O primeiro-ministro Georges Clemenceau
Por Flávio Bittencourt Em: 03/10/2011, às 19H20
[Flávio Bittencourt]
O primeiro-ministro Georges Clemenceau
Na França, O Tigre ou O Pai da Vitória contribuiu para a separação definitiva entre a Igreja e o Estado.
1918 Le voyage de M. Clemenceau en Alsace,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=GO7kuEJBecQ
"(...) Georges Clemenceau [MÉDICO, JORNALISTA (editor-fundador de jornal progressista), POLÍTICO E ESCRITOR FRANCÊS, NASCIDO EM 1841] est élève [ALUNO] du lycée de Nantes à partir de la classe de 5e en 1852-53. (...) À partir de 1883, Clemenceau est un membre-fondateur actif de l'Association des anciens élèves [ANTIGOS ALUNOS] du lycée de Nantes (section parisienne) [...]. Son nom sera donné au lycée dès 1919. [SEU NOME SERÁ DADO AO LICEU EM 1919]. Il obtient le baccalauréat ès-lettres en 1858. (...)"
(http://fr.wikipedia.org/wiki/Georges_Clemenceau)
BRASIL SHOW - CAPOEIRA
[NO] Lycée Clemenceau - Nantes
Avec la participation de l'association Axé Brasil
Mestre Lio,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=z9kJO_npzHc&feature=related
LÁPIDE DA SEPULTURA NA QUAL,
NO CEMITÉRIO PÈRE-LACHAISE (PARIS),
ESTÃO DEPOSITADOS PARA A ETERNIDADE
OS RESTOS MORTAIS DE BLANQUI (1805 - 1881),
FILÓSOFO-HERÓI, DEFENSOR DO POVO E
PENSADOR REVOLUCIONÁRIO FRANCÊS DO SÉCULO XIX:
(http://www.appl-lachaise.net/appl/article.php3?id_article=3527,
ONDE ESTÁ TAMBÉM ASSINALADO QUE MADAME BLANQUI,
ESPOSA DE BLANQUI, REPOUSA NA 45ª DIVISÃO DO MESMO
CEMITÉRIO PARISIENSE)
(http://animais.com.sapo.pt/Tigre2.html)
Défilé [DESFILE] du 14 Juillet 2011, Paris. France (en direct [AO VIVO]),
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=skEFyp-VTHA
"Beaucoup de joie, quelques larmes. Ambiance contrastée pour les résultats du bac au lycée Clemenceau [DE NANTES]."
(http://www.presseocean.fr/actu/actu_detail_-Le-stress-avant-l-ivresse-_11425-998355_actu.Htm;
"Muita alegria, algumas lágrimas. Ambiente contrastado pelos resultados do bac ["bac" (aprox. "vestiba"): baccalauréat, O DIPLOMA - difícil de ser obtido - DE CONCLUSÃO DO SEGUNDO GRAU ou ensino médio, sem cuja posse o aluno não pode ter acesso a cursos superiores, na França] no Liceu Clemenceau [DE NANTES]")
BANDA DO LYCÉE CLEMENCEAU, DE NANTES (FRANÇA):
(http://www.levieuxbahut.com/lycee-clemenceau.html)
BLANQUI, O SOCIALISTA UTÓPICO
QUE INFLUENCIOU CLEMENCEAU,
retratado por Mme. Blanqui;
óleo sobre tela (c. 1835):
onde se pode ler:
"Portrait of Louis-Auguste Blanqui (1805-81) c.1835
Location: Musee de la Ville de Paris, Musee Carnavalet, Paris, France
Painting Technique: oil on canvas
Art category: Historical")
ESCUDO DO FAMOSO CLUBE DE
FUTEBOL, DE BRUXELAS,
RSC ANDERLECHT, FUNDADO EM 1908:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/RSC_Anderlecht)
DESFILE DOS BOMBEIROS NO 14 DE JULHO DE 2011,
Défilé du 14 juillet 2011 - SAPEURS-POMPIERS DE PARIS,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=KXgaanDM8vk&feature=related,
onde se lê:
"BRIGADE DES
SAPEURS-POMPIERS DE PARIS",
sendo a expressão SAPEURS, em francês,
equivalente a algo como DESATIVADORES
DE EXPLOSIVOS, sapadores, em português,
cujas atribuições profissionais não se limitam,
aliás, a desarmar bombas e minas terrestres,
mas que estão ligadas, sempre, à engenharia
militar (não apenas a bélica, propriamente dita)"
ADVERTÊNCIA: os direitos autorais da excelente fotografia
a seguir reproduzida pertencem a JTB Photo / SuperStock e
o uso comercial dessa imagem é proibido, sendo exibida
aqui com finalidades didáticas (MOSTRAR QUE, EM PARIS,
HÁ A ESTAÇÃO CLEMENCEAU DO METRÔ DAQUELA CIDADE-LUZ,
acrescentando-se que, no metropolitano de Bruxelas, Bélgica [*],
também há uma estação Clemenceau).
[*] - Na comuna de Anderlecht, situada no extremo oeste da
algomeração de Bruxelas.
Clemenceau station Metro Paris France Platform Bench Poster
(JTB Photo/ SuperStock,
http://www.superstock.com/stock-photos-images/4034-11983)
Georges Clemenceau:
(http://denistouret.fr/textes/Clemenceau.html)
(http://www.decitre.fr/livres/Le-lycee-Clemenceau-Nantes.aspx/9782910366858)
Organisation des Têtes De l'Art - Lycée CLEMENCEAU (NANTES),
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=x78VN5NkIMg
"Le stress avant l'ivresse
Enfin la délivrance pour la majorité des lycéens qui se sont déplacés au lycée Clemenceau.
Photo: N. Bourreau [DE PRESSE-OCÉAN"]"
(http://www.presseocean.fr/actu/actu_detail_-Le-stress-avant-l-ivresse-_11425-998355_actu.Htm)
DIPLOMA DE SEGUNDO GRAU (Colegial, Ensino Médio)
DA ACADEMIA DE POITIERS, FRANÇA
["DIPLOMA DO BAC"]:
(http://en.wikipedia.org/wiki/Baccalaur%C3%A9at)
11 novembre 1918 - Le Père la Victoire - 92 ans de l'Armistice,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=rD7lWak680U&feature=related
HOMENAGEANDO AS MEMÓRIAS DOS
MORTOS NOS LASTIMAVELMENTE SANGRENTOS EPISÓDIOS
DA COMUNA DE PARIS (1871), DOS
FILÓSOFOS DA REPÚBLICA E DA DEMOCRACIA
LOUIS-AUGUSTE BLANQUI (1805 - 1881) E
GEORGES CLEMENCEAU (1841 - 1929), DA
DIGNA ESPOSA DO COMMUNARD BLANQUI,
MME. AMÉLIE SUZANNE BLANQUI (1814 - 1841,
NASCIDA AMÉLIE SUZANNE SERRE),
ABRAÇANDO FRATERNALMENTE
OS DIRIGENTES, FUNCIONÁRIOS, TORCEDORES E ATLETAS DO
CLUBE RSC ANDERLECHT, DA COMUNA DE ANDERLECHT, GRANDE BRUXELAS,
COMO OS PEDAGOGOS, DIRETORES, PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS
E ESTUDANTES, DE ONTEM - in memoriam -,
DE HOJE E DE AMANHÃ, DO
LICEU CLEMENCEAU, DA CIDADE DE NANTES, E
AGRADECENDO A N. BOURREAU, DE PRESSE-OCÉAN,
PELA ÓTIMA FOTOGRAFIA QUE CAPTOU
DE JOVENS MATRICULADOS NO CITADO LICEU,
EM MOMENTO DE EMOÇÃO
4.10.2011 - O deputado Clemenceau, anticlerical e republicano, foi líder da esquerda radical francesa, tendo, anos depois, alcançado a posição de estadista, tornando-se um equivalente individual-humano da grandiosa ideia de República Francesa - O primeiro-ministro Georges Clemenceau. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
UOL EDUCAÇÃO - BIOGRAFIAS,
verbete "Georges Clemenceu - Primeiro-ministro de França":
"Georges Clemenceau
Primeiro-ministro de França
28-9-1841, Mouilleron-en-Pareds, Depart. da Vendeia
24-11-1929, Paris
Do Klick Educação
Influenciado pelo socialista utópico Louis Blanqui e movido por convicções políticas anticlericais e republicanas, Clemenceau foi preso diversas vezes durante o Segundo Império. Iniciou sua carreira política e parlamentar em 1871 como deputado à Assembléia Nacional. Em 1876 assumiu a liderança da esquerda radical, lutando pela anistia dos membros da Comuna de Paris, que foram presos depois de 1871, e pelo direito à greve. Em 1885 participou da luta contra a política colonial francesa e da destituição do executivo de Jules Ferry, tendo a essa altura ganho o apelido de "o Tigre". Implicado em 1893 no escândalo devido ao suborno nos empréstimos para a construção do canal do Panamá, não chegou a ser reeleito. Mais tarde, na companhia de Émile Zola, e por meio do diário L'Aurore, organizou a campanha pela revisão do Caso Dreyfus. Como primeiro-ministro de uma maioria radical-socialista (1906-1909), tornou realidade a separação entre a Igreja e o Estado, mas também foi o responsável pela repressão de movimentos grevistas e pela introdução do imposto sobre o rendimento. Em 1917 voltou a chefiar o Governo (até 1920) e estabeleceu a supremacia dos políticos sobre as chefias militares na Primeira Guerra Mundial, levando a França, por meio de uma centralização autoritária de todas as forças aliadas, à vitória sobre a Alemanha. Clemenceau foi um dos responsáveis pelos Tratados de Versalhes, defendendo os interesses da França como potência face à solução mais global defendida pelo presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, procurando deixar a Alemanha debilitada. Contudo, foi acusado de ter feito concessões demais, saindo derrotado das eleições presidenciais de 1920."
(http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,278-biografia-9,00.jhtm)
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O DR. CLEMENCEAU OCUPOU A CADEIRA Nº 3
DA ACADEMIA FRANCESA:
"Georges CLEMENCEAU (1841-1929) |
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Homme politique, médecin | ||
Biographie Né à Mouilleron-en-Pareds (Vendée), le 28 septembre 1841. (http://www.academie-francaise.fr/immortels/base/academiciens/fiche.asp?param=531) |
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VERBETE 'ESTACIÓN CLEMENCEAU ' (em espanhol),
Wikipédia:
"Estación Clemenceau
Coordenadas: mapa) (
Clemenceau | ||||||||
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Exterior de la estación |
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Ubicación | ||||||||
Dirección | Clemenceau Avenue | |||||||
Localidad | Anderlecht, Bélgica | |||||||
Datos de la estación | ||||||||
Inauguración | 18 de junio de 1993 | |||||||
Conexiones | Autobús 89 Bockstael - Westland Shopping |
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Operador | Compañía Nacional de Ferrocarriles de Bélgica | |||||||
Servicios detallados | ||||||||
Uso | Metro | |||||||
Líneas | ||||||||
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La estación Clemenceau es una estación del sistema de metro de Bruselas, dando servicio a las líneas 2 y 6 en sus segmentos más meridionales. Fue abierta el 18 de junio de 1993 y suponía el término de la línea 2 hasta que se amplió hasta Delacroix hacia 2006. Se localiza en Clemenceau Avenue, entre Bergensesteenweg y Kliniekstraat, cerca de un matadero, en la municipalidad belga de Anderlecht.
Enlaces externos
- Station ID - Clemenceau, bsubway.net
"Comuna de Paris
A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular ante a invasão alemã.
A história moderna registra algumas experiências de regimes comunais, impostos como afirmação revolucionária da autonomia da cidade. A mais importante delas - a Comuna de Paris - veio no bojo da insurreição popular de 18 de março de 1871. Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembléia Nacional uma maioria de deputados monarquistas francamente favorável à capitulação ante a Prússia. A população de Paris, no entanto, opunha-se a essa política. Thiers, elevado à chefia do Gabinete conservador, tentou esmagar os insurretos. Estes, porém, com o apoio da Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente a capital francesa, onde o comitê central da Guarda Nacional passou a exercer sua autoridade. A Comuna de Paris - considerada a primeira República Proletária da história - adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional.
O poder comunal manteve-se durante cerca de quarenta dias. Seu esmagamento revestiu-se de extrema crueldade. De acordo com a enciclopédia Barsa, mais de 20 000 communards foram executados pelas forças de Thiers.
O governo durou oficialmente de 26 de março a 28 de maio, enfrentando não só o invasor alemão como também tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na Guerra Franco-Prussiana. Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra, para auxiliar na tomada de Paris.
Índice |
Precedentes
A população francesa já havia enfrentado, após a Revolução Francesa, uma revolta em Fevereiro de 1848, responsável por destituir o "rei burguês" Luís Filipe d'Orleans, dando fim à Monarquia de Julho e instaurando a Segunda República Francesa. Entretanto, após um golpe de estado por Luís Bonaparte, conhecido como "O Outro 18 de Brumário", Bonaparte instaura o Segundo Império Francês e se proclama Napoleão III. No governo de Napoleão III, a França se envolveu em atritos constantes com a Prússia, relacionados à sucessão espanhola (veja Guerra Franco-Prussiana). Com um telegrama falsificado por Otto Von Bismarck, extremamente ofensivo ao povo francês, Napoleão III declarou guerra à Prússia.
No entanto, o exército prussiano estava mais bem preparado, vencendo facilmente os franceses. O imperador francês é feito prisioneiro em Sedan. Com isso, é proclamada a Terceira República Francesa legitimando um Governo Provisório de Defesa Nacional para o qual Louis Adolphe Thiers é eleito o novo presidente.
O armistício e a Comuna
O Governo Provisório, com sede na prefeitura de Paris, iniciou um processo de capitulação da França entregando a maior parte de seu exército permanente bem como suas armas a contragosto da população parisiense. O único contingente agora armado era a Guarda Nacional formado em sua maior parte por operários e alguns membros da pequena burguesia.
Convictos na resistência ao exército estrangeiro, a Guarda Nacional assaltou a prefeitura e expulsou os membros da assembleia que se instalariam em Versalhes. A administração pública de Paris agora se encontrava nas mãos do Comitê Central da Guarda Nacional que manteria conversações com Versalhes até 18 de março, quando Thiers mandou desarmar a Guarda Nacional numa operação sigilosa durante a madrugada daquele dia. Pegos de surpresa, a população parisiense expulsa o contingente de Thiers dando início à independência política de Paris frente à Assembleia de Versalhes culminando com a eleição e a declaração da Comuna em 26 e 28 de março.
Apesar da evidente disposição do povo parisiense em resistir, a Assembleia de Versalhes acabou assinando a paz com os alemães. Num episódio humilhante, Wilhelm I, o soberano alemão, foi coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes.
Realizações da Comuna
O governo revolucionário foi formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A guarda nacional se misturou aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, junto com suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comitê Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e se instalou na prefeitura. O comitê era formado por Blanquistas, membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.
Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da democracia direta em todos os níveis da administração pública. A polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A educação foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão de inquérito sobre o governo anterior foi formada, e se decidiu por trabalhar no sentido da abolição da escravidão do salário. Noventa representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram trabalhadores e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores combinados:
- O trabalho noturno foi abolido;
- Oficinas que estavam fechadas foram reabertas para que cooperativas fossem instaladas;
- Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
- Em cada residência oficial foi instalado um comitê para organizar a ocupação de moradias;
- Todas os descontos em salário foram abolidos;
- A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito horas;
- Os sindicatos foram legalizados;
- Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
- Projetou-se a autogestão das fábricas (mas não foi possível implantá-la);
- O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários foram abolidos;
- Testamentos, adoções e a contratação de advogados se tornaram gratuitos;
- O casamento se tornou gratuito e simplificado;
- A pena de morte foi abolida;
- O cargo de juiz se tornou eletivo;
- O calendário revolucionário foi novamente adotado;
- O Estado e a Igreja foram separados; a Igreja deixou de ser subvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros passaram a ser confiscados pelo Estado;
- A educação se tornou gratuita, secular, e compulsória. Escolas noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de sexo misto;
- Imagens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram adotadas nas Igrejas;
- A Igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressão da Revolução de 1848, foi demolida. O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendôme também;
- A Bandeira Vermelha foi adotada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade;
- O internacionalismo foi posto em prática: o fato de ser estrangeiro se tornou irrelevante. Os integrantes da Comuna incluíam belgas, italianos, poloneses, húngaros;
- Instituiu-se um escritório central de imprensa;
- Emitiu-se um apelo à Associação Internacional dos Trabalhadores;
- O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
- Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos;
- Havia um plano para a rotação de trabalhadores;
- Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da qual a atual ENA francesa é uma cópia;
- Os artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras;
- O salário dos professores foi duplicado.
A semana sangrenta
O governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com a Alemanha para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. Como acordado entre os dois países, a Alemanha libertou prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a Comuna. Esta possuía menos de 15 000 milicianos defendendo a cidade contra o exército de 100 000 soldados sob o comando de Versalhes.
Assim como durante o período da comuna, em sua queda os revolucionários destruíram os símbolos do Império francês - prédios administrativos e palácios - e executaram reféns, em sua maioria clérigos, militares e juízes. Na perspectiva dos communards, derrubar a velha ordem e tudo que com ela tinha vínculo era preciso para que novas instituições pudessem florescer.
Ao todo, a Comuna de Paris executou cem pessoas e matou outras novecentas na defesa da cidade. As tropas de Thiers, por outro lado, executaram 20 000 pessoas, número que, somado às baixas em combate, provavelmente alcançou a cifra dos 80 000 mortos. 40 000 pessoas foram presas e muitas delas foram torturadas e executadas sem qualquer comprovação de que fossem de fato membros da Comuna. As execuções só pararam por medo de que a quantidade imensa de cadáveres pudesse causar uma epidemia de doenças.
A Comuna é considerada, por grupos políticos revolucionários posteriores (anarquistas, comunistas, situacionistas etc.), como a primeira experiência moderna de um governo verdadeiramente popular. Um acontecimento histórico resultante da iniciativa de grupos revolucionários e do espontaneísmo político das massas, em meio a circunstâncias dramáticas de uma guerra perdida (Franco-Prussiana) e de uma guerra civil em curso.
Ver também
- Associação Internacional dos Trabalhadores
- Gaston de Galliffet - general francês, o Fusilleur de la Commune - "Carrasco da Comuna".
Bibliografia
- GURVITCH, Georges. Proudhon e Marx. Ed. Presença - Portugal, Martins Fontes - Brasil,1980.
- LIGASSARAY, Proper Olivier. História da Comuna de 1871. São Paulo: Ensaio, 1991.
- VIANA, Nildo (org.). Escritos Revolucionários Sobre a Comuna de Paris. Rio de Janeiro: Rizoma Editorial, 2011.
Ligações externas
Franco-German War (1870 - 1871)
[FOTOGRAFIAS, com fundo musical aposto]