Tradução de um poema de William Blake (1757-1827)
Por Cunha e Silva Filho Em: 28/12/2012, às 17H32
Tradução de um poema de William Blake (1757-1827)
To the Muses
Whether an Ida’s shady brow,
Or in the chambers of the East,
The chambers of the sun , that now
Front ancient melody have ceas’d;
Whether in Heav’n ye wander fair,
Or the green conrners of the earth,
Or the blue regions of the air,
Where the melodious winds have birth;
Whether on chrystal rocks ye rove,
Beneath thee bosom of the sea
Wand’ing in many a coral grove,
Fair Nine, forsaking Poetry!
How have you left the ancient love
That bards of old enjoy’d in you!
The languid strings do scarcely move!
The sound is forc’d, the notes are few!
Às Musas*
Ora sobre o cume da Ida sombreado,
Ora nos aposentos do Oriente
Do sol agora os aposentos
A velha melodia calaram.
Ora nos Céus esplendidamente pervagais,
Ora os verdes cantos da terra,
Ora as regiões azuis atmosféricas
Nas quais melodiosos ventos se formaram.
Ora sem destino as rochas de cristais percorreis
Por sobre o seio do mar,
Por muitos bosques a esmo andando,
Nove Musas da Beleza, a Poesia deixastes no olvido!
Como pudestes esquecer o antigo amor
Que os bardos d’outrora em vós tanto se deleitavam?
Mal dedilham as cordas lânguidas algum som!
Foram-se os sons naturais, escasseiam agora as notas!
(Trad. de Cunha e Silva Filho)
* Para a Elza, esta tradução. Feliz 2013!