Ao centro, o presidente da APL, Zózimo Tavares. À esquerda, a governadora do Piauí, Regina Sousa. À direita, o novel acadêmico Pe. Tony Batista
Ao centro, o presidente da APL, Zózimo Tavares. À esquerda, a governadora do Piauí, Regina Sousa. À direita, o novel acadêmico Pe. Tony Batista

DA REDAÇÃO

Em bonita e prestigiada solenidade, que contou com mais de 2 centenas de ouvintes, o Padre, Comunicador e Escritor Antônio Soares Batista, Tony Batista, tomou posse na cadeira 22 da Academia Piauiense de Letras, na noite de 01 de abril, no Auditório Dom Helder Câmara, em Teresina. A entidade é dirigida pelo jornalista e escritor Zózimo Tavares, em 2º mandato (2022-2023).

O novo ocupante da cadeira 22 fez oração híbrida, em que  o discurso religioso, por meio da homilia, somou-se ao memorialismo, para exaltar a esperança e a contribuição de nomes exponenciais do pensamento cultural do Piauí. Toda a sua fala foi uma louvação à fé, em oração repleta de imagens líricas que prenderam atenta plateia por toda a leitura.

O agora acadêmico Antônio Soares Batista recordou às imagens marcantes de sua infância na cidade natal. Nessas memórias, relatou vivências religiosas da meninice, descreveu traços da vida rural, dos costumes e de sua formação familiar na antiga São Pedro, no Médio Parnaíba, ressaltando os valores cristãos legados pelos pais Maria Soares Bonfim Batista (Maroquinha) e José Bonfim Batista.

Padre Tony Batista relembrou os 10 religiosos que ocuparam assento na Academia Piauiense de Letras. Em seu discurso, marcado por evidente tom de humanidade, o novel acadêmico detalhou a trajetória e contribuição social dos  ocupantes da cadeira 22, com destaque para o patrono Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco (1836-1887) e o último ocupante, o desembargador Nildomar da Silveira Soares  (1937-2021).

O novo acadêmico da cadeira 22 foi recepcionado em discurso pelo historiador e acadêmico Antônio Fonseca dos Santos Neto, 1º secretário da entidade. Prof. Fonseca Neto descreveu o significado de Pe. Tony para a vida do catolicismo e para a vida comunitária de Teresina nos últimos cinquenta anos, em oração repleta de associações históricas. Traçou ainda leitura das publicações de autoria de Batista, endossando a importância das memórias escritas por ele. Além disso, discorreu sobre as contribuições de Pe. Tony para os excluídos de Teresina.

A cadeira 22 da Academia Piauiense de Letras teve como imortais: 1º Ocupante: Luís de Moraes Correia (1881-1934); 2º Ocupante: José Pires de Lima Rebelo (1885-1940); 3º Ocupante: Júlio Antônio Martins Vieira (Martins Vieira) (1905-1984); 4º Ocupante: Gerardo Majela Fortes Vasconcelos (1919-2000);  5º ocupante: Nildomar da Silveira Soares (1937-2021).

O novo ocupante da cadeira 22

Padre Tony, 75 anos, veio ao mundo na cidade de São Pedro do Piauí. Migrou para Teresina na adolescência para dar continuidade aos estudos. A formação religiosa inicial obteve em Salvador-BA. O sacerdote especializou-se em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de Santiago, no Chile. Hoje, atua como vigário geral da Arquidiocese de Teresina e diretor da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

Obras publicadas

Entre as publicações de Pe. Tony Batista, sobressaem:

“Frutos de Fátima, uma Paróquia Santa”, obra sobre a primeira paróquia de Teresina à margem direita do rio Poty, na expansão da capital para a zona Leste;

“Memórias de um Peregrino”, registros de dezenas de 30 viagens suas à Terra Santa;

 “Padre Tony – o irmão mais velho” – autobiografia.

Acompanhe a solenidade, que foi transmitida ao vivo pelo canal da APL no You Tube: