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                                                                                                                                                    Reginaldo Miranda[1]

 

Um dos mais tradicionais vigários do norte do Piauí, foi o padre Domingos de Freitas Silva, educador de reconhecido talento e fundador da cidade de Piripiri, no norte do Estado.

Nascera esse religioso na vila de São João da Parnaíba, então pertencente à freguesia de N. Sra. do Carmo da Piracuruca, em dezembro de 1796. Filho do colonizador português e tabelião da vila de São João da Parnaíba,  Domingos de Freitas Caldas, natural da freguesia de Santa Maria de Infias, termo da vila de Guimarães, hoje integrada ao município de Vizela, no arcebispado de Braga e de sua segunda esposa, a pernambucana Rita Maria de Almeida, natural da freguesia do Sacramento de Santo Antônio do Recife, Bispado de Pernambuco; neto paterno de Francisco Gomes de Freitas e Teresa da Silva, ambos naturais da freguesia de São Miguel das Caldas de Vizela, arcebispado de Braga, daí o sobrenome adotado por Domingos de Freitas Caldas, ao chegar ao Brasil; neto materno do oficial de ourives Antônio Francisco de Almeida e de sua esposa Paula Ignacia da Silva, ambos naturais e moradores na referida freguesia do Sacramento de Santo Antônio do Recife[2].

Seus genitores foram casados em 12 de novembro de 1785, na igreja de Nossa Senhora da Graça, em Parnaíba, pelo padre Júlio Lopes de Matos, vigário da freguesia[3] e na presença das testemunhas capitão Domingos Dias da Silva e .... José Henrique. O genitor era viúvo por falecimento de Joana ... de Almeida, talvez irmã da segunda consorte. O pequeno Domingos, caçula daquele casal, foi precedido por quatro irmãos, a saber: José de Freitas Caldas, Catarina de Sena e Silva, Maria Rita da Silva e Bernardo de Freitas Caldas, este último substituiria o pai no tabelionato e foi figura de proa nas lutas pela independência do Brasil.

Foi batizado com o mesmo nome do genitor, Domingos de Freitas Caldas, somente mudando o nome na idade escolar, substituindo o Caldas, que não era de família, pelo Silva, de seu padrinho de batismo e de ambas as avós. A cerimônia foi celebrada em 7 de março de 1797, na mesma igreja em que se casaram os genitores, recebendo por padrinho o padre Henrique José da Silva. Foi celebrante o padre Antônio José de Sampaio[4], então vigário em Parnaíba.

Na vila de São João da Parnaíba, iniciou Domingos de Freitas os estudos iniciais, inclusive sob a direção do padrinho, que era professor de Latim e Gramática[5]. De inteligência invulgar, logo desperta no padrinho o desejo de fazê-lo seu sucessor na vida eclesiástica. Depois de convencer os compadres, genitores do afilhado, em cuja tarefa não teve dificuldades, até porque era comum famílias tradicionais encaminharem um filho para a vida sacerdotal, o padre Henrique José da Silva assumiu o custeio dos estudos do afilhado, que foi encaminhado para o Seminário Episcopal de Nossa Senhora da Graça da cidade de Olinda. Nessa altura o jovem estudante altera o nome de Domingos de Freitas Caldas para Domingos de Freitas Silva.

Foi aquele Seminário fundado em 16 de fevereiro de 1800, pelo Bispo Dom José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho, sobressaindo pelas inovações curriculares e metodológicas. Desejava Azeredo Coutinho que seu colégio fosse voltado para a educação da mocidade, regido nos estudos das virtudes e das ciências com particular cuidado, para ser um perpétuo Seminário de Ministros de Deus; visava instruir a mocidade no conhecimento das verdades da religião, na prática dos bons costumes, e nos estudos das artes e ciências necessárias para polir o homem e fazer ministros dignos de servirem à Igreja e ao Estado[6]. De fato, transformou-se em grande centro de saber, com renovação intelectual e método cartesiano, fomentando os primeiros movimentos de caráter liberal em nosso País. Ali se propagaram as doutrinas de Rousseau e Montesquieu, assim como as ideias de igualdade e liberdade inseridas na Constituição dos Estados Unidos e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, esta última advinda com a Revolução Francesa de 1789. Aquele Seminário formou sacerdotes com sólida cultura humanística. Pontificavam no magistério professores do porte de Manoel Antônio de Andrade, acobertado com a nomeada de primeiro latinista da diocese de Olinda; Miguel Joaquim de Almeida Castro, professor de Retórica; e padre João Ribeiro, todos republicanos e nacionalistas, que mais tarde se envolveriam na revolução de 1817.

Entre os alunos que abeberavam essas lições e discutiam as mais modernas doutrinas estava o parnaibano Domingos de Freitas Silva. Nesse clima, foi apanhado em 6 de março, pela Revolução Pernambucana de 1817, de caráter separatista e republicano, sacudindo Pernambuco e não deixando indiferente aquele centro de saber, cujo padre João Ribeiro era um dos líderes revolucionários. O seminarista parnaibano era simpático à causa e assim relata em carta data de 11 de março, ao padrinho:

 

“Prezado padrinho do coração. Participo a V. Mce, que no dia 6 do corrente, pelas duas horas da tarde houve um grande ataque ou guerra da nossa parte com os Europeus, não que fosse dedicada aos Europeus, e sim para nossa liberdade, para ficarmos livres do pesado jugo em que vivíamos, e sermos governados por nós mesmos.

'Principiou a guerra às duas horas da tarde e quando foi as cinco já estavam rendidos todos os Europeus, e foi morto o Brigadeiro[7] e mais algumas pessoas.O General foi para o Rio, este rendeu-se logo, de forma que ficou sendo nada. O Governo agora são cinco, e estamos todos em liberdade, não mando dizer o nome dos governadores e juntamente não participo mais nada por falta de tempo, o que farei em outra ocasião.

'Ah meu padrinho, isto é que foi alvoroço, eu fiquei morto porque era tanto o medo que não sabia o que fizesse, já ouvia o rebate, o grande tumulto, finalmente, para mim foi dia de juízo, e estamos à espera da revolução porque foi parte para o Rio. Toda guerra é feita para o fim da nossa Liberdade e não sermos governados pelos Europeus e sim por nós mesmos, dizem que é geral em toda parte. Falta tempo, e tenho pena não dizer o que presenciei. Os Europeus não são mais nada e estão muitos Oficiais presos, isto é Europeus, e hoje é uma grande alegria, só ouve-se gritar Viva a Pátria. Isto é que é povo. No segundo dia achou-se no Recife 130 homens armados para defesa da terra, isto tudo da nossa parte, porque os Europeus entregaram-se todos e correram para a nossa parte. A pena que tenho é que não sei quando me ordenarei com esta revolução, V. Mce, determinará o que hei de fazer. ‘

'De V. Mce., afilhado que muito lhe quer no coração.

'Domingos de Freitas Silva.

'Ao muito Reverendo Sr. Pe. Henrique José da Silva, meu padrinho e Snr. Parnahiba”[8].

 

Essa correspondência é um testemunho vivo daquele momento histórico e diz da ideologia e apreensões do jovem seminarista parnaibano. A Revolução Pernambucana não demora, sendo esmagada ao cabo de dois meses e meio, pelo monarca. Porém, o seminarista Domingos de Freitas muda-se para São Luís do Maranhão, onde alcança a ordenação sacerdotal, em 1821.

Retorna, então, para sua cidade natal onde inicia vida sacerdotal ao lado do padrinho[9] e exerce o magistério público ministrando aulas de língua latina[10].

Com as ideias hauridas no seminário pernambucano, o padre Domingos de Freitas Silva e seu irmão Bernardo de Freitas Caldas, estão entre os conspiradores que proclamaram a independência em 19 de outubro de 1822, na vila de Parnaíba. Por essa razão, foram obrigados a fugir na companhia do juiz de fora João Cândido de Deus e Silva e de outros líderes emancipacionistas, para a vila de Granja, no Ceará. Buscavam apoio daquela província e, ao mesmo tempo, fugiam do exército do governador das armas do Piauí, João José da Cunha Fidié, que partira de Oeiras para abafar a insurreição parnaibana.

Depois de consolidada nossa independência política, em 1823, assume o Padre Freitas, como era conhecido, a paróquia de Nossa Senhora do Carmo da povoação de Piracuruca. Para maior acomodação de seus interesses, fixa residência na vizinha fazenda Gameleira, onde comanda atividades agropecuárias. Não demorou a mandar buscar a jovem Lucinda Rosa de Sousa[11], por quem se enamorara e constituiria união estável, de que nasceriam cinco filhos. Ao contrário do que insinuam alguns escritores, nenhum motivo de natureza política determinou a mudança do Padre Freitas para Piracuruca, apenas razões de ordem pessoal. Assumiu aquela freguesia em meados de 1823, logo em seguida à consolidação de nossa independência política, sendo ele figura prestigiada no novo regime. Essa informação fica evidente na leitura dos livros eclesiásticos, a exemplo do óbito de Rosa Maria de Brito, lavrado em 24 de setembro de 1823, pelo referido vigário[12]. Ademais, era uma boa freguesia, mais antiga e tradicional do que a de Parnaíba, que dela foi desmembrada, sendo, assim, um ótimo lugar para exercer o sacerdócio. Também, relativamente perto da vila de Parnaíba, sua terra natal, onde moravam seus familiares. Por fim, sem vocação para o celibato e já com o coração arrebatado pela indicada jovem, morando em sua fazenda situada na freguesia de Piracuruca, cuja sede era uma pequena povoação, estaria mais à vontade para viver como melhor lhe aprouvesse.

No ano seguinte, com a Confederação do Equador, novamente o Padre Freitas se alia aos pernambucanos e participa da adesão de Parnaíba, que se dera em 25 de agosto de 1824. É importante ressaltar que naquela altura, a povoação de Piracuruca, embora sendo sede de freguesia, ainda pertencia ao termo da vila de Parnaíba, alcançando sua emancipação política somente em 1832. Um dos principais líderes daquele movimento rebelde foi José Francisco de Miranda Osório.

Em 3 de junho de 1839, faleceu na fazenda Gameleira, a companheira Lucinda Rosa de Sousa, cujo corpo foi sepultado na igreja matriz de Nossa Senhora do Carmo, na então vila de Piracuruca. No ano seguinte, muda-se para a vizinha fazenda Anajá, na mesma freguesia e inicia nova união estável, com Jesuína Francisca da Silva, de cujo companheirismo tem mais sete filhos. Nessa fazenda constrói casa, curral, capela, engenho e casa de farinha, destacando-se pela produção agrícola.

Em 1844, muda-se para o lugar denominado Piripiri, da fazenda Botica, que adquire por compra, fundando nova fazenda. Então, constrói casa que ficou conhecida por Casa-Grande dos Freitas, currais, cemitério e uma pequena capela[13] dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, às suas expensas.

Militante do partido liberal, nas eleições de 1848, candidatou-se a deputado provincial sem conseguir eleger-se[14].

Em 1855, o Padre Freitas dividiu as terras de sua propriedade em pequenos lotes, oferecendo-os a quem quisesse edificar, de cujo resultado nasceu florescente povoação. Por essa razão, em 1857, funda escola de primeiras letras e noções de língua latina, atraindo muitos alunos e mais moradores.

Em 19 de julho de 1858, “na qualidade de seu fundador”, ele assim se coloca, reivindica melhorias para “este lugar denominado Piripiri, outrora minha fazenda de gado”, colocado “em boa elevação pela posição pitoresca, e proporções vantajosas que oferece, tendo número crescido de moradores, e boas propriedades de telha, funcionários públicos, bem como subdelegado de polícia, e uma coletoria provincial”[15].

Em 1860, demarcou judicialmente e doou para patrimônio da Igreja, trezentas braças quadradas de terra, assim como dotou a capela de todas as alfaias e mais assessórios necessários ao culto divino. Por essa razão, prometeu o Bispo Diocesano do Maranhão, a cuja jurisdição eclesiástica pertencia o Piauí, a provê-la canonicamente tão logo a assembleia legislativa provincial a elevasse à categoria de capela curada ou de freguesia, nomeando vigário dela[16].

Sentindo o peso da idade e as responsabilidades com a família que constituíra, para ampará-los redige testamento em 5 de novembro de 1862, reconhecendo doze filhos:

 

“Nomeio e constituo por meus legítimos e universais herdeiros de todos os meus bens, depois de tirada a terça aos meus filhos que por tais reconheço, sendo Raimundo de Freitas, Domingos de Freitas e Silva, Porfirio de Freitas e Silva, sendo estes meus testamenteiros; Antônio Francisco de Sales, sendo estes cinco herdeiros contemplados, filhos de Lucinda Rosa de Sousa, já falecida; Henrique José de Freitas e Silva, de menoridade. Antônio de Freitas e Silva Sampaio, também de menoridade; Raimunda Francisca da Silva, Rita Maria de Almeida e Silva; Maria Justiniana da Silva, de menoridade; Umbelina Inácia da Silva, também de menoridade e Aurélio de Freitas e Silva, menor; estes sete herdeiros indicados, filhos da herdeira da terça de meus bens, a senhora Jesuína Francisca da Silva, que com os cinco mencionados filhos da finada, Lucinda Rosa de Sousa, preenche o número de doze herdeiros legítimos e universais de todos os meus bens, por isso os reconheço todos os de nome especificados”[17].

 

É importante ressaltar que, embora fosse público e notório, somente ao sentir aproximar-se da hora derradeira foi que o Padre Freitas reconheceu oficialmente seus filhos havidos em duas uniões duradouras. Provavelmente, demorou assim para não prejudicar sua ação sacerdotal, que exerceu até os últimos dias de sua vida. Conforme as provas analisadas, foi até o fim de sua existência, bem acolhido pela Igreja Católica. Aliás, esse comportamento não celibatário de alguns padres era comum naqueles dias, de que a Igreja fazia vistas grossas e a comunidade não se incomodava. Alguns anos depois, na vizinha freguesia de N. Sra. da Conceição das Barras, o padre José Marques da Rocha, também procurava o tabelião local para fazer testamento e reconhecer cinco filhos havidos com uma companheira.

Retornando ao testamento do Padre Freitas, ele assim dispôs sobre seus funerais:

 

“Meu corpo será sepultado na Capela de Nossa Senhora dos Remédios, ereta a minhas expensas caso faleça neste lugar de Piripiri por mim fundado; meu enterramento será feito com o acompanhamento de meus irmãos sacerdotes, que existirem no lugar(...). No dia de meu enterro darão meus Testamenteiros trinta mil réis de esmolas aos pobres, que acompanharem o meu corpo a sepultura, com igualdade, e mandarão dizer a missa de Corpo presente(...)”[18].

Em 1866, o padre Domingos de Freitas inscreveu-se no quadro de irmãos da Santa Casa de Misericórdia de Teresina[19].

Por fim, enfrentando “os achaques da idade, os sintomas de um câncer externo minando-lhe o organismo”, “a decadência física muito embora o espírito ainda não estivesse embotado pela arteriosclerose”[20], deu alma ao Criador em 27 de dezembro de 1868, vítima de hidropisia, com 72 anos de idade. Seu óbito foi assim noticiado no jornal do partido liberal, A Imprensa:

 

“No dia 27 do mês próximo findo faleceu na povoação do Peripery, termo de Piracuruca, o nosso respeitável amigo Revdo. Padre Domingos de Freitas e Silva, ardente sectário das ideias liberais e um dos veteranos da nossa emancipação política.

‘O ilustre finado foi o fundador daquela povoação, para cuja prosperidade contribuiu muito com suas luzes e nobres esforços.

‘É mais um distinto companheiro que cai, prostrado pela mão da morte, sempre inexorável!

‘Lastimamos profundamente o passamento de tão notável cidadão. Deus lhe queira dar um lugar condigno entre os bem-aventurados”[21].

 

No mesmo veículo de imprensa, também anotou um amigo cognominado “A Sentinela”:

 

“Às 2 horas da tarde do dia 27 do pretérito – faleceu na povoação do Piripiry – 2º distrito deste termo, o Revdo. Domingos de Freitas e Silva, vítima de uma terrível hidropisia que o havia ultimamente atacado.

‘Era, o ilustre finado, um sacerdote conceituado e distinto por seus robustos talentos literários, e maduros conhecimentos de teologia e moral.

‘Como político, foi sempre um fervoroso adepto das ideias liberais, e como cidadão – foi um dos heroicos veteranos da independência do Brasil.

‘Sua morte foi geralmente sentida e pranteada pela totalidade dos habitantes daquela povoação, da qual foi fundador, e principal motor do seu desenvolvimento moral e material. Perdeu o país –, um filho benemérito que tinha incontestável jus a sua gratidão, e o partido liberal, - um amigo sincero, leal e sempre constante.

‘À sua Exma. Família, apresentamos nossos sinceros pêsames”[22].

 

Seu filho Domingos de Freitas e Silva[23], no mesmo veículo de imprensa, agradece “sobremodo penhorado pelas demonstrações de apreço, e os elogios que a seu sempre lembrado e chorado pai se dignaram prodigalizar no jornal A Imprensa”[24].

Deixou o padre Domingos de Freitas Silva, doze filhos que lhe sobreviveram, sendo cinco com a primeira companheira, a saber: Domingos de Freitas Silva Júnior, Porfírio de Freitas e Silva, Raimundo de Freitas e Silva, Amélia Clemência da Silva e Antônio Francisco de Freitas e Silva. E sete com a segunda: Henrique de Freitas Silva, Raimunda Francisca da Silva, Antônio de Freitas Silva Sampaio, Rita Maria de Almeida e Silva, Maria Justiniana da Silva, Umbelina Inácia da Silva e Aureliano de Freitas Silva. É hoje numerosa e ilustrada a descendência do padre Domingos de Freitas Silva, tronco dos Freitas de Piripiri, muitos deles tendo se destacado no magistério, na magistratura, no jornalismo, nas letras, nas ciências e na política. O padre Domingos de Freitas Silva deixou seu nome gravado na ação apostolar e educacional que desenvolveu na freguesia de Piracuruca e na fundação da cidade de Piripiri, cujas ações resultaram no nascimento de uma das mais prósperas cidades do norte do Piauí. A escola por ele ali dirigida foi um farol a iluminar gerações e determinar marchas bem sucedidas.

 

 

 


[1] REGINALDO MIRANDA, advogado com mais de 30 anos de efetiva atividade profissional, cofundador e ex-presidente da Associação de Advogados Previdenciaristas do Piauí (AAPP), ex-membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI, em duas gestões, ex-presidente da Academia Piauiense de Letras, em dois biênios. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Autor de diversos livros e artigos. Possui curso de Preparação à Magistratura (ESMEPI) e de especialização em Direito Constitucional e em Direito Processual (UFPI-ESAPI). E-mail: [email protected]

[2] Habilitação de genere de Domingos de Freitas Silva. Câmara Eclesiástica de S. Luiz, 1821.

[3] Freguesia de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca. Parnaíba era a única vila piauiense que não era sede de freguesia, ficando a sede na povoação de Piracuruca.

[4] O padre Antônio José de Sampaio (primeiro do nome), nasceu e foi batizado na freguesia de Santo Antônio da vila de Campo Maior, no Centro-Norte do Piauí, ordenado em São Luís do Maranhão, onde estudou ao lado do irmão Manoel Thomaz Ferreira (primeiro do nome), que não seguiu vida sacerdotal. Eram filhos de Francisco Xavier de Santo Euzébio, natural do Bispado de Pernambuco e de Maria Barbosa de São José, natural da freguesia de Água Fria, no Arcebispado da Bahia, ambos residentes no termo de Campo Maior, onde viviam de suas fazendas; netos paterno de Manoel Duarte de Sampaio, natural do Bispado de Coimbra e de Ignez Rodrigues da Costa, natural do Bispado de Pernambuco, onde eram ambos moradores; netos maternos de Manoel Barbosa Ferreira do Rosário, natural do Bispado do Porto e de Catarina Pereira da Silva, natural da freguesia de Água Fria, Arcebispado da Bahia, onde residiram até mudarem para o termo de Campo Maior, no Piauí, onde vieram a falecer.

 

[5] MAVIGNIER, Diderot. Padre Domingos de Freitas Silva: de Olinda a Perypery. Portal Piracuruca, 30.12.2020.

[6] Estatutos do Seminário Episcopal de N. Senhora da Grasa da Cidade de Olinda de Pernambuco ordenados por Dom Joze Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, XII Bispo de Pernambuco do Conselho de S. Majestade Fidelíssima Fundador do mesmo Seminário. Lisboa, Na Typografia da Academia Real das Ciências, em 1798.

[7] Foi morto o Brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro, quando estava cumprindo ordens para prender o capitão José de Barros Lima, acusado de participar de uma conspiração.

 

[8] Documentos da Revolução de 1817 – Do Archivo do Barão de Studart. In: Revista do Instituto do Ceará, Ano XXXI. Fortaleza: 1917. Pag. 28-29.

[9] Em 2 de março de 1822, na igreja de N. Sra. da Graça, batiza um inocente sob licença de seu padrinho, o vigário encomendado Henrique José da Silva (Publicador Maranhense, 9.2.1864).

[10] Vida doméstica. Rio: Outubro, 1944.

[11] Para uns era ela do Recife, para outros natural de Parnaíba, da família Silva Henriques.

[12] Livro de Óbito n.º 3, da freguesia de N. Sra. do Carmo. In: LUSTOSA, Karithiane Karithiúce Haffizza Mil Medeiros. Domingos de Freitas Silva para além das rupturas e para toda a eternidade: o homem vestido de batina. Contraponto. Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da UFPI. Teresina, v. 3, n. 1, agosto de 2014.

[13] A casa e a capela foram os dois primeiros edifícios da futura cidade de Piripiri.

[14] O Governista, 4.3.1848.

[15] O Propagador, 19.9.1858.

[16] A Fé, 28.11.1865. Vida doméstica. Rio: Outubro, 1944.

[17] SANTANA, Judith. O Padre Freitas de Piripiri. Piripiri: Gráfica Ideal, 1984.

[18] SANTANA. Judith. Op. cit.

[19] A Imprensa, 1.9.1866.

[20] SANTANA, Judith. Op. cit.

[21] A Imprensa, 13.1.1869.

[22] A Imprensa, 20.1.1869. Embora o jornal anote Domingos de Freitas e Silva, seu nome correto era Domingos de Freitas Silva. Com a preposição era o nome dos filhos.

[23] Depois adota o nome de Domingos de Freitas Silva Júnior.

[24] A Imprensa, 3.6.1869.