[Flávio Bittencourt]

Poema do Dr. João Castello

Era cunhado de Carlos de Araujo Lima esse médico da velha guarda - morador, com esposa e filho, em Niterói -, que não escondia seu amor pelo Amazonas, por ele conhecido in loco.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/puc-rj-18-de-abril-de-2013-defesa-da-dissertacao-intitulada-ourico-da-castanha-do-brasil,236,8894.html)

 

 

 

 

 

                                                           

                                                                A JOÃO CASTELLO (tio Fovão) E SUA IRMÃ

                                                                RUTH CASTELLO DE ARAUJO LIMA,

                                                                MEUS TIOS POR AFINIDADE,

                                                                QUE INFELIZMENTE JÁ PARTIRAM,

                                                                EM MEMÓRIA

 

 

 

22.3.2014 - Nota deste compilador e divulgador - OBSERVE A LIBERDADE POÉTICA DE HAVER UM VERSO A MENOS NESSE SONETO-QUE-QUASE-DEIXA-DE-SER-SONETO... OU HÁ PROBLEMA (não acredito que tenha havido) NO MANUSCRITO DO AUTOR, CÓPIA MANUAL DE UM POSSÍVEL ORIGINAL, DIGAMOS, "COMPLETO", SE É QUE O LINDO POEMA ESTÁ INCOMPLETO (acho que não está, possivelmente, tornando - como foi criado - coerentes e bem-casados forma e conteúdo); no original, "Embarcações singrando num vai-e-vem sem fim" estão num só verso; observe que o 7º verso, 2ª ocorrência do vocábulo RIO, está "escorrendo", no poema, por entre MATAS e PRAIAS (de versos), digamos assim... (R. Jakobson, contaminação do significante pelo significado) e os "penedos" talvez sejam as barrancas que desabam nos rios amazônicos, criando novos paredões, que, às vezes, fazem aflorar relíquias líticas de nossos antepassados gloriosos, cerâmica indígena, urnas funerárias, muiraquitãs, tembetás etc.    F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

A Terra Grande

 

Na esplendorosa selva onde se encerra

O orgulho de uma nação inteira

Junto ao grande rio, maior da Terra

Um povo tem sua cidade à beira

 

Tu guardas com amor, ciosamente

Nas tuas matas, por certo alguns segredos

E o rio escorre, entre elas, mansamente

Deixando para trás as praias, os penedos

 

Embora caudaloso, é manso e belo

Embarcações singrando

Num vai-e-vem sem fim

 

Vão ligando tuas mais distantes zonas

Tu és na Terra um paraíso

Meu grande e belo Estado do Amazonas

  

                                    JOÃO CASTELLO,

                                    25.9.1963

 

 

 

PUC-RJ, 18 de abril de 2013: Defesa da Dissertação intitulada Ouriço da Castanha do Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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