O morro da casa grande - recebemos

        Dílson,

      Em seu romance, destacamos a minuciosa descrição dos fatos e cenários. Vê-se ali nítida intenção do autor em detalhar o objeto, em esmiuçar-lhe as entranhas, e mostrá-lo tal qual é, em sua inteira realidade. Nesse sentido, O Morro da Casa Grande é um romance realista, diríamos “realismo poético”: nele, sobressai também uma linguagem cheia de poesia. O capítulo Sombras do Indefinível é um exemplo disso; possui rara beleza poética, o que somente escritores-poetas conseguem exprimir.
      Merecem ainda destaque os aspectos históricos da obra e a memória do autor, ou a memória social, familiar, da qual o escritor se apoderou, valendo-se de sua percepção e sensibilidade, para fazer uma viagem emocionante aos anos de 1950, e trazer à baila traços culturais, lingüísticos e econômicos daquela região do Marataoã.
      Parabéns pelo trabalho. Estamos acompanhando os episódios com o interesse de quem gosta de boa literatura.
      Bom final de semana.
      Abraços,
      Gilvanni