Soupir


Mon âme vers ton front où, ô calme soeur,
Un automne jonché de taches de rousseur,
Et vers le ciel errant de ton oeil angélique
Monte, comme dans un jardin mélancolique,
Fidèle, um blanc jet d’eau soupire vers l’Azur!
-- Vers l’Azur attendri d’Octobre pâle et pur
Qui mire aux grands bassins sa languer infinie
Et laisse, sur l’eau où la fauve agonie
Des feuilles erre au vent, et creuse un froid sillon,
Se trainer le soleil d’un long rayon.


Suspiro


Volta-se minh’alma pra tua fonte, onde sonha, ó serena irmã,
De manchas de sardas um outono juncado,
Rumo ao céu errante de teu olhar  angélico,
Se ergue, qual um jardim melancólico,
Fiel, suspirando num branco jato dágua rumo ao Azul!
-- Rumo ao Azul de pálido e puro mitigado Outubro
Apontando às grandes bacias o infinito langor,
Deixando, por cima d'água morta onde a agonia ruiva
Ao vento das folhas vaga, cavando  um frio sulco,
Arrastar-se com um longo raio o amarelo sol.

                                                                                                       (Trad. de Cunha e Silva Filho)