Painéis murais de azulejos pintados à mão
Essa herança maravilhosa é oriunda de Portugal.
OVAR (Aveiro, Portugal)
(http://azulejaria.blogs.sapo.pt/175029.html)
(http://www.fisicohomepage.hpg.ig.com.br/ovr.htm)
(http://lucianonassyn.wordpress.com/2009/08/12/)
(http://materiashist.blogspot.com/,
onde se pode ler:
"Invasões Francesas,
A história começa com o Bloqueio Continental quando Napoleão Bonaparte tenta conquistar a Inglaterra por asfixia económica, mandando fechar todos os portos que comerciavam com os ingleses. Todos os paises aceitaram mas Portugal não, pois era um velho aliado.
Como Portugal não aceitou, sofreu 3 invasões. A primeira era comandada pelo general Junot, os portugueses vendo-se nestas situações pedem ajuda aos ingleses que enviam um exército comandado pelo Duque de Wellington.
As tropas anglo-portuguesas vão conseguir derrotar os franceses nas Batalhas de Roliça e Vimeiro. Junot é obrigado a assinar a paz na Convenção de Sintra e a sair de Portugal em 1808.
Mesmo assim Napoleão não desiste e em 1809 manda as suas tropas invadirem Portugal desta vez comandados por Soult. As tropas franceses encontraram uma boa defesa no Porto e acabaram por abandonar o país.
Em 1810 Napoleão faz uma 3.º invasão desta vez comandada por o General Massena conhecido por nunca ter perdido uma batalha, porém as tropas são reduzidas na batalha do Buçaco. Então quando avançam em direcção à capital ( Lisboa ), não conseguem ultrapassar as linhas de Torres Vedras e foram obrigados a retirar-se devido à forte resistência em 1811".)
CARTÃO POSTAL: PESCADORES DE NAZARÉ (PORTUGAL) DO PASSADO
(http://postaisportugal.canalblog.com/albums/region___leiria/photos/1555132-sep25631.html)
DIAS ATUAIS: PESCADORES DE OVAR PARTEM PARA EXTRAIR
DO FUNDO DO OCEANO O SUSTENTO DE SUAS DIGNAS FAMÍLIAS
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA LIDA:
http://noticiasdeovar.blogspot.com/2005_08_01_archive.html;
foto: Ovar News)
(http://absoluteegodance.home.sapo.pt/azulejos.jpg)
(http://media.photobucket.com/image/azulejos%20vanguarda/blogilhas/Azulejos-2.jpg)
"(...) Cada cidade [portuguesa] conta a sua história por mãos de artistas tendo predominância no Norte um gosto pelo relevo pronunciado, com contrastes de luz e sombra, tendo a cidade de Ovar predominância do azulejo de fachada. (...)"
(TRECHO DO ARTIGO ILUSTRADO ADIANTE REPRODUZIDO NA ÍNTEGRA)
Homenageando os pescadores, artistas plásticos, fabricantes e restauradores
de azulejos de Ovar - do presente e do passado - e
ao povo de Nazaré (Portugal), que tão bem recebe os turistas brasileros que por lá transitam
12.7.2010 - A produção portuguesa de belíssimos azulejos é, hoje, estudada até mesmo no campo da história econômica de Portugal, tão significativa foi a demanda por eles - Nos EUA, não se estuda economia sem levar em consideração a indústica cinematográfica daquele país. No Brasil, a indústria televisiva tem produzido lucros, em razão da exportação de telenovelas e outros programas de tevê a muitos países. O desing é avançado em cidades como Roma e Milão, na Itália. A França exporta moda. A música britânica, a partir do advento do fabuloso conjunto musical The Beatles, fez aumentar o PIB inglês. E Portugal, há séculos, criou uma indústria artística que salvou artesãos-antes-só-pescadores da fome, depois das pavorosas invasões napoleônicas (1807 - 1811): a produção artesanal de azulejos. A razão da procura comercialmente intensiva pelos azulejos portugueses pode ser explicada pela muito elevada qualidade estética dos desenhos feitos, à mão, nos azulejos. Técnica e invenção artística, ou, como escreveu Camões, ENGENHO E ARTE. Contudo, em Portugal, a proteção desse maravilhoso patrimônio artístico é mais eficiente nas grandes cidades. Na cidade (pequena) de Ovar, por exemplo - um verdadeiro "museu de painéis de azulejos a céu aberto" -, preocupa aos especialistas em conservação patrimonial-cultural a proteção dos painéis tais como aqueles cujas fotos, no artigo adiante transcrito, estão reproduzidas. A matriz dessa arte, que tornou-se expressiva no Brasil, está em Portugal, também em Ovar, que merece ser visitada. F. A. L. Bitencourt ([email protected])
Preservação patrimonial cultural
por MClara
"Assiste-se em Portugal a uma degradação e pouco esforço na preservação do património português fora das grandes cidades como Porto ou Lisboa do azulejo portugues.
Gostaria de abordar a pouca valorização do nosso património português a nível dos azulejos que compõe uma parte significativa das nossas fachadas na cidade de Ovar, azulejos estes que datam dos finais do Século XIX, na sua maioria.
Os azulejos tem na sua característica principal serem normalmente quadrados com uma das faces vidradas e decoradas, que revestiam tanto fachadas interiores como exteriores, e que em grande parte retratam a cultura e tradição do nosso povo, individualmente e colectivamente.
Arte decorativa que no caso de Ovar, ajudou a completar o orçamento familiar quando não se podia ir à pesca nos meses de Inverno e para ajudar a suportar o caos económico após as invasões francesas (1807-1811), tornou-se um conceito ligada à burguesia ao comércio e à indústria e por isso encontramos imensas fachadas em azulejo na cidade de Ovar em casas e estabelecimentos centenários, em grande parte degradadas e a necessitar de atenção urgente das entidades competentes.
Cada cidade conta a sua história por mãos de artistas tendo predominância no Norte um gosto pelo relevo pronunciado, com contrastes de luz e sombra, tendo a cidade de Ovar predominância do azulejo de fachada.
No entanto também se encontra muitos murais em fontes e igrejas distribuídas pelo conselho que retratam a faina da pesca ou outras actividades relacionadas com a pesca e o mar
Uma das características que trouxe o uso do azulejo para a cidade de Ovar foi regresso dos emigrantes oriundos do Brasil que nas suas casas imponentes , estilo colonial lançaram a “moda” dos azulejos.
O azulejo tornou-se parte da História de uma cidade e Ovar é rica nesse testemunho porque além de ser decorativa também tinha uma componente de permitir manter as fachadas das casas com um aspecto limpo e luminoso, além de ajudar a prevenir humidades e variações de temperatura.
Consequentemente assistiu-se ao florescer da indústria cerâmica devido à procura, no entanto não se perdeu a sua componente história porque passear hoje pelas ruas de Ovar é passear numa exposição de arte ao ar livre.
Ao longo dos últimos anos as pessoas começaram a valorizar este tipo de arte, e assiste-se hoje ao cuidado de reparar e conservar este tipo de arte, nascendo novas empresas e iniciativas que se dedicam ao estudo e conservação desse riquíssimo património nacional.
Em Ovar existe por exemplo o Atelier de Conservação e restauro do azulejo, e ainda bem que existem pessoas a manter e a preservar este tipo e arte.
Em lindos tons azuis e brancos e dourados, a maravilha de pormenor de murais, ou azulejos torna que esta tradição em Portugal seja de manter, cuidar e preservar para as gerações futuras."
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PESCA ARTESANAL EM OVAR, PORTUGAL
Postal de Ovar
A arte xávega
"A arte xávega é um dos mais antigos e característicos processos de pesca artesanal que, na praia do Furadouro e em outros do concelho vareiro, adquiriu particularidades específicas. Os seus elementos identificativos são inúmeros, começando pela embarcação usada – fundo chato, proa em bico elevado, decoração simples. Também a rede usada neste tipo de pesca possui características próprias, sendo constituída pelo saco (onde se acumula o peixe) e pelas cordas, cuja extensão varia conforme a dimensão da rede e dos lances.
A companha era geralmente composta por nove elementos: o arrais, à ré; três remadores, os que «vão de caras p’ró mar», no banco do meio; dois no banco da proa e dois no banco sobre a coberta.
Xávega é uma rede de pesca de arrasto que também se designa por rede varredoura.
A embarcação vai para o mar, é lançada a rede em círculo, iniciando-se o processo de arrasto, após o regresso à praia.
Amarravam-se os cabos de alagem a uma junta de bois e estes puxavam as redes. Hoje, a força animal foi substituída por tractores e os remos por motores, embora ainda hajam resistentes à tradição.
O barco sofreu diversas transformações ao longo da sua história. Hoje, continuam a ser construídos em estaleiros junto à Ria de Aveiro. O barco contemporâneo pode levar cerca de 8 a 12 homens. Pescam diariamente e sazonalmente, entre os meses de Março e Outubro.
Esta embarcação não possui leme, sendo orientada pelos remos, o seu fundo é liso, pois tem que se deslocar facilmente na areia por cima de toros de madeira.
Características actuais do barco:
- Comprimento 10 metros;
- Boca 2,9 metros;
- Pontal 1 metro;
- Cavernas 16;
- Remos (2) 8,4 metros.