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Matthew Arnold


 

 
Trad. de  Rogel Samuel
 
A praia de Dover de Matthew Arnold
 
O Mar da Fé
Também existiu, no passado, cheio, e em volta da praia do mundo
Estendia-se como as dobras de uma faixa desdobrada.
Mas agora somente escuto
Seu bramido melancólico, prolongado, que foge,
Que se afasta,
Com o zunir do vento da noite
que vai para vastas e horrendas costas
E para os vazios areais do mundo.”
 
Ah!, amor, sejamos fiéis
Um ao outro. 
Pois o mundo, que parece 
Estender-se à nossa frente como uma terra de sonhos,
Tão diversas, tão formosas, tão novas, 
Na verdade não tem nem alegria, nem amor, nem luz,
Nem certeza, nem paz, nem lenitivo para a dor;
E estamos aqui como numa planície penumbrosa,
Varrida de confusos alarmas de combate e de fuga,
Na qual exércitos ignorantes à noite travam batalha.”