Cunha e Silva Filho


        Se não incorro em erro, até agora três americanos de cor negra e um adulto foram assassinados pela polícia americana. Este número de homicídios já extrapolou os limites da violência e de ações bárbaras contra afro-americanos nos Estados Unidos. Algo não se está fazendo corretamente na administração da política da violência usada por policiais no país que não deveria permitir que tais crimes pudessem ser cometidos por aqueles que são pagos pelo Estado a fim de defender as pessoas independentemente da cor da pele. Na minha visão, essas ações são claramente ilegais e , com tal, devem ser punidas com o rigor da Justiça americana em cada estado.
     Um país cujo recorde de violência policial contra negros tem sido recentemente deplorável, num país sobretudo que já passou por derramamento de sangue em períodos históricos passados e que provocaram o estigma do racismo, da segregação social entre brancos e pretos, culminando na batalha contra o racismo.
     Esta batalha foi conduzida por eminentes homens como Martin Luther King e poucas outras figuras de destaque, que enfrentaram o mais detestável tipo de sentimento representado pelos males sociais produzidos pelo estigma do racismo, uma concepção fascista de valorizar seres humanos meramente pela cor da pele, a qual não se sustenta cientificamente.
    Julgo que já era hora de o Presidente Barack Obama  enfrentar  a questão  do racismo e da causa do negro  pobre americano, seja por ser mestiço, seja por ser ganhador do Prêmio Nobel da Paz, seja  por ser, assim, moralmente a pessoa mais proeminente para,  de um vez por todas,  procurar pôr cobro a este derramamento de sangue a que se tem assistido pelos  canais de TV do mundo inteiro.

    Obama está investido de todo o peso pessoa de sua influência e poder a fim de encontrar uma solução para as sucessivas mortes de negros no país que governa. Cabe a ele esforçar-se ao máximo com o apoio de importantes aliados líderes brancos com o objetivo de combater o racismo com pulso firme e com toda a autoridade que lhe outorga a Constituição americana.
   Sua biografia política será arranhada se houver desatenção dele sobre esta intrincada questão e estou certo de que ele não desejará isso para si. Notáveis homens, estadistas do passado, incluindo Abe Lincoln, demonstraram, através de suas magníficas biografias, que existem suficientes bons exemplos nos quais Obama pode se espelhar a fim de encontrar uma saída no que concerne a este sério problema. Num dos mais recentes pronunciamentos do Presidente Obama, ele pediu que a sociedade se “acalmasse” no que tange às mortes de negros, a meu ver, causadas por policias despreparados. Ele, por assim dizer, se encontra diante de dois dilemas: ou os EUA humanizam seus policiais, ou haverá seguramente dias de turbulência sem precedente pela frente.
  Por conseguinte, O Presidente Obama terá que fazer valer toda a sua autoridade punindo policiais criminosos em qualquer parte dos EUA. O que não pode persistir é a forma pela qual negros estão sendo fuzilados atualmente. Por motivos não claramente justificávaeis, um negro abordado deve merecer ser executado à queima roupa.Em sã consciência, esta não é a maneira correta de um policial atirar contra um suposto bandido. Até mesmo indiscutíveis criminosos devem merecer um tratamento consoante modos corretos de ação militar.
   Espero que o povo americano como um todo, pretos e brancos, juntar-se-ão nesta luta, é claro, por meios pacíficos, de mãos dadas com o Presidente Obama.Se a  a sociedade em bloco protestar contra a maneira selvagem - vergonha para os tempos modernos de uma nação civlizada que detém o primeiro lugar  na economia mundial -  - demonstrada na abordagem de alguns policiais de suspeitos meramente por serem negros e pobres, não tenho dúvida de que o problema terá efeitos favoráveis aos negros em geral.
  Desta maneira, somente a pressão da sociedade civil junto com a autoridade do Presidente dos EUA fará com que a violência contra negros melhore ou mesmo se reduza ao mínimo. A questão fica nas mãos do povo americano de bons sentimentos, os quais sabem que, somente pela paz o pais encontrara sua melhor e verdadeira atuação democrática.
  Creio que esta é uma das estratégias que deveriam de mediato ser implementadas na resolução da questão e assim evitar esses abomináveis ações desproporcionais de policiais em grupos procurando algemar um homem sozinho e desarmado gritando em desespero: “Não consigo respirar”, repetindo suas palavras sem a mínima reação de misericórdia da parte de corpulentos e ao mesmo tempo covardes policiais.
 Assim faleceu este homem negro, um cidadão americano com direito à mesma proteção dos Lei constitucional americana.Seu grito final e agonizante, “Não consigo respirar”, se dependesse deste colunista, bem deveria ser o lema emblemático ecoando por todo o país de George Washington e outros ilustres varões da América. Como escritor brasileiro, desta coluna envio minhas sentidas condolências à família deste inocente, talvez um entre outros na mesma situação.