Os planos cinematográficos e o Efeito Kuleshov
Por Flávio Bittencourt Em: 13/02/2012, às 13H03
[Flávio Bittencourt]
Os planos cinematográficos e o Efeito Kuleshov
Os professores de cinema Caio Cesar e Guilherme Peraro ensinam os tipos de planos, o Efeito Kuleshov e outros elementos específicos da sétima arte.
A LENDÁRIA ATRIZ DE CINEMA
MARY PICKFORD:
(http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/c/chaplin12.htm)
O INVENTOR DA LINGUAGEM MODERNA DO CINEMA,
D. W. GRIFFITH:
(http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/c/chaplin12.htm)
(http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/c/chaplin12.htm)
O ATOR JOFRE SOARES INTERPRETA UM IMPLACÁVEL
DONO DE BANCAS DO JOGO-DO-BICHO, NO CLÁSSICO FILME,
DIRIGIDO POR NELSON PEREIRA DOS SANTOS, CUJO TÍTULO É
O AMULETO DE OGUM (1974) [AMBIENTADO NO RIO DE JANEIRO-RJ E
NA BAIXADA FLUMINENSE, NA MESMA UNIDADE DA FEDERAÇÃO]:
(http://cinediario.blogspot.com/2011/09/o-amuleto-de-ogum-um-dos-filmes-mais.html)
Akira Kurosawa, Francis Ford Coppola and George Lucas:
Akira Kurosawa, Francis Ford Coppola and George Lucas during the filming of Kagemusha.
(http://www.thisisnotporn.net/2012/01/15/akira-kurosawa-francis-ford-coppola-and-george-lucas/)
CÂMERA CINEMATOGRÁFICA (MARCA:
ARRIFLEX), USADA DURANTE A
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
(http://wichm.home.xs4all.nl/cinelist.html)
QUEM SÃO OS PROFESSORES DE CINEMA
CAIO CESARO E GUILHERME PERARO?
"Criamos [CAIO CESARO & GUILHERME PERARO CRIARAM] a Kinopus Audiovisual para ajudar a fazer um mundo melhor. E o ponto de partida é contribuir para que as pessoas sejam pessoas melhores. Cientes de que ver filmes diverte e transforma, à medida que provocam reflexão (quem nunca se pegou pensando em determinado tema depois de ter visto um filme?), decidimos que a nossa missão é produzir filmes e criar maneiras de acesso aos filmes.
Essa é a nossa estratégia para mudar o mundo.
Agora, saiba um pouco mais quem somos:
Caio Cesaro
Graduado em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Londrina (1995), mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero (2001) e doutor em Multimeios pelo Instituto de Artes da Unicamp (2007). É docente desde 1999. Tem experiência na gestão de acadêmicos e culturais, nas áreas do Audiovisual/Cinema e das Novas mídias. Coordena há 4 anos o setor de comunicação e circuitos da Programadora Brasil. Integra o Conselho Editorial da Revista Alterjor, vinculada ao Grupo de Pesquisa em Jornalismo Popular e Alternativo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Guilherme Peraro
Graduado em engenharia civil pela Universidade Estadual de Londrina/PR. É cineasta, diretor da Kinopus Audiovisual, criada em 2004. Viveu em diversos países, entre eles, México, Canadá, EUA, Nigéria, Qatar, Venezuela e Emirados Árabes Unidos. É organizador de mostras e festivais de cinema, tais como Mostra Londrina de Cinema (1999-2010), Festival da Lapa/PR (2005-2010) e Mapa-Piá – Mostra Audiovisual Paraná para Infância e Adolescência (2003 a 2005). Foi assistente de direção em diversos curtas-metragens (Cine Paixão, Saudade, Londrina em Três Movimentos, Haruo Ohara). Como produtor trabalhou nos curtas O Quinto Postulado e Satori Uso. Em 2001 dirigiu seu primeiro filme, Pressa."
(http://www.kinopusaudiovisual.com.br/informacao/cursos/introducao-a-linguagem-audiovisual/)
NELSON PEREIRA DOS SANTOS,
JOVEM:
HOMENAGEANDO O CRIADOR CINEMATOGRÁFICO BRASILEIRO
NELSON PEREIRA DOS SANTOS,
A QUEM SE DESEJA MUITA SAÚDE E
VIDA AINDA MAIS LONGA!
13.2.2012 - Caio Cesar, doutor pela Unicamp, e Guilherme Peraro, engenheiro pela Estadual de Londrina-PR, criador cinematográfico e produtor, ensinam os tipos planos, o Efeito Kuleshov e outros elementos específicos da sétima arte - Os tipos de planos cinematográficos e o célebre Efeito Kuleshov. F. A. L. Bittencourt (
OS PROFESSORES DE CINEMA
(colegas, portanto, de Nelson Pereira dos Santos,
que é professor aposentado do IACS/UFF -
Instituto de Artes e Comunicação Social da
Universidade Federal Fluminense)
ENSINAM, NO PORTAL
KINOPUS AUDIOVISUAL PONTO COM PONTO BR:
"CINEMA
Imagens em movimento
Um processo que se inicia na “Caverna de Platão”, passa pelas “Sombras Chinesas” e chega ao século XIX, quando experimentos com imagens móveis mostraram que, ao apresentar uma seqüência de fotos numa velocidade igual ou acima de 16 fotos por segundo, estas se fundiam, dando a impressão de ser uma única imagem contínua e ininterrupta.
A ilusão de movimento se deve aos efeitos combinados de duas propriedades da percepção humana – a persistência retiniana e o fenômeno Phi .
Em 1877, ao posicionar 24 câmeras fotográficas alinhadas em uma pista de jóquei clube, deixando os obturados de cada câmera conectados por um fio, Edweard Muybridge tornou-se o responsável pela primeira experiência com sucesso de fotografias em movimento.
Em 1888, George Eastman, produziu o filme em celulóide e mais tarde a emulsão gelatinosa. Foi Eastman o inventor do filme 35mm.
A busca da captação e projeção das imagens “animadas” era continuamente debatido nas revistas da especialidade. Descobertas parecidas eram feitas quase ao mesmo tempo, por mecânicos-fotógrafos de várias partes do mundo que se dedicavam a esse trabalho.
O cinematógrafo de Auguste e Louis Lumière surgiu com a vantagem indiscutível de ser o mais prático – e ter uma mecânica mais perfeita. Louis e Auguste Lumière inventaram o mecanismo de arrasto.
Os Irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895, fazem a primeira projeção oficial no Grand Café de Paris, mostrando registros que haviam feito dos funcionários saindo da fábrica, da chegada do trem e do jardineiro.
Os primeiros filmes eram em preto e branco, sem som, curtos e contínuos. “O Grande Roubo do Trem” (Edwin S. Porter, 1903), considerado o primeiro “western”, deu o passo inicial em direção a uma nova identidade no então recente terreno do cinema
Impressão de realidade
George Meliès, mágico e proprietário de circo, certo dia, havia deixado a câmera captando imagens da rua, a partir da sacada de sua casa. O resultado surpreendeu Meliès: em dado momento, o filme mostrava um ônibus que se transformava num carro fúnebre.
Uma linguagem
Aos poucos os homens de negócio foram percebendo o potencial da tecnologia do cinema. Muitos filmes começaram ser feitos. E, em 1915, com “Nascimento de Uma Nação”, de D.W. Griffith, surgia definitivamente a linguagem cinematográfica como a conhecemos hoje.
A próxima revolução do cinema se daria em 1927, com o lançamento do filme “O Cantor de Jazz” – o primeiro filme sonoro.
Os primeiros filmes mudos utilizavam uma velocidade de 16 ou 18 quadros-por-segundo. Com o surgimento do som, esta velocidade teve de ser aumentada para 24 quadros-por-segundo, em parte para atender às necessidades de qualidade da nova banda sonora.
O padrão de projeção tornou-se os 24 quadros-por-segundo. Portanto, o efeito de câmera lenta é conseguido ao captar imagens acima de 24 quadros-por-segundo. E, o efeito de câmera rápida de forma inversa.
A LINGUAGEM AUDIOVISUAL
Campo é aquilo que a câmera “vê”.
Quadro é o retângulo ou quadrado resultante na projeção sobre uma superfície plana (vídeo ou tela de cinema)
Enquadramentos
Plano é o enquadramento do objeto filmado, com a dimensão humana como referência.
Plano geral (PG) Abrange uma vasta e distante porção de espaço, como uma paisagem. Os personagens, quando presentes no PG, não podem ser identificados.
Plano de conjunto (PC) Um pouco mais próximo, pode mostrar um grupo de personagens, já reconhecíveis, e o ambiente em que se encontram.
Plano médio (PM) Enquadra os personagens por inteiro quando estão de pé, deixando pequenas margens acima e abaixo.
Plano americano (PA) Um pouco mais próximo, corta os personagens na altura da cintura ou das coxas.
Primeiro plano (PP) Enquadra o busto dos personagens.
Primeiríssimo plano (PPP)/Cloese/3×4 Enquadra apenas o rosto.
Plano de detalhe
Enquadra e destaca partes do corpo (um olho, uma mão) ou objetos (uma caneta sobre a mesa).
*inserts – importância deles
Posição de câmera
Plongée/Contra-plongée Câmera posicionada em nível mais ou menos elevado do que o objeto enquadrado, respectivamente (em francês: plongée = mergulho). Também conhecido como câmara alta e câmara baixa.
Movimentos
Panorâmica (pan) Rotação da câmera em torno de seu eixo horizontal (para cima e para baixo) ou vertical (para um ou outro lado).
(Tilt)
Chicote Uma panorâmica muito rápida.
Traveling Deslocamento da câmera. Pode ser para frente (in), para trás (out), para cima, para baixo, para os lados ou combinado.
Movimento de Lente
Zoom Alteração gradual, dentro de um mesmo plano, do ângulo de visão. Chama-se zoom-in quando este diminui e zoom-out quando aumenta.
Movimento de Câmera e Movimento de Lente
Traveling + zoom Combinação dos movimentos descritos acima, normalmente em sentidos inversos.
Pan + zoom Combinação dos movimentos descritos acima.
Plano Geral é o plano do contexto
Plano Médio é o plano do diálogo
Close é o plano da emoção
Movimentos = pan (prestar atenção na questão do foco)
A zoom, o ideal é sempre usar com panorâmica, senão, fica muito artificial.
Altura da câmera: a câmera normal é aquela que fica na altura dos olhos do ator a ser filmado. Câmera alta ou câmera baixa = relação com a câmera normal.
O travelling dá um charme à imagem. Se puder usar, é legal.
A grua é usada para sair de um plano fechado para um plano inesperado. Normalmente, é usada para início e final de filme.
Quebra de Eixo é o eixo dramático é estabelecido pela relação entre dois personagens que se olham frente a frente, por exemplo. É fundamental para situar o espectador espacialmente. Assim, a Quebra de eixo vem a ser o salto do ponto-de-vista de um lado para o outro do eixo dramático, que pode confundir o espectador. Portanto, deve ser usada com cuidado.
Profundidade de campo é a dimensão do campo no sentido do eixo de visão. Em ótica, diz-se do intervalo entre o ponto mais próximo e o mais distante cujas imagens podem ser vistas com nitidez. Em linguagem cinematográfica, refere-se à visão simultânea de ações que se desenrolam a diferentes distâncias a partir do ponto-de-vista (ver “Plano”).
Off é toda ação que se desenrola fora do campo, mas que pode ser percebida seja pelo som, seja pelos seus efeitos visíveis causados nos elementos em campo.
Sintaxe
Plano É a unidade significante mínima do filme. Entende-se por plano o trecho contínuo de filme contido entre dois cortes consecutivos.
Cena Pode ser composta por um ou mais planos. São agrupados em uma mesma cena os planos que têm uma continuidade temporal e espacial entre si.
Sequência Pode ser composta por uma ou mais cenas. Define-se pela continuidade da ação.
Plano sequência Uma sequência sem cortes.
Montagem paralela Intercala planos de sequências que se desenrolam simultaneamente, mas em espaços diferentes, normalmente convergindo para um encontro no final.
Relações entre planos
Campo/contra-campo Alternância de planos orientados no mesmo eixo dramático, mas em sentidos opostos. Ver “Eixo (quebra)”.
Efeito Kuleshov Justaposição de planos com o poder de criar uma nova significação, inexistente nos planos isolados. O termo foi criado a partir de um experimento do cineasta russo Lev Kuleshov (1899-1970) em que um mesmo plano de um ator (Mosjoukine) com expressão neutra era alternado com planos carregados de diferentes significações afetivas (criança= “ternura”; mulher num caixão= “tristeza”; prato de sopa: “apetite”), que “contaminavam” a interpretação dos espectadores, fazendo-os acreditar que sua expressão havia mudado.
Estilística (figuras de linguagem)
As mais importantes são:
Elipse Supressão de um intervalo temporal e/ou espacial, que fica subentendido.
Metonímia Recurso em que o todo é representado pela parte, o grupo pelo indivíduo, a causa pelo efeito, etc.
Gradação Variação gradual ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) na intensidade dramática.
Transição de Planos
Corte seco
Fusão
Fade (in) (out)"
(http://www.kinopusaudiovisual.com.br/informacao/cursos/introducao-a-linguagem-audiovisual/)
O MULTIPREMIADO PROF. NELSON PEREIRA DOS SANTOS,
ÚNICO CINEASTA A OCUPAR UMA CADEIRA NA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS:
(http://www.festivalverefazerfilmes.org.br/2008/?pid=6)