Não existe o mundo dos vivos e, na outra margem, o mundo dos mortos. Trata-se de um mesmo estado do ser, esquecido, ao qual já não temos acesso. A morte leva-nos de novo ao Presente eterno do mundo, ao seu começo que não acaba.

A morte envia-te sinais — sonhos, obsessões, encontros, visões. Aprende a decifrá-los. É assim que ela se faz conhecer. Habitua-te à morte, e a amargura tornar-se-á doçura.

O que é que não muda, e que a morte reencontra? A luz do Ser — a da Origem.

A meditação permite-te ouvir a palavra do silêncio, discernir a sua Clara-luz, no interior de ti. Essa visão não será possível se estiveres numa atitude sonolenta, que provoca o devaneio. Senta-te para meditar, com o busto direito, como uma árvore, com os olhos fechados, na posição do vigilante.

DUGPA RINPOCHÊ