Quem financiou o atentado de julho de 2010 em Zahidan (sudoeste do Irã)?
Por Flávio Bittencourt Em: 19/03/2011, às 23H33
[Flávio Bittencourt]
Quem financiou o atentado de julho de 2010 em Zahidan (sudoeste do Irã)?
Originária do Baluquistão, território paquistanês entre o Afeganistão e o Irã, e dirigida por Abdel-Malik Regi, a organização terrorista Jundullah mantém relações estreitas com os Estados Unidos desde o início de 2005.
FOTOGRAFIA DE WILSON PEDROSA, da AE:
Lula e Mahmoud Ahmadinejad, líder iraniano, durante encontro em Teerã
CAUSA OPERÁRIA online - INTERNACIONAL
"Presidente do Irã acusa EUA de terem financiado atentado
10h - 19 de julho de 2010
The U.S. has long been believed to be secretly funding separatist and radical groups to create chaos inside Iran in an attempt to pile pressure on the government to give up its nuclear programme.
CIA officials are helping opposition militias among the numerous ethnic minority groups clustered in Iran's border regions.
The controversial campaign involves dealing with movements that use terrorist methods in pursuit of their goals against the Iranian regime.
And recently ABC News uncovered more scandals involving the matter.
"He is essentially commanding a force of several hundred guerrilla fighters that stage attacks across the border into Iran on Iranian military officers, Iranian intelligence officers, kidnapping them, executing them on camera," Alexis Debat, a senior fellow on counterterrorism at the Nixon Center and an ABC News consultant, has been quoted recently as saying, in reference to Abdel-Malik Regi, alleged leader of Pakistani terror groups hired by the Central Intelligence Agency (CIA) to carry out a series of deadly terrorist attacks inside Iran.
The CIA is supporting and funding a group, called Jundullah, which includes members of the Baluchi tribe, and responsible for many terrorist acts and violence in Iran. They operate from Pakistan's province of Baluchestan, just across the border from Iran, and have carried out kidnappings and terror raids, in which scores of civilians’ lives in Iran were lost.
Soldiers and officials in Iran were also target of some of those attacks.
According to the ABC report, which cited U.S. government sources, the CIA has been in close contact with the terror group’s leader since 2005.
Regi has admitted to have personally executed some of the Iranian captives, according to the ABC News report.
Jundallah, a shadowy armed group, had been planning to assassinate Sunni and tribal leaders in an effort to spark tensions between the Shia and Sunni citizens in Sistan-Baluchestan province.
His groups has admitted carrying out an attack in the Iranian city Zahedan in February involving an explosive-laden car that ripped through a bus belonging to ground forces of Iran's Revolutionary Guards Corps, killing at least 11 people and injuring 31 others.
Following the attack, the semi-official Fars news agency, which cited an "informed source", reported that explosive devices and arsenals used in a terrorist attack in the southeastern Iranian city of Zahedan came from the United States
Also documents, photographs and film footage, showed that the explosives and arsenals used in the attack were American.
Iranian television had broadcast confessions by those responsible for the bus attack.
According to Pakistani government sources, the CIA’s covert terror campaign against Iran was on Vice President Dick Cheney’s agenda when he met with Pakistani President Pervez Musharraf two months ago.
The past year witnessed a series of attacks targeting ethnic minority border areas of Iran. Relentless violence, including bombing and assassination campaigns against soldiers and government officials, resulted in a chaotic situation in the country that left a negative impact on the image of the current government.
Aid to separatists and radical groups comes directly from the CIA's classified budget but is now no great secret.
Global Research Articles by Emile Tayyip
(http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=5325)
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O ESTADO DE SÃO PAULO,
(MAI. / 2010)
"Lula e Ahmadinejad reclamam nova ordem mundial
Brasil e o Irã assinaram memorandos relativos à cooperação comercial, troca de tecnologia e colaboração no terreno energético
Lula e Mahmoud Ahmadinejad, líder iraniano, durante encontro em Teerã
TEERÃ - Os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, concordaram neste domingo, 16, com a necessidade de uma nova ordem econômica e comercial no mundo que conceda mais peso aos países emergentes.
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Diferentes na forma, mas próximos no conteúdo, os dois fizeram um discurso parecido no encerramento de IV Fórum Comercial Irã-Brasil, realizado este domingo no centro de convenções da televisão nacional iraniana ("IRIB"), no norte de Teerã.
O Brasil e o Irã assinaram oito memorandos de entendimento, relativos à cooperação comercial, a abertura de linhas diretas de crédito, a troca de tecnologia e a colaboração no terreno energético e, em particular, no setor petroleiro.
Mais comedido, Lula ressaltou que a relação entre os dois países "é muito importante em um momento em que o mundo se encontra em transformação". "Uma nova geografia econômica e comercial que necessita de um sistema multilateral", baseado nas relações bilaterais e na diversificação, em que o eixo sul-sul deve desempenhar um papel chave, acrescentou.
Lula ressaltou que a abertura de um linha direta de crédito de 1 bilhão de euros a cinco anos entre os países foi o elemento central das negociações, que considerou proveitosas.
O objetivo é facilitar o acesso ao financiamento de empresas mútuas que queiram investir no Irã e no Brasil e conseguir assim intermediários de outros órgãos internacionais, explicou. "O Irã é um dos grandes mercados do mundo e nos últimos cinco anos se transformou em um dos principais mercados do Brasil no Oriente Médio. A crise não o afetou. Pelo contrário, podemos avançar muito mais", afirmou.
Ahmadinejad, por sua vez, chamou o sistema econômico atual de "inseguro" e também insistiu na "necessidade de substituí-lo por uma nova ordem econômica e monetária sustentada na justiça". "O sistema capitalista chegou ao seu fim, não só na cena econômica, mas também nos campos da política e da segurança mundial, e agora enfrenta sérios problemas", ressaltou.
Neste sentido, voltou a denunciar que "as políticas, as divisas e as infraestruturas dominantes perseguem o lucro de uma minoria de nações e transmitem os problemas dos países capitalistas aos países emergentes como o Irã e o Brasil".
Como solução, o líder iraniano propôs "a ampliação das relações bilaterais, que evitará estes problemas" e a necessidade de fixar "novos sistemas econômicos, novos pactos bancários e monetários fora do sistema dominante".
Ahmadinejad assegurou que o "Irã e o Brasil estão se transformando nos polos importantes do mundo" e ressaltou que com a ampliação das relações bilaterais "podem ter um papel determinante". "Devemos tirar os obstáculos alfandegários e melhorar nossos sistemas de transporte para potencializar e melhorar o comércio bilateral", concluiu.
O balança comercial entre o Irã e o Brasil é cifrada em torno dos US$ 1,5 bilhão, com trocas propícias com o Brasil que exporta, sobretudo, alimentos e maquinário.