O santo fundador da Ordem dos Pregadores
Por Miguel Carqueija Em: 18/12/2016, às 09H32
Miguel Carqueija
Reseha da quadrinização “História de São Domingos de Gusmão” – Revista Série Sagrada 52, dezembro de 1957. Editora Brasil-América Ltda. (EBAL), Rio de Janeiro-RJ. Orientação do Cônego Antônio de Paula Dutra.
Antigamente as bancas brasileiras eram muito mais saudáveis: jornais e revistas bem melhores que o material hoje encontradiço.
A “Série Sagrada” era uma excelente revista em quadrinhos, das muitas — infantis, juvenis, adultas e “para todas as idades” — que a EBAL então distribuía. E o prestígio da EBAL era imenso.
Neste número 52 lemos a história de São Domingos de Gusmão, um dos maiores santos da Igreja Católica e fundador da Ordem dos Pregadores (ou Dominicanos).
Nascido em 1170 na povoação de Calewega, província de Burgos (Espanha), filhos de pais exemplarmente católicos e com dois irmãos, Domingos foi precocemente piedoso e profundamente estudioso. Segundo o texto da HQ, quando já rapaz e após completar o curso de humanidades em Palência, ele decidiu tornar-se sacerdote e “quatro anos se aplicou com tal ânsia de aprender, que passava as noites desperto...”
Logo ele se destacava por seu espírito de caridade, a ponto de vender os próprios livros para ajudar os pobres.
Ao longo das 32 páginas de quadrinhos tomamos conhecimento dos prodígios que acompanharam a vida deste grande santo que veio a falecer em 6 de agosto de 1221, após estenuantes trabalhos pastorais e tendo obtido, junto com seus sucessores, a conversão de mais de cem mil herejes.
Um dos citados prodígios foi a ressurreição de um jovem morto numa queda de cavalo. Em outra ocasião vários herejes o desafiaram a lançar seus escritos ao fogo. Domingos o fez, e eles não queimaram. Como então não se converter?
São Domingos foi canonizado em 11 de julho de 1233 pelo Papa Gregório IX: seu dia é comemorado em 4 de agosto. A ordem dominicana — ou dos pregadores — como o nome diz, tem como foco a pregação da Palavra de Deus, da sã doutrina católica, e hoje está espalhada em todos os continentes.
A biografia quadrinizada, e aqui resenhada, baseia-se em traços simples e facilmente compreensíveis, e muitas legendas explicativas acompanham os diálogos.
A “Série Sagrada” é uma revista que deixou saudades.
Rio de janeiro, 31 de dezembro de 2014 a 15 de janeiro de 2015