Oscar mostra-nos a Eastern State Penitentiary da Filadélfia, Pensilvânia
Por Flávio Bittencourt Em: 21/08/2010, às 06H57
Oscar mostra-nos a Eastern State Penitentiary da Filadélfia, Pensilvânia
Mau Oscar é bom portal na web.
OS ATORES ESTADUNIDENSES TOM HANKS E DENZEL WASHINGTON,
TRABALHANDO (foto de cena, Filadélfia)
(http://www.uaa.alaska.edu/dss/information/reeleyes/reeleyes2010.cfm)
(http://www.clubedocolecionador.com/Figuras/carey.jpg)
(http://mauoscar.com/2010/07/19/a-primeira-penitenciaria-do-mundo-eastern-state-penitentiary-philadelphia/, onde se pode ler:
(...) Hoje, a prisão encontra-se num estado controlado de ruína o que torna o espaço ainda mais assustador. (...)"
OSCAR, do portal MAU OSCAR [O TEXTO ILUSTRADO POR VÁRIAS FOTOGRAFIAS ADIANTE ESTÁ TRANSCRITO, completo])
Featured LocationPennsylvania Hospital by B. KristAs the premier advocate for the region’s business community, the Greater Philadelphia Chamber of Commerce embraces a mission to promote regional economic growth, advance business-friendly public policy, and provide effective programs and services for its members. A private, not-for-profit organization, the Chamber unites members in 11 counties across three states with one vision. The Chamber is dedicated to supporting the growth of approximately 5,000 member companies through its collective influence on pro-business legislation at the local, state and federal levels, professional enrichment programs and cost-efficient benefits and services. With Mark S. Schweiker as President & CEO, the Chamber is recognized as a national leader for its effectiveness. As one of the country’s largest chambers, the Chamber hosts more than 150 programs and seminars annually in southeastern Pennsylvania, southern New Jersey and northern Delaware. Tailored programs are offered for a variety of small, large and mid-sized companies, including initiatives for women-, family- and veteran-owned businesses, entrepreneurs and young professionals, international and educational communities and business-to-business marketing opportunities. Visit us at greaterphilachamber.com" |
(http://www.film.org/film/shoot_in_philly/hospitality/greater_philadelphia_chamber_of_commerce.cfm,
sendo que, na segunda metade do século XIX, de acordo com o historiador José Loureiro [Cf. A grande crise, obra sobre o apogeu e o declínio da economia do Norte do Brasil, durante a época áurea da borracha e, a partir da segunda década do século XX, a débacle da economia baseada exportação da produção gomífera e de outros produtos do extrativismo florestal], a Câmara de Comércio da Filadélfia (EUA) premiou a Casa do Ayapuá [Estado Amazonas, Brasil], do clã amazonense dos Mello, de Manaus (parte da família Mello) e do Lago do Ayapuá (*) (várias pessoas daquela mesma família), em razão da elevada qualidade das castanhas-do-Brasil [brazilian nuts] que eram exportadas para os Estados Unidos e para Europa, numa época de grande fartura e felicidade)
(*) - AMANHÃ, NESTE MESMO ESPAÇO DE CULTURA E ENTRETENIMENTO, LEIA UMA ESTÓRIA DE CABOCLO DO INTERIOR DO AMAZONAS, RECONTADA PELO MESTRE DE GERAÇÕES AGNELLO BITTENCOURT (1876 - 1975) [http://pt.wikipedia.org/wiki/Agnello_Bittencourt], geógrafo e historiador manauara que, depois de ter morado no interior e trabalhado como professor primário em Ayapuá (final do século XIX), foi professor concursado - de Geografia - do Colégio Estadual, de Manaus, e diretor daquela tradicional Instituição, tendo exercido funções de relevo na administração pública amazonense, como, por vários anos, as de secretário estadual de Educação [Diretor Geral da Instrução Pública, como o cargo era denominado, na época] e, há um século, as de prefeito de Manaus; a primeira estória de caboclo, na versão do Prof. Agnello, que aqui foi transcrita, pode ser lida em:
21.8.2010 - Ninguém irá a todos os lugares - É por isso, também, que o portal MAU OSCAR é tão BOM: ele é generoso, muito informa e bem diverte. Obrigado, Oscar! F. A. L. Bittencourt ([email protected])
PORTAL MAU OSCAR
19.7.2010
"A Primeira Penitenciária do Mundo – Eastern State Penitentiary Philadelphia
No final de semana da independência dos EUA fomos até Philadelphia, onde entre outras coisas fomos visitar a Eastern State Penitentiary. Uma das prisões mais antigas e históricas dos EUA. Considerada por alguns como o primeiro edifício moderno da história dos EUA. Construída numa época que nem a Casa Branca tinha canalizações, a penitenciaria de Philadelphia foi construída com um sistema de aquecimento, água e esgoto em cada uma de suas celas. E que ainda abrigou alguns dos mais famosos criminosos americanos como “Slick Willie” Sutton e Al Capone.
A História desta penitenciária começa em 1787, cerca de quatro anos após a Guerra Revolucionária Americana, uma época em que os Estados Unidos era um país repleto de oportunidades e desafios. E nenhuma outra cidade deste país sentiu toda a efervescência deste período como Philadelphia, onde delegados se reuniam no Independence Hall para elaborar o que mais tarde se tornaria a Constituição deste país.
Neste mesmo ano, à cerca de alguns quarteirões de distância do Independence Hall, na casa de Benjamin Franklin, um outro grupo de líderes encabeçados por Benjamin Rush se reunia para debater um assunto totalmente diferente: a reforma das prisões.
Tudo isso motivado pela situação deplorável da Prisão em Walnut Street, localizada logo atrás do Independence Hall, onde homens e mulheres, adultos e crianças, ladrões e assassinos eram encarcerados juntos. Num local onde doença, estupro, roubo e morte eram ocorrências comuns sob a conivência dos carcereiros que faziam pouco ou nenhum esforço em proteger os prisioneiros uns dos outros. Ao invés disso, vendiam álcool, comida e vestuário. Não era raro ver prisioneiros morrendo de frio ou fome.
Tendo em vista estas condições sub-humanas este grupo de cidadãos interessados em resolver este assunto, auto-intitulado de Sociedade Philadelphia de alívio as misérias das prisões públicas, decidiu que isto não deveria continuar desta forma. E literalmente preparou o terreno para reforma do sistema prisonal não somente na Pennsylvania, mas também em todo o mundo.
Desde o seu início, a então colônia da Pennsylvania, estava determinada a ser diferente das outras colónias estadunidenses. Seu Fundador William Penn, que desembarcou nos EUA em New Castle em Delaware, levou seus valores religiosos protestantes de Quaker para a nova colônia. Que entre outras coisas evitava o código penal impiedoso praticado em grande parte da América do Norte Britânica fosse seguido à risca. Código este em que a pena capital era o castigo normal de uma série de crimes como, a negação de um “verdadeiro” Deus, o seqüestro e a sodomia.
A Pennsylvania por sua vez, baseou suas penas em trabalhos forçados e multas como o tratamento para a maioria dos crimes, enquanto manteve a pena de morte apenas para o homicídio. Mas quando em 1718 grupos conservadores assumiram o controle da Pennsylvania, eles acabaram com este sistema e passaram a incorporar as duras normas aplicadas em outros lugares.
Desta forma as cadeias simplesmente tornaram-se depósitos humanos, centros de detenção para os prisioneiros, à espera de alguma forma de punição corporal ou capital.
Apenas setenta anos depois alguma coisa foi feita no intuito de tentar acabar com este código penal. Quando o Dr. Benjamin Rush um proeminente médico, signatário da Declaração da Independência na Philadelphia e que mais tarde ganhou o título de “pai da psiquiatria americana” por sua inovadora observações sobre as “doenças da mente.” Teve a idéia em reformar o sistema prisonal da Pennsylvania.
Depois retornar aos EUA após uma temporada pela Europa em 1787 Rush e Benjamin Franklin entre outros intelectuais americanos contemporâneos proclamam que uma mudança radical não era necessária apenas na prisão de Walnut Street em Philadelphia, mas sim em todo o mundo. Eles estavam convencidos de que o crime era uma “doença moral”, e foi assim então que sugeriu a idéia da penitenciária como “casa de arrependimento”, onde os presos pudessem meditar sobre seus crimes, remorsos através de uma experiência espiritual e desta forma passar por uma reabilitação.
As primeiras alterações propostas e feitas na Prisão de Walnut Street, foram a separação por sexo e tipos de crime. Oficinas vocacionais foram instituídas para ocupar o tempo dos prisioneiros, e muito do comportamento abusivo dos oficiais foi abolido.
Mas como tais medidas não foram ainda suficiente para minimizar o elemento criminal uma população carcerária crescente como era a de Philadelphia. Surgiu assim a necessidade de um presídio em grande escala. Necessária para cumprir a missão da sociedade com o encarceramento dos indivíduos que representassem perigo para ela, onde o isolamento completo de cada prisioneiro precisaria ocorrer.
Como isso era impossível acontecer nas prisões superlotadas. Começou a ser construída em 1822 a Eastern State Penitentiary. O desenho escolhido, criado pelo arquiteto britânico John Haviland, era diferente de qualquer visto antes: Com sete asas com celas individuais que irradiam a partir de um hub central. Em que os presos teriam suas celas individuais e um pequeno pátio de sol.
O presídio foi inaugurado sete anos mais tarde em 1829 e provou ser uma maravilha tecnológica. Com aquecimento central, sanitários, duchas em cada cela privada. A penitenciária ostentava um luxo que nem mesmo o presidente da época Andrew Jackson poderia desfrutar na Casa Branca.
Charles Williams, um fazendeiro condenado a dois anos por roubo, foi o primeiro detento do lugar. Em 23 de Outubro de 1829, Williams foi escoltado para a prisão com uma venda sobre sua cabeça. Isso foi feito para proteger seu anonimato e uma eventual integração na sociedade após a libertação, já que ninguém iria reconhecer o rosto da prisão. Mas também serviu a outro propósito: assegurar que não haveria nenhuma chance de escapar. Uma vez que o detento não veria como era a prisão por fora, apenas o interior de sua cela individual.
O objetivo era a reclusão total, tanto que a comunicação com os guardas era feita através de um orifício de alimentação pequeno. Os presos viviam em completo isolamento, apenas com uma Bíblia como sua única posse, e com tarefas como calçados e tecelagem para ocupar seu tempo ocioso.
Os reclusos além de suas celas solitárias, tinham também acesso a um pátio privado (ao qual tinha acesso 1h por dia) e durante o tempo da sua pena não podiam se comunicar com ninguém! Total silêncio era a palavra de ordem. Os guardas usavam até meias por cima das botas para abafar o som dos passos.
Delegados de todo o mundo foram para Philadelphia para estudar o famoso sistema Prisional da Pennsylvania. Um deles elogiando o conceito, escreveu sobre a sua viagem de 1831: “Pode haver uma combinação mais poderosa para a reforma que a solidão?… leva prisioneiro através da reflexão de remorso, por meio da religião de esperança, torna-trabalhador por … ociosidade?
Ao todo, mais de 300 prisões em toda a Europa, América do Sul, Rússia, China e Japão se basearam no modelo da Eastern State Penitentiary. Mas alguns não estavam tão convencidos do método. Charles Dickens, depois de sua visita em 1842, disse que o isolamento era uma forma de os detentos premeditarem sua “vingança”no futuro.
A partir de 1913, o modelo teve que ser abandonado devido à falta de espaço. O sistema de isolamento passou a ser impossível de se manter e entrou em colapso. E, assim como a prisão de Walnut Street, a Eastern State Penitentiary foi condenada pelo rápido crescimento da população carcerária da Pennsylvania.
Presos passaram então a compartilhar celas, trabalhar juntos e, até mesmo jogar em esportes organizados. Originalmente concebida para armazenar cerca de 300 prisioneiros, na década de 1930 abrigava cerca de 2.000. Mais e mais celas foram construídas no decorrer do tempo, muitas delas abaixo do solo, sem janelas, luz ou esgoto. Eventualmente, a solidão não era a redenção, mas sim o castigo.
O local além de uma capela passou a abrigar também uma sinagoga. Inclusive nesta parte da visita descobrimos que em 1924 um labrador preto foi condenado a prisão perpetua nesta penitenciária acusado de matar o gato da esposa do governador da Pennsylvania. Cada uma!
Bem já na década de 1960, com o sistema penitenciário estadual desmoronando, os princípios corregionacionais já tinham sido abandonados havia muito tempo e a prisão estava superlotada e não demorou muito para algumas rebeliões despontarem. Todas controladas com força pela polícia do estado.
Uma coisa que me chamou a atenção foram as cerca de 100 tentativas de fuga na história desta penitenciária. Apenas um destes detentos conseguiu escapar sem ser recapturado, desta que foi construída para ser uma prisão à prova de fugas.
Em 1971, a Eastern State Penitentiary foi oficialmente fechada pelo estado da Pennsylvania. Ao longo dos seus 142 anos de existência, a penitenciária abrigou cerca de 75.000 presos, incluindo o famoso gangster Al Capone que além da fama, foi um dos únicos com certas regalias, incluindo mobília de luxo, ‘melhor’ localização e ‘serviços’.
Declarado um marco histórico nacional em 1965, a prisão foi aberta como um local histórico em 1994. Hoje nós turistas podemos caminhar sob as abododas e clarabóias do edifício em estilo neo-gótico, que uma vez que representou as ambições morais dos pais fundadores da América.
Hoje, a prisão encontra-se num estado controlado de ruína o que torna o espaço ainda mais assustador. É objeto de estudo por parte de muitos historiadores, é palco de intervenções artísticas e cenário de séries e filmes. Mas aberta aos turistas e consegue transmitir um pouco do que foi a vida dentro destes muros durante o seu mais de quase 1 século e meio de funcionamento.
Apesar de cobrar a entrada, o lugar é realmente muito interessante e tem um audio tour muito interessante, com relatos de guardas, médicos e reclusos que por lá passaram e relatam como era a vida dentro deste lugar.
Infelizmente, não conseguimos lugar para os tours especiais guiados sobre diferentes temáticas que geralmente acontecem de hora em hora, mas com lugares limitados. Mas estamos planejando voltar para uma atração que faz muito sucesso. Ou seja fazer uma visita noturna pela época de Halloween dentro deste lugar que para muitas pessoas é mal assombrado.
Embora visitar um lugar desses possa parecer esquisito, eu acho extremamente importante conhecer a história para se aprender com ela. É conhecendo um lugar assim ou visitando um campo de concentração que passamos de fato entender e aprender com o passado. Este é um dos mais interessantes monumentos para se visitar na cidade berço dos EUA, talvez porque aquelas paredes sem reboco ainda transpirem a história recente do lugar".
VISITE A FILADÉLFIA, NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA!
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