Growing Old

 

 What is it to grow old?

Is it to lose the glory of the form,

The luster of the eye?

Is it for beauty to forego her wreath?

__Yes, but not this alone.

 

Is it to feel our strength __

Not our bloom only, but our strength­ decay?

Is it to feel each limb

Grow stiffer every function less  exact,

Each nerve more loosely strung?

 

Yes, this, and more; but not

Ah, ‘tis not  what in youth we dream ‘twould be!

‘Tis not to have our life

Mellowed and softened with sunset glow,

A golden day’s decline.

 

'Tis  not to see the world

As from a height, with rapt prophetic eyes,

And heart profoundly stirred;

And weep and feel the  fullness of the past,

The tears that are no more.

 

It is to spend long days

And not  once  feel that we were ever young.

It  is to add immured

In the hot prison of the present, month

To month with weary pain.

 

It is to suffer this,

And feel but half and feebly,  what we feel.

Deep in our  hidden heart

Fosters the dull remembrance of a change,

But no  emotion­­­­­­__none.

 

It is__ ­ last stage of all__

When we are freezing up  within, and quite

The phantom of ourselves,

To hear the world applaud the  hollow ghost

Which blamed the living man.

 

                  Envelhecer

 

Envelhecer o que é?

Seria a glória da forma  perdida,

Dos olhos o brilho?

Seria a perda do encanto de toda a beleza?

__, Sim,  não seria  só isso.

 

Seria sentir  nossa força__

Não nosso frescor apenas, mas de nossas forças o  decair.

Seria sentir  cada membro

Mais duro menos e  menos precisas nossas funções

Com cada nervo  menos firme nas ligações?

 

Sim,   isso   e mais,   porém não

Ah, não o que na juventude  sonhávamos ser!

A vida não basta ser

Amadurecida, suavizada  como  o brilho do pôr do sol,

O cair de um áureo dia.

Não é ver o mundo

Das alturas, com o olhar  profético, extasiado

E com o  palpitar profundo do coração.

Lamentando e sentindo  do passado a plenitude,

Os anos que já se foram.

 

É passar longos dias

Sem uma única  vez pensar que também   fomos jovens.

É, emparedado,  sufocar mais ainda

 A incômoda prisão do presente, mês

A  mês  com a nossa  entediante dor.

 

É padecer  tudo isso,

É   sentir-se  meio incompleto, frágil.

Do nosso indevassável coração lá no imo

Intensifica  a relembrança árida de  uma mudança.

Sem, porém, emoção­­­__alguma 

 

De todas é a última fase__

Quando, por dentro, gélidos  ficamos, tal como

O nosso próprio  fantasma

Ouvindo  o universo aplaudir  o espectro oco

A reclamar  do homem vivo.

                                                     (Trad. de Cunha e Silva Filho)