Pesar: morre o escritor William Palha Dias

Por José Fortes Filho

Morreu nesta quinta-feira à noite (14), em Teresina (PI), de parada cardíaca,  o juiz, escritor e acadêmio William Dias, aos 93 anos de idade. Ele era membro da Academia Piauiense de Letras (APL), e ocupava a Cadeira 4 da Casa de Lucídio Freitas. Natural do município de Caracol (PI), William Palha Dias, residia em Teresina. Naceu no dia 17 de setembro de 1918; filho de Claudionor Augusto Dias e Leonor Palha Dias, Dias, era  casado e deixou seis filhos. Foi um dos fundadores da antiga Associação Profissional de Jornalistas do Piauí, transformada em sindicato da classe.

Foi advogado militante, tendo sido membro do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, no Piauí. Foi funcionário de Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí, onde foi assessor técnico. Membro da Academia Piauiense de Letras, Academia de Letras da Magistratura Piauiense, sócio do Instituo Histórico e Geográfico do Piauí e do Instituto Histórico de Oeiras, pertencendo, igualmente, à União Brasileira de Escritores – UBE-PI.Recebeu o título de cidadão honorário dos municípios de Cristino Castro, Pedro II, Regeneração e Teresina.

O acadêmico Palha Dias escreveu obras importantes da literatura piuaiense, entre as quais:, "Caracol na História do Piauí", (1959);  Endoema (1965); Vila de Jurema (1973); ...E o Sibarita casou... (1978); Os Irmãos Quixaba (1979); Mulher Dama, Sinhá Madama (1982); O Dia-a-Dia de Todos os Dias (1983); Alcorão Rubro (1994); Memorial de Um Lutador Obstinado (1997); Flagrantes do Quotidiano (1998); Papo-Amarelo – Drástica Solução (2000); São Raimundo Nonato - de Distrito-Freguesia a Vila (2001) e Marcas do Destino (2003).

Foi um pesquisador incansável. Foi contemporâneo e amigo de A. Tito Filho, Júlio Vieira, J. Miguel de Matos, Luiz Lopes Sobrinho, Josias Clarence Carneiro da Silva, Zenon Rocha, Gerardo Fortes Vasconcelos, José Lopes dos Santos, Clidenor de Freitas Santos, todos de saudosa memória.