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[Flávio Bittencourt]

Os monges tibetano-budistas Gyuto

Youtube.

 

 

 

 

 

 

"Buraco negro gigante confunde cientistas

Descoberta contradiz atuais modelos de crescimento de formações que ocupam centro de grandes galáxias

BBC |

BBC

Andrew Fabian/NASA/PA
Buraco Negro da NGC 1277 foi observado de um telescópio no Texas

Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se dedicam a vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares.

Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante - o segundo mais pesado já observado da Terra - em uma galáxia menor até do que as que costumam abrigar formações desse tipo, bastante modestas.

Veja imagens do espaço

A galáxia NGC 1277, tem só um quarto do tamanho da Via Láctea, onde fica a Terra. No entanto, ele abriga um buraco negro 4.000 vezes maior do que a formação que se localiza no centro da Via Láctea - o buraco negro conhecido como Sagitário A.

Além disso, tem uma massa cerca de 17 bilhões de vezes maior que a do nosso sol.

A descoberta contradiz os atuais modelos de crescimento dos buracos negros, que sustentam que eles evoluem juntamente com as galáxias em que se encontram.

Medir a massa de buracos negros é um processo complicado. Para fazer isso, os astrônomos observam sua "esfera de influência" - ou os efeitos gravitacionais que eles provocam nas nuvens de gás e nas estrelas que estão a sua volta.

No caso do Sagitário A, a massa é calculada com base na identificação de estrelas individuais. Mas para os mais de 100 buracos negros que já foram observados em outras galáxias, é feito uma estimativa aproximada a partir da velocidade de "dispersão" das estrelas que estão em suas imediações.

As observações do buraco negro da NGC 1277 foram feitas pelo telescópio Hobby-Eberly, localizado no estado americano do Texas, como parte de um projeto no qual estão sendo observadas 900 galáxias.

O astrônomo Remco van den Bosch e seus colegas ficaram surpresos ao se dar conta que grandes buracos negros poderiam ser encontrados em pequenas galáxias.

Formações densas
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma força gravitacional fortíssima que atrai e "engole" até a luz que está a seu redor.

Um "buraco negro médio" poderia ter uma massa equivalente a 1.000 sóis, mas ser menor que a terra.

Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as grandes galáxias.

A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio Hubble.

"Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)", explicou Van den Bosch à BBC. "É como montar um quebra-cabeça, analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do telescópio)."

Com tais cálculos, a equipe descobriu que o buraco negro da NGC 1277 era tão grande quanto o nosso Sistema Solar e concentrava cerca de 14% da massa de sua galáxia.

"Essa é a única maneira em que você poderia ter esse padrão de dispersão das estrelas: com um buraco negro muito grande (no centro da galáxia NGC 1277)", disse Van den Bosch.

A equipe também observou outras cinco galáxias pequenas que também poderiam ter buracos negros gigantes em seu centro.

A observação da NGC 1277 poderia ajudar os astrônomos a entenderem como os buracos negros evoluem.

"Essa galáxia parece ser muito antiga", disse o Van den Bosch. "De alguma forma, seu buraco negro cresceu rapidamente há muito tempo, mas desde então está estabilizado, sem formar mais estrelas."

'Estamos tentando descobrir como isso acontece. Ainda não temos resposta para esse problema, mas é isso que é interessante', completou o astrônomo."

(http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-11-29/buraco-negro-gigante-confunde-cientistas.html)

 

 

 

 

"A LUZ NEGRA DO SOM DO ÓRGÃO DO UNIVERSO

pelo Professor Doutor Rogel Samuel, da UFRJ

 
       "Sim, o som grave desses monstros do universo puderam ser ouvidos. No dia 9 de setembro se dizia: “Buracos negros cantam”. No centro da galáxia de “Perseus” (o nome já indica) há um enorme buraco negro, cuja massa talvez seja 2,5 bilhões de vezes maior que a do Sol. Os “Buracos negros” possuem tal densidade, tal força de atração, que sugam a luz ao seu redor, e por isso se chamam “negros” a esses “buracos”, a essas cavidades espetaculares. Eu fico imaginando o Universo como um gigantesco órgão, emitindo um som grave, profundo, “cerca de 57 oitavas abaixo da nota dó que fica no meio do teclado dos pianos, freqüência 57 bilhões de vezes mais profunda do que os limites da audição humana, um ruído muito aquém do que o ouvido humano pode captar”. “As imagens obtidas com os dados do observatório Chandra mostram duas cavidades enormes - em forma de bolhas - com cerca de 50 mil anos luz de largura, saindo do centro do buraco negro.”
Um ano-luz equivale a 9,45 trilhões de quilômetros. Andrew Fabian, do Instituto de Astronomia de Cambridge, na Inglaterra, disse que as ondas são causadas pelo encolhimento e aquecimento ritmado do gás cósmico, provocado pela intensa força gravitacional que mantém as galáxias aglomeradas.
       O som grave que esses monstros do universo emitem podem ser comparados aos cânticos e mantras que no budismo tibetano são entoados, no limite extremo do som baixo da garganta humana, para os chamados dharmapalas, os protetores do dharma, como os mahakalas. Pasolini usou essas músicas soturnas no seu filme com Maria Callas, a “Medeia”.
       A lenda, que  faz das práticas desses protetores um som tão grave, diz o seguinte: certos monges rezavam a um mahakala durante muito tempo e nenhum sinal de sua presença ocorria. Então eles recorreram a um mestre que lhes disse para entoarem num tom bem grave, som de leão, de dragão, e assim ocorreu. Alguns monges cantam mahakala com o som da inspiração, e não com a expiração da voz.
       Havia cerca de 100 mahakalas no mundo antigo da Índia medieval de onde tudo veio. A lenda diz que os mahakalas (ou grandes negros, daí a lembrança), existiam antes de nossa era, de nosso kalpa, ou eon. Um kalpa é o tempo em que este universo aparece (ou explode) e desaparece.
Há muitas eras atrás, havia um poderoso demônio que matava e comia os seres humanos de sua época e punhas suas cabeças num colar de cabeças decepadas com que se enfeitava. Os budas se compadeceram dos seres e se reuniram para ver o que podiam fazer. Resolveram destruir o demônio.
Depois disso, viram que ele iria renascer ainda mais furioso por isso. Assim, resolveram pacificá-lo. Assim nasce a lenda de um dos mahakalas que protegem até hoje os praticantes nyngmas do budismo tibetano.
       É possível ouvir esses cânticos em CD e até pela Internet. São soturnos e belos, entoados por monges nos mosteiros. Os melhores são os do mosteiro Gyuto, do Dalai Lama.
 
       Sim, o som grave que esses monstros do universo emitem puderam ser ouvidos."
 
(http://www.portalentretextos.com.br/colunas/cronica-de-sempre/a-luz-negra-do-som-do-orgao-do-universo,189,8395.html)
 
 
 

 

 17.12.2012 -  Buracos negros cantam  - Ensina o Prof. Dr. Rogel Samuel que "(...) O som grave que esses monstros do universo emitem podem ser comparados aos cânticos e mantras que no budismo tibetano são entoados, no limite extremo do som baixo da garganta humana, para os chamados dharmapalas, os protetores do dharma, como os mahakalas (...)".  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

The Gyuto monks - Tibetan tantric choir,

Youtube:

 

 

 

 

"Gyuto

 

Vue des batiments de l'université de Gyuto à Sidhbari, en Inde
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intérieur du monastère (Gyuto, Sidhbari, Inde)
 

Gyuto (aussi écrit Gyütö ou Gyüto) est un établissement monastique appartenant à l'école Gelugpa du Bouddhisme tibétain. Il fut fondé en 1475.

Les moines de Gyuto sont célèbres pour leur tradition de chant diphonique, qui a atteint une renommée en Occident depuis la publication de l'enregistrement en 1978 réalisé par David Lewiston, et en 1990 par Windham Hill Records.

Sommaire

Monastère en Inde

Un monastère de Gyuto a été refondé en Inde, près de Sidhbari, qui est la résidence temporaire du 17e Karmapa, Orgyen Trinley Dorje1.

Films

  • 1974 - Tantra Of Gyüto: Sacred Rituals Of Tibet. Dirigé par Sheldon Rochlin et Mark Elliott.
  • 1989 - The Gyuto Monks: Timeless Voices

Liens internes

Références