Obituário: Reynaldo Jardim, aos 84 anos, em Brasília
Por Flávio Bittencourt Em: 02/02/2011, às 09H22
[Flávio Bittencourt]
Obituário: Reynaldo Jardim, aos 84 anos, em Brasília
Está de luto uma sociedade que existe no Distrito Federal, a dos amigos do grande Rey.
"COMOVIDAS CONDOLÊNCIAS À FAMÍLIA DO DR. REYNALDO JARDIM,
QUE CONHECEU MANAUS - PARA FAZER UMA DAS REFORMAS GRÁFICO-VISUAIS
POR QUE PASSOU O JORNAL A CRÍTICA -, INDO POR UM NAVIO DA ENASA DE BELÉM
ATÉ A CAPITAL BARÉ (foi o que ele nos contou em sua casa, no Condomínio Villages Alvorada,
na Capital Brasileira), uma vez que R. Jardim tinha medo de avião: conclui-se que ele foi de
Brasília até Belém por terra"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
Blog de JOÃO LIMA PINHEIRO,
sobre a frota amazônico-fluvial da ENASA
"Sábado, 20 de novembro de 2010
"Frota Branca"
MARCOS MASSOLINI, no blog ALMANAQUE DO MALU
"10 de março de 2010
Baú do Malu 21 - Primeiros números da Revista Senhor (1959)
Acima, três exemplares do meu acervo ( nº 1 de março de 1959, nº5 de julho de 1959 e nº 10 de dezembro de 1959).
HOMENAGEANDO A MEMÓRIA DO EMINENTE
DR. REYNALDO JARDIM (1926 - 2011) E
ABRAÇANDO FRATERNALMENTE, CHORANDO,
SUA SENHORA E SEUS FILHOS, QUE UM DIA CONHECI
2.2.2011 - Em janeiro houve uma tragédia de enormes proporções, no interior do Estado do Rio - Agora, acontece o falecimento de Reynaldo Jardim. Não começou bem o ano de 2011 para o Brasil e para os brasileiros. Espera-se que esse quadro se reverta, para que calamidades parem de acontecer, se Deus assim permitir. "Reynaldo Jardim morreu"? VIVA O REY, caramba! F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Reynaldo Jardim morreu! Viva o Rey!
A Velha Guarda lamenta informar que faleceu nessa terça-feira à noite, por volta da meia-noite, o poeta e jornalista Reynaldo Jardim, 84, em decorrência do rompimento de um aneurisma abdominal.
O velório ocorrerá entre as 15h e 18h na Capela 6 do Cemitério da Esperança, onde ele será enterrado em seguida.
Reynaldo deixa a esposa, Elaina Maria Daher, os três filhos do casal, Rafael, Gabriel e Micael, e a filha Teresa, de seu primeiro casamento.
Do site do poeta Antonio Miranda (www.antoniomiranda.com.br) extraímos os seguintes dados biográficos de Reynaldo Jardim:
Reynaldo Jardim nasceu em São Paulo no dia 13 de dezembro de 1926.
Entre outras atividades profissionais, participou, nos anos 50, da Reforma do Jornal do Brasil – onde criou e editou o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o Caderno de Domingo e o Caderno B. Ainda no mesmo grupo, dirigiu a Radio Jornal do Brasil O Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o SDJB, passou de páginas de receitas de bolo ao mais importante suplemento literário de poesia concreta do Brasil, por onde passaram críticos e escritores de grande nome, como Oliveira Bastos, Mário Faustino, entre outros. Antes disso, fora redator das revistas O Cruzeiro e Manchete, exerceu cargos de chefia na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mauá, na Rádio Globo e na Rádio Nacional, todas no Rio de Janeiro, e na Rádio Excelsior de São Paulo.
Ao se demitir do JB, em 1964, Reynaldo Jardim continuou a exercer atividades de grande destaque na imprensa do Rio de Janeiro: foi diretor da revista Senhor e diretor de telejornalismo da recém-inaugurada TV Globo. Já em 1967, criou o jornal-escola O Sol (1), sem dúvida um marco na história da imprensa brasileira, com textos criativos e projeto gráfico inovador. Dirigiu o Correio da Manhã no período de 1967 a 1972. Trabalhou em diversas capitais brasileiras até chegar a Brasília, em 1988.
Realizou, também, reformas gráficas em jornais de diversas capitais do Brasil, como A Crítica (Manaus, Amazonas), O Liberal (Belém, Pará), Gazeta do Povo (Curitiba, Paraná), Jornal de Brasília (Brasília, DF) e Diário da Manhã (Goiânia, Goiás). Em Brasília, foi editor do caderno Aparte, do Correio Braziliense e diretor executivo da Fundação Cultural do Distrito Federal.
Tem dez (2) livros de poesia publicados, entre eles Joana em Flor e Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha. Seu mais recente livro A Lagartixa Escorregante na Parede de Domingo. Como poeta compulsivo, Reynaldo Jardim manteve a única coluna diária de poesia em jornal, no Caderno B do Jornal do Brasil de 2004 a 2006, quando a coluna passou a semanal. Em 1968 havia tido a mesma experiência, de um poema por dia, no Jornal de Vanguarda, exibido pela TV Rio quando, ao vivo, comentava em versos o acontecimento mais importante do dia.
(1) A história do jornal, pioneiro da imprensa alternativa brasileira, foi contada em filme documentário dirigido por Tetê Moraes e Martha Alencar, com depoimentos de grandes figuras de destaque no cenário cultural da época, como Ziraldo, Zuenir Ventura, Arnaldo Jabor, Chico Buarque, Caetano Veloso, Carlos Heitor Cony e Fernando Gabeira.
(2) No ano passado, Reynaldo ganhou o Prêmio Jabuti, tendo sido classificado em segundo lugar na categoria poesia pela Câmara Brasileira do Livro.
(http://www.brasilcultura.com.br/sociologia/reynaldo-jardim-morreu-viva-o-rey/)