[Flávio Bittencourt]

O movimento de aeroporto transmite sensação de satisfação e de luxúria

De Neide Araujo Castilho Teno, o conto "Uma cena no aeroporto".

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://pensologohesito.zip.net/arch2006-10-01_2006-10-31.html)

 

  

 

 

Fila nos guichês do aeroporto de brasília

(http://www.malapronta.com.br/blog/2010/08/24/voo-atrasou-seus-direitos/)

 

 

 

 

(http://homerscoffeehouseopks.blogspot.com/2010_11_01_archive.html)

 

 

 

 

UM JABURU (ou tuiuiú) AINDA NO SOLO:

(http://planetaselvagem.com.br/v1/curiosidade/2010/02/tuiuiu-ou-jaburu-uma-das-maiores-aves-da-america-do-sul.php)

  

 

 

 

 

(http://www.abril.com.br/noticias/brasil/aviao-seguia-rio-paris-desaparecido-474197.shtml)

  

 

 

 

(http://caiafa.blogspot.com/2011/07/menos-de-trinta-dias-para-o-inicio-da.html)

 

 

 

 

"Neide Araújo Castilho Teno
Dourados / MS
   

 

 

Neide Araújo Castilho Teno (11/06/1951) é professora universitária.
"Sou uma apaixonada pelas coisas simples, pela beleza da natureza, pelo dom do amor, gosto de estar no meu trabalho, sou literatura, sou arte. Paulista de berço, nasci na antiga Fazenda São João, imediações do Campestre, cidade de Andradina. Mas sou Sul-Mato-Grossense por estar e ser professora Universitária. Graduada em Letras e em Pedagogia, mestre em Linguística e doutoranda em Educação, faço da linguagem minha companheira para falar sobre a formação de professores, narrativas memorísticas, e escrever meus poemas e contos. Meu sonho é viajar e poder dedicar-me por inteira à escrita dos meus livros e meus devaneios.
Ao longo da vida sempre refleti sobre quem sou e o que marca esse eu estar aqui. Considero as marcas vínculos eternizantes pelo sentido que dou as transformações ocasionadas em meu percurso. Se por um lado, sou marcada por ser falante, espontânea, por outro trago o sinal do silêncio, da observação, da introspecção, assim é na escrita dos versos que me sinto confortável para me expressar.
Conheci a CBJE por indicação de amigos da Universidade, professores, poetas, que já eram leitores das antologias. Há cinco anos venho lendo, publicando poemas, contos, participando de seletivas. De todas as Editoras que já conheci, o sistema de publicação da CBJE foi a que mais se ajustou a minha intenção. Tem um moderno sistema de publicação, livros de boa qualidade, tiragem de baixa quantidade (o que é difícil em outras Editoras), e preços que cabem no meu bolso."

Neide tem inúmeras obras publicadas nas Antologias da CBJE [*]."

(http://www.camarabrasileira.com/gal-neideteno.htm)

[*] - CÀMARA BRASILEIRA DE JOVENS ESCRITORES.

  

 

 

 

 (http://www.malapronta.com.br/blog/2010/08/24/voo-atrasou-seus-direitos/)

 

 

 

 

 

"(...) O mistério de um sentimento não habita na superfície das águas, mas na intimidade de um coração infindável, num sonho misto de busca. (...)"
 

(NEIDE ARAUJO CASTILHO TENO, trecho de seu conto adiante transcrito, na íntegra)

 

 

 

 

(http://www.diarioonline.com.br/noticia-126204-atraso-em-21-voos-causa-confusao-no-aeroporto.html)

 

 

  

 

 

                                 OBRIGADO, PROFª NEIDE ARAUJO CASTILHO TENO!

 

  

29.10.2011 - O movimento de aeroporto transmite sensação de satisfação e de luxúria - "Uma cena no aeroporto", conto criado e muito bem contado pela Professora Neide Araujo Castilho Teno.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

  

"Uma cena no aeroporto

Neide Araujo Castilho Teno

Dourados / MS 

 

Na hora marcada desembarcava aquele homem de um voo internacional vindo de longe. No saguão toda família aguardava-o. Uma grande expectativa e a agitação era vista no meio de um grupo, mãe, irmãos, sobrinhos. Um dos irmãos caminhava para cá para lá, ora ingeria um suco na lanchonete do aeroporto ora dirigia-se até a mãe que sentada perdia o olhar a toda aeronave que aterrizava. Não era difícil ouvir o que espontaneamente conversavam.


No parapeito do salão Maria Clara observava atentamente a chegada e saída das aeronaves.
-A senhorita espera alguém também? Indagava uma das jovens para a jovem moça ao lado.
-Não. Não aguardo ninguém. E vocês? - respondeu Maria Clara.
-Estamos esperando meu tio que está vindo de longe, e faz muito tempo que não o vemos.
-Essa é sua família? – perguntou a jovem.
-Meu tio, minha avó, meus primos.

Mal sabia aquela moça que Maria Clara aguardava a mesma pessoa que eles, que embora não dissesse nada demonstrava muita ansiedade.

O movimento de aeroporto transmite sensação de satisfação, de luxúria, vida bastarda afinal não é qualquer pessoa que pode viajar desse meio de locomoção, ainda mais em se tratando de viagem para o exterior. Só os grandes homens, os políticos viajam para fora do Brasil. O fato de estarem ali, para quem observava não tinha dúvida que tratava da espera de alguém promissor, de alguém que era importante.


No momento em que os passageiros começam a desembarcar toda família se movimenta para a porta da entrada dos passageiros. De longe Maria Clara observava atenta como quem procurava alguém com olhar, mas não se aproximava.


Do alto da escada do desembarque da aeronave, a passos lentos aponta um jovem, óculos escuros, de blazer, elegantíssimo, com algo nas mãos, uma maleta semelhante à de um computador, olhar perdido, tão perdido quanto aqueles que os aguardavam.


Um misto de curiosidade, cansaço, alegria era nítido nos gestos calmos daquele jovem. Um olho na família, o outro não se sabe onde, a procura de alguma coisa ou de alguém. Nada era definido não se sabia o que procurava.


Na vida, afinal nada é definido se há sentimentos muitos deles permanecem ocultos como uma fumaça em estrada, destemida , que bate forte na janela do peito e sufoca a alma. Não há subterfúgio, não se apaixona por opção. Vincula-se ao outro nos becos das horas imprecisas,na desvalorização do ser, no estar no mundo sozinho. Assim é a vida.


Eram almas desconhecidas, mas próximas na intimidade, o cruzar do olhar de Maria Clara com o suposto homem foi inevitável, marca registrada, selado e carimbado. Um olhar contemplativo se prolongou por toda parte, o pátio do aeroporto foi pequeno para tanta emoção, e ganhou as ruas. Viam-se palavras ditas à distância, mas não ouvidas pela família, emoções ao longe, sentimentos lançados ao vento, lágrimas derramadas sem ter alguém para as enxugar... Um alívio de chegada, encontro com a família um misto de inveja, no meio da escuridade da vida... claramente naufragado e dito, aquele homem não estava ali por acaso, tinha uma certa missão, um segredo na alma, desvendável, mas veio provar o sabor.

A algazarra da família não era impedimento para um olhar para trás. Estar de volta ao seu país depois de muito tempo certamente teria uma incumbência, desvendar a chave desse compromisso. O mistério de um sentimento não habita na superfície das águas, mas na intimidade de um coração infindável, num sonho misto de busca.


A cena daquele aeroporto ficou registrada na lembrança de Maria Clara que na sua intimidade oculta, fotografou na memória a imagem de um rosto vivo e puro - tudo tão simples, que pareceu tão pouco! - tantas vezes não deixa de ser o bastante para renascer de novo."

(http://www.camarabrasileira.com/mcb10-032.htm)

 

  

 

 

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"Tuiuiú ou Jaburu uma das maiores aves da América do Sul.

símbolo do Pantanal


 


 

Tuiuiú é o nome de uma ave ciconiforme da família Ciconiidae. É considerada a ave-símbolo do Pantanal e é encontrada desde a Região Norte até São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e desde o México até o Paraguai, o Uruguai e o norte da Argentina, sendo que as maiores populações estão no Pantanal e no Chaco oriental, no Paraguai.

 

O tuiuiú também é conhecido como Jaburru, tuim-de-papo-vermelho (no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e cauauá (no Amazonas). Ele é conhecido principalmente como jabiru no sul do Brasil, enquanto que o nome tuiuiú é usado para designar o cabeça-seca (Mycteria americana).

 

O tuiuiú é uma ave pernalta, tem pescoço nu, preto, e, na parte inferior, o papo também nu e vermelho. A plumagem do corpo é branca e a das pernas é preta. Ele chega a ter 1,4 metros de comprimento e mais de 1 metro de altura, e pesar 8 kg.

 

O habitat do tuiuiú são as margens dos rios, em árvores esparsas. A fêmea forma seus ninhos no alto dessas árvores com ramos secos e a ajuda do companheiro. Os ninhos são feitos em grupos de até seis, às vezes juntos a garças e outras aves. A fêmea põe de 2 a 5 ovos brancos.

 

Sua alimentação é basicamente composta por peixes, moluscos, répteis, insetos e até pequenos mamíferos. Também se alimenta de pescado morto, ajudando a evitar a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio nas épocas de seca.

Fonte: Saude Animal"

(http://planetaselvagem.com.br/v1/curiosidade/2010/02/tuiuiu-ou-jaburu-uma-das-maiores-aves-da-america-do-sul.php)

 

 

 

 

aeroporto cheio

(http://www.malapronta.com.br/blog/2010/08/24/voo-atrasou-seus-direitos/)