martin Scorsese foi ejetado da cama com um sacolejão. Tinha conseguido sua primeira grande oportunidade, um emprego como montador na Warner Bros., e havia chegado de Nova York algumas semanas antes. Marty estava hospedado no Motel Toluca, do outro lado da rua do estúdio. Ele sonhava com livros raros quando ouviu um ronco surdo e imaginou estar no metrô. "Pulei da cama e olhei pela janela", recorda. "Tudo tremia. O céu estava riscado de raios - eram os fios de alta tensão se soltando dos postes e caindo no chão. Era horrível. Eu pensei: 'Tenho que dar o fora daqui.' Quando finalmente calcei minhas botas de caubói, peguei meu dinheiro e as chaves do quarto do motel e saí porta afora, tinha acabado. Fui para o Copper Penny e, quando tomava meu café, houve um tremendo choque secundário. Eu me levantei e saí correndo e um cara olhou para mim e perguntou: 'Para onde você está indo?' E eu disse: 'Você está certo. Estou preso aqui.'"

Para Scorsese, não havia mesmo lugar algum para ir. Ele tinha seguido a trilha de seus sonhos até Hollywood e, se a viagem se tornasse difícil demais, suas opções eram aguentar firme ou voltar para Nova York, fazer filmes industriais, morar no velho bairro de seus pais e comer cannoli, sabendo, o tempo todo, que não tivera a coragem necessária para fazer sucesso no cinema. Antes que a poeira tivesse assentado, 65 pessoas tinham perecido no terremoto. Nenhum dos personagens deste livro está entre elas. Os ferimentos deles foram criados por eles mesmos.

PARA OS PROPÓSITOS DESTE LIVRO, O TERREMOTO DE 1971 foi supérfluo, desnecessário, um exagero, como é tão típico de Hollywood. O verdadeiro terremoto, a convulsão cultural que transformou a indústria do cinema, começara uma década antes, quando as placas tectônicas debaixo dos estúdios começaram a se mover, rachando as verdades absolutas da Guerra Fria - o medo universal da União Soviética, a paranoia do Terror Vermelho, a ameaça da bomba - e libertando uma nova geração de cineastas do gelo do conformismo dos anos 50. Logo a seguir vieram, todos misturados, uma série de abalos premonitórios - o movimento dos direitos civis, os Beatles, a pílula, o Vietnã e as drogas - que, combinados, abalaram seriamente os estúdios e fizeram com que o "tsunami" demográfico que são os "baby boomers" desabasse sobre eles.

Como os filmes são caros e demorados de fazer, Hollywood é sempre a última a saber, a mais lenta a reagir e, nessa época, estava pelo menos meia década atrás das outras artes populares. Por isso, um bom tempo se passou até que o odor acre de cannabis e gás lacrimogêneo chegasse até as piscinas de Beverly Hills e a gritaria atingisse os portões dos estúdios. Mas quando o "flower power" bateu no final dos anos 60, bateu com tudo. Enquanto o país ardia, os Hells Angels desfilavam em suas motos pelo Sunset Boulevard e garotas dançavam na rua de peitos de fora ao som da música do The Doors, que emanava dos clubes da Sunset Strip. "Era como se o chão estivesse em chamas e, ao mesmo tempo, tulipas estivessem brotando", recorda Peter Guber, na época estagiário na Columbia e, mais tarde, presidente da Sony Pictures Entertainment. Tudo era uma grande festa. O velho era sempre ruim, o novo era sempre bom. Nada era sagrado; tudo podia ser mudado. Era, na realidade, uma revolução cultural à moda americana.

Lá pelo final dos anos 60 e começo dos 70, para quem era jovem, ambicioso e tinha talento não havia lugar melhor em toda a Terra do que Hollywood. O buchicho em torno dos filmes atraía os melhores e mais brilhantes da geração "baby boom" para as escolas de cinema. Todo mundo queria entrar na onda. Norman Mailer preferia fazer cinema a escrever livros; Andy Warhol preferia fazer cinema a reproduzir latas de sopa Campbell. Astros de rock como Bob Dylan, Mick Jagger e os Beatles mal podiam esperar para estar na frente e, no caso de Dylan, atrás das câmeras. Nas palavras de Steven Spielberg: "Os anos 70 foram a primeira vez em que as restrições de idade foram abolidas, e jovens tiveram permissão para tomar tudo de assalto com toda a sua ingenuidade e toda a sua sabedoria e todos os privilégios da juventude. Foi uma avalanche de ideias novas e ousadas e, por isso, os 70 tornaram-se um marco.

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"COMO A GERAÇÃO SEXO-DROGAS-ROCK'N'ROLL SALVOU HOLLYWOOD"
Autor:
Peter Biskind
Tradução: Ana Maria Bahiana
Editora: Intrínseca [RIO DE JANEIRO, RJ, 2009 (1998 [*]; tradução francesa: 2002 [**])]
Páginas: 504
Preço: R$ 44,90"

(http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/trechos/leia-trecho-de-como-a-geracao-sexo-drogas-rocknroll-salvou-hollywood-de-peter-biskind.jhtm)

[*] - Nova Iorque (EUA): Simon & Schuster [NOME DA EDITORA].

[**] - Paris (FRANÇA): Le Cherche-Midi Éditeur, coll. «Documents», de

acordo com a versão francesa do verbete 'Peter Biskind ', na Wikipédia.

 

  

 

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FOI DIVULGADO NO

PORTAL UOL / ENTRETENIMENTO,

em janeiro de 2010:

 

"10/01/2010 - 10h00

Livro mostra como bando liderado por Coppola tomou o poder em Hollywood

 
DANIEL BENEVIDES
Colaboração para o UOL
Insegurança, paranóia, fobia. Essas eram algumas marcas comuns aos diretores de cinema que reviraram Hollywood do avesso nos anos 70. Coppola, Scorsese, Altman, De Palma, Warren Beaty, Arthur Penn, Dennis Hopper, Bogdanovitch, Friedkin eram jovens cabeludos e barbudos que, inspirados no cinema europeu de Godard, Bergman e Fellini, buscavam a autonomia artística num mundo dominado pela lógica mercantilista dos estúdios e controlado pelo pulso pragmático dos produtores.
  • Divulgação

    Versões de capa do livro de Peter Biskind: menções generosas a drogas, sexo e rock'n'roll

O jornalista Peter Biskind, sem pudor ou falsos moralismos, conta essa história de revolução na indústria cinematográfica com menções generosas a drogas, sexo e rock'n'roll, elementos que impulsionavam, de alguma maneira, essa nova geração de diretores, claramente liderada pelo carismático e descontrolado Francis Ford Coppola, o verdadeiro Chefão.

O sentido de Chefão é metafórico, mas como bem mostra um ousado Biskind, que não se furta de chegar no limite da difamação, devidamente escorado em declarações de todos os protagonistas e coadjuvantes dessa epopéia, não estava muito longe da verdade. Coppola nem sempre agia na legalidade, indulgindo em excessos de todo tipo, o que incluía esbanjamento épico de dinheiro e controle megalomaníaco de cada etapa em suas produções.

O interessante nesse livro difícil de largar, escrito num ritmo trepidante, de filme de ação, com cortes bruscos, inesperados, é que o autor não apenas descreve como se davam os idiossincráticos processos de criação de cada um desses diretores (e também dos mais caretas Georges Lucas e Spielberg), como dá um panorama bastante revelador dos bastidores da indústria, de como pensavam também os jovens e arrogantes executivos, que se tornaram milionários da noite pro dia, e de como eram feitas as estranhas negociações para a realização dos filmes.

Para tanto, Biskind não poupa recursos nem fontes, citando também esposas, amantes, traficantes, políticos, críticos de cinema, astros do rock, técnicos, jornalistas, amigos, parentes, numa gangorra que relaciona todo o tempo, muitas vezes como causa e consequência, a louca vida pública e privada dos personagens.

Exageros à parte
Há momentos em que ele exagera um pouco, dando um passo para dentro do universo da fofoca especulativa. Mas se recupera rapidamente, com informações que revelam um esforço profundo de entender como o espírito da época, do final dos 60 e começo dos 70, com suas cores e sons psicodélicos, o amor livre, a popularização das drogas e também a violência do Vietnã e a hipocrisia dos políticos e autoridades, foi absorvido por uma Hollywood claudicante, que precisava desesperadamente se renovar.

É curioso ver como Sem Destino, o filme-símbolo da contracultura, produto da mente criativa e completamente alucinada de Dennis Hopper, atropelou musicais antiquados e produções caras de propaganda implícita de um careta "american way of life"; ou como Coppola conseguiu transformar um projeto comercial, baseado num best-seller, numa obra absolutamente autoral (a trilogia de "O Poderoso Chefão"), que ainda por cima foi super lucrativa e arrebanhou uma série de Oscar; ou ainda como "Tubarão" inaugurou a parceria com a televisão na promoção dos filmes e como George Lucas praticamente inventou a onda de marketing na forma de bonecos, jogos e brinquedos, com seu "Guerra nas Estrelas".

Com tudo isso, o livro de Biskind é mesmo um marco no gênero, e se assemelha, de alguma maneira, aos filmes que descreve, pois é ao mesmo tempo leitura recreativa, ligeira, saborosa, e uma valiosa e confiável obra de referência; ou seja: Biskind, como "seu" protagonista Coppola, conseguiu ser comercial e autoral numa mesma tacada. (É preciso dizer que a tradução brasileira, levada a cabo pela experiente Ana Maria Bahiana, não apenas é excelente pela fluência, como também acrescenta várias informações importantes, na forma de notas ao pé de página.)"

(http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/2010/01/10/ult5668u132.jhtm)

 

 

SÍNTESES BIOGRÁFICAS

SOBRE PETER BISKIND,

NA WIKIPÉDIA,

RESPECTIVAMENTE

EM FRANCÊS E

EM INGLÊS (ainda não

há a versão em português):

 

"Peter Biskind

Peter Biskind est un journaliste et essayiste de cinéma américain.

Sommaire

Biographie

Peter Biskind a été rédacteur en chef de la version américaine de Première pendant neuf ans et de American Film pendant six ans. Il collabore également aux magazines spécialisés Rolling Stone, Vanity Fair ainsi qu'aux quotidiens The New York Times, The Los Angeles Times et The Washington Post.

Fin connaisseur du milieu hollywoodien, Biskind fait sensation en 1999 avec son essai polémique Le Nouvel Hollywood (Easy Riders, Raging Bulls[1]), sur le mouvement cinématographique éponyme.

Essais

  • (en) Godfather Companion: Everything You Ever Wanted to Know About All Three Godfather Films, Harpercollins, 1991, 8 p. 
  • Le Nouvel Hollywood : Coppola, Lucas, Scorsese, Spielberg... la révolution d'une génération [« Easy Riders, Raging Bulls: How the Sex-Drugs-and-Rock 'N' Roll Generation Saved Hollywood »], Le Cherche Midi, coll. « Documents », 2002, 513 p. (ISBN 2-86274-892-7) 

Résumé: Avec l’étonnant succès d’Easy Rider, film de bikers à petit budget, en 1969, un Nouvel Hollywood est né. Une génération de jeunes metteurs en scène, nommés Coppola, Scorcese, Lucas, Spielberg, s’est engouffrée dans la faille et a commencé à tourner avec des acteurs encore inconnus, Robert de Niro, Al Pacino ou encore Jack Nicholson. En quelques années ils sont devenus les nouveaux nababs d’Hollywood et ont réalisé des films tels que Le Parrain, Taxi Driver, Les Dents de la mer, L’Exorciste ou Chinatown. C’est l’épopée de ces jeunes loups de la génération « sex, drugs et Rock’n Roll » que retrace cet ouvrage en suivant, au quotidien, la genèse de leurs films et leurs luttes contre l’establishment. Nous voyons évoluer ici toutes ces grandes figures du cinéma sous un jour totalement inédit, dans un monde où l’art, l’argent et la drogue ont donné libre cours aux excès les plus extravagants et les plus inattendus. À partir de centaines d’heures d’entretiens avec les protagonistes eux-mêmes, avec les producteurs, les agents, les scénaristes, les amis, les épouses ou les maîtresses, cet ouvrage nous offre le portrait sauvage du dernier grand âge d’or d’Hollywood.
 

  • (en) Seeing Is Believing: How Hollywood Taught Us to Stop Worrying and Love the Fifties, Owl Books, 2000, 384 p.  
     
  • (en) Cinema Nation: The Best Writing on Film from the Nation 1913-2000, Thunder's Mouth Press, 2000, 252 p.  
     
  • Sexe, Mensonges & Hollywood [« Down and Dirty Pictures: Miramax, Sundance, and the Rise of Independent Film »], Le Cherche Midi, coll. « Documents », 2006, 669 p. (ISBN 2-74910-510-2) 

Résumé: Après le succès public et médiatique du Nouvel Hollywood, consacré au cinéma des années 70, le nouveau livre de Peter Biskind traite, dans un ton tout aussi décapant, des figures et des mœurs du cinéma hollywoodien des deux dernières décennies. Prenant pour fil rouge le festival de Sundance, créé par Robert Redford, et la maison de production des frères Weinstein, Miramax, Peter Biskind s'attaque ici à un nouveau mythe : le cinéma indépendant. À partir de centaines d'heures d'entretiens et de confidences avec ses principaux protagonistes, d'anecdotes plus délirantes les unes que les autres, il lève le voile sur un monde shakespearien plus haut en couleur encore que la plupart de ses productions. Avec des portraits aussi mordants que réalistes de figures comme Quentin Tarantino, Steven Soderbergh, Martin Scorcese, la genèse tumultueuse de films aussi célèbres que Sexe Mensonge et Vidéo, Pulp Fiction ou encore Gangs of New York, il nous offre le plus explosif des scénarios : celui du Hollywood d'aujourd'hui. 

  • (en) Gods and Monsters: Movers, Shakers, and Other Casualties of the Hollywood Machine, Thunder's Mouth, Nation Books, 2004, 352 p.  
  • Mon Hollywood (2011)

Résumé: Après Le Nouvel Hollywood et Sexe, mensonges et Hollywood, Peter Biskind nous offre un nouveau voyage dans le cinéma américain dont il est, depuis plus de trois décennies, l'un des observateurs les plus passionnés. À travers une série de chroniques écrites au fil des ans, il nous livre une galerie de portraits aussi incisifs que pertinents, de quelques-unes des grandes figures qui ont marqué leur époque (Martin Scorcese, Terence Malick, Woody Allen, Clint Eastwood, Don Simpson, Harvey Weinstein, etc. ). Surtout, il décrypte avec le talent qu'on lui connaît les rapports inavoués entre cinéma, politique et société, depuis la Liste Noire jusqu'à aujourd'hui, en passant par la grande époque de la contre-culture. Sous cet angle, il nous offre une vision complètement inédite de nombre de grands films tels Le Parrain, Voyage au bout de l'enfer, La Guerre des étoiles ou encore Indiana Jones et la dernière croisade. Un must.

Liens externes

Notes

  1. Le titre original fait référence à deux titres phares du mouvement, Easy Rider de Dennis Hopper et Raging Bull de Martin Scorsese