Rio, anos 60: o dia em que toda a platéia do cinema foi parar no xadrez
Por Flávio Bittencourt Em: 10/05/2010, às 21H52
Rio, anos 60: o dia em que toda a platéia do cinema foi parar no xadrez
Parece exagero, mas aconteceu: no Cinema Copacabana, vaiaram Costa e Silva, que aparecia no cinejornal Canal 100, e todos foram presos.
O falecido ator Henry Calvin como 'Sargento Garcia'
(http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/h/henry-calvin.htm,
onde se lê:
"Henry Calvin, famoso pelo personagem Sargento Garcia, na série de televisão 'Zorro', nasceu em 25 de maio de 1918, em Dallas e seu nome verdadeiro era Wimberly Calvin Goodman. Mudou seu nome para Henry Calvin quando estreou como cantor de ópera, passando mais tarde a trabalhar em musicais da Brodway. (...)"
(http://4.bp.blogspot.com/_6c9PYRrTpGo/Sd5LuoON-PI/AAAAAAAAAK8/nSnrzCnJQMY/s400/canal+100.jpg)
"Ônibus Linha 416 Forte - Usina (RIO DE JANEIRO) da CTC Companhia de Transportes Coletivos (...)'
http://www.flickr.com/photos/selusava/3362837353/,
(http://www.davidicke.com/forum/showthread.php?t=11956&highlight=cologne&page=1985)
(http://www.amazon.com/Papa-Doc-Baby-Haiti-Duvaliers/dp/0631165797)
(http://www.sandrofortunato.com.br/salgo/)
Homenageando o respeitado ex-presidente do Botafogo, Mário Ney Palmeiro,
que pronunciou a famosa frase " Há coisas que só acontecem ao Botafogo", porque
o episódio a seguir relatado SÓ PODERIA ACONTECER NO BRASIL, e para
os atores Guy Williams e
Henry Calvin (nome artístico de Wimberly Calvin Goodman), com enorme
gratidão ao talento artístico desses competentes e éticos atores
que só nos trouxeram entretenimento e felicidade, UMA VEZ QUE,
como se sabe, A PESSOA DO ATOR HENRY CALVIN NADA TEM A VER
COM O INTERPRETADO PERSONAGEM 'SARGENTO GARCIA',
ALÉM DA SEMELHANÇA FÍSICA, aliás, ALÉM DA COINCIDÊNCIA FÍSICA,
MESMO ASSIM: APENAS QUANDO O SAUDOSO CALVIN ESTAVA
CARACTERIZADO DE GARCIA!
11.5.2010 - A vergonha foi imensa e tem gente que não gosta nem de tocar nesse assunto - Imagine-se a velhinha frágil que sai de casa, com sua bengala, para ir a um pacato cineminha e vai parar, na condição de suspeita de subversão da ordem pública, num quartel do bairro de Copacabana (Rio, Brasil), levada em ônibus regular. Como a sala de projeção estava lotada, para levar todos os "revolucionários vermelhos" foram utilizados ônibus de linha cujo ponto final fica no Posto 6, no final de Copacabana. Deseja-se esquecer fatos sombrios do passado do país, mas o problema é que o pessoal fica recontando à saciedade estórias como essa. Aliás, acho que daqui a mil anos vão continuar recontando esse episódio de um Brasil tão atrasado que a velhinha foi presa, junto com quem apenas vaiou um ditador. Eles (os ditadores) ensinavam, prendendo velhinhas, que não se deve vaiar um ditador, uma vez que - segundo eles - "contra a força não há resistência". Agora, a dinâmica das "recontações" de estórias pitoresco-infelizes mostra a eles que, quando se faz isso, fica-se contando e recontando estórias semelhantes. Parece exagero? Não, isso aconteceu. A-C-O-N-T-E-C-E-U. Aconteceu, mesmo. Aconteceu, mas vamos ver se nos próximos MIL ANOS, para felicidade geral na Nação, fatos dessa natureza NÃO MAIS ACONTECERÃO. Só depende de nossa vontade, de nosso patriotismo, de nossa dignidade - e do que terá restado de nossa seriedade existencial. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
RELATO QUASE INACREDITÁVEL APRESENTADO NO PORTAL PEDAGOGIA EM FOCO
"Ao surgir a imagem do presidente Costa e Silva no jornal cinematográfico Canal 100, este é vaiado pela platéia. Dentro do cinema havia um militar que telefonou pedindo intervenção ao Forte de Copacabana. Os ônibus que fazem ponto final próximo ao quartel foram requisitados e levados para a porta do Cinema Copacabana, onde a sessão foi interrompida e todos os espectadores presos e levados àquela guarnição militar".
(http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb10.htm; o grifo estava no original.)
(http://www.itapoanonline.com/main/blog/default.aspx?page=14)
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