TERMINANDO QUASE O ANO DE 2022

CUNHA E SILVA FILHO

Qualquer final de Ano é motivo de escrita favorável ou não, com exceção do Natal, que é espiritualmente de ordem elevada e consegue deixar um espaço de tempo no qual se possa refletir sobre o fortalecimento e renovação de votos de amizade, bondade, solidariedade e bem-querer. Esse oásis, jamais pode prescindir das comemorações das festas alacremente antecipadoras do Novo Ano, ou Ano Bom, que, neste caso, é o de 2023.

Por outro lado, 2022 foi um ano difícil, áspero, desumano, cheio de armadilhas e de perdas de valores individuais e coletivos (aqui mesmo no país), de esperanças de se saber que rumos tomaria o país no ano que se aproxima a passos rápidos, visto que, quanto mais massacrante seja o ano corrente, tanto mais desejamos que ele se finde, que ele já vá tarde. Que era já tempo de findar.

E o brasileiro consciente e não subalternizado por pensamentos na contramão de uma vida melhor para o Brasil, ainda me parece indeciso sobre o que virá pela frente, pois o que se foi para trás só gerou encrencas, ameçasm autoritarismos, desclabro e divisões . ou melorm inimizades irraacionais e fragilidades entre nós, irmãs da mesma pátria, com costumo dizer em relação a guerras civis, fratricidas. de que o mundo globalizado estupidamente ainda não se livrou. O Mundo já está cansado de tantas divisões nos vários campos da ação humana sobre a Terra.

Resta-nos acrescentar como ponto de desumanização e barbárie banalizada a invasão da Ucrânia pela Rússia. Ora, a essa altura dos tempos contemporâneos, pós-modernos ou, segundo afirmam outros, apocalípticos, a pior coisa que poderia quebrar a espinha dorsal da esperança de qualquer indivíduo planetariamente considerado foi esse conflito bélico entre aqueles dois países, no que resultou mudanças drásticas sepultadoras dos poucos resquícios de fraternidade universal que ainda felizmente existem no ser humano, a despeito dos incisivos e recorrentes pronunciamentos do Papa Francisco, o Sumo Pontífice, pedindo, por todos os meios pacíficos e em nome da necessária e urgente paz mundial, que a belicosidade e insensatez de Putin fossem debeladas dos planos de covardia e ditatoriais do mau líder soviético. Esse conflito beligerante de nosso tempo, é o ápice das ações hediondas perpetradas por um líder mundial. Nem os órgãos de Segurança da Paz, ONU, OTAN, União Europeia e outras instituições mediadoras de conflitos que conhecemeos conseguiram que uma trégua fosse dada na conflagração provocadora de perdas inestimáveis de vidas de ambos os lados e sobretudo do lado mais fraco, a Ucrânia. Uma nação com desejos expansionistas - ensina a História - não pode acabar bem, notadamente o seu líder.

Já é tempo de relembrar que uma Terceira Guerra Mundial é fatal à Humanidade. Não faltam nem faltaram figuras de alto relevo mundiais que tiveram e têm insistentemente recordado dos perigos e da impossibilidade de um Terceiro Conflito Mundial, já que, se for tentado outra vez, no plano mundial, não sobrarão nem vencedores nem vencidos.

Uma vez, em artigo, afirmei que guerras em escala mundial são inúteis e nada servem ao gênero humano: seria o sumo da loucura universal. É algo impensável e só um tresloucado seria favorável a um conflito destruidor do planeta Terra. Por conseguinte, que os líderes mundiais de todos os continentes se unam aproveitando o tempo de Natal, uma época de luz e brilho de confraternização dos povos, ainda que professem outras religiões e credos.

Que seja o derradeiro dia do ano corrente um momento propício, um chamamento na acepção mais lídima do Humanismo efetivamente praticado no mundo inteiro, resultando, no amadurecimento das ideias independentemente de questões de divergências político-ideológicas, sem soberba de chefes de Estado e nem determinações ignominiosas destrutivas dos direitos universais da pessoa humana. Pensar no bem-estar no Estado, ( "Well-Fare State"), a nível de todas as nações, é dar um exemplo de que o ser humano ainda se pode definir como racional e ao mesmo tempo inimigo da violência, destruição e do egoísmo tão ainda operante em algumas mentes doentias em toda a parte do orbe. Que 2023, no país e no mundo, seja um ano de "mea culpa" e de amor ao próximo. Que os espíritos dos povos se desarmem a favor do Bem Comum. Um Feliz Natal e um Ano Novo permeado de metas e objetivos sadios entre as nações e entre irmãos, reitero, da mesma pátria.