Sobre a apresentação de Filhos da Mãe Gentil

 Carlos Evandro:

Não é que queira  aproveitar-me para fazer-lhe elogios em cima da hora, mas, ao apresentar a obra Filhos da mãe gentil (Litteris,  2011)  do Ribamar Garcia,  você  se  revela como  o mais  percuciente e completo crítico  desse autor. Isso  se torna mais eloquente porque, embora saiba que tenha sempre lido  e apreciado  a ficção de Garcia, nunca  tinha lido de você um  texto crítico  do autor  piauiense-carioca.Você foi fundo,  construiu um ensaio  denso,abissal,    embasado em  sólida e atualizada  bibliografia teórica.   Um ensaio  de mão de  mestre,  criterioso como  você me parece sempre ser, já por exemplo amplamente  dado    com  estudos  meritórios sobre  Mário Faustino e poesia   brasileira.

 

Concordo com você quando tece elogios sobre  esse romance    e o classifica   como  uma obra  maior. Não sei se a colocaria como a melhor, mas  do ponto de vista  da ousadia que  o ficcionista   demonstrou em várias  camadas  de sua comoposição  literária,   vejo que você  tem motivos  de  ter-se  encantado  com o livro.

 

Garcia parece ter-se  jogado de corpo e  alma  colocando todos  as suas  possibilidades de escritor na elaboração  de um texto que lhe marcasse de vez  a validade  de ficcionista que não lhe podemos  negar.

 

Mais uma vez, volto a afirmar-lhe  que não deixe  o seu talento, professor,  de crítico e ensaísta  subpor-se  ao de  professor. Quero dizer, não interrompa  o seu  trabalho de pesquisador  e produtor  de    rigorosos   textos analíticos  sobre a  produção   poética  e ficcional brasileiras em ensaios   primorosos  publicado aí no Piauí.

 

Parabéns por sua apresentação, i.e., pelo brilhante ensaio, que enriquece sobremaneira  a fortuna crítica  de  Garcia aos olhos  de leitores   inteligentes. 

 

 Um abraço do amigo e admirador Cunha e Silva Filho